BOY CULTURE

(BOY CULTURE)

Dir.: Q. Allan Brocka

EUA - 2006

X (só no final ficamos sabendo seu nome) é michê, mas se define como de bom coração.

Ele se orgulha de não transar com ninguém sem receber desde os 12 anos, e mantém um relacionamento fixo com 12 clientes que o sustentam.

Quando um deles morre ele inclui um novo em sua agenda, Gregory, que lhe propõe um jogo aonde eles se envolveriam em um falso romance apenas para que o sexo entre eles aparente ser feito com algum interesse que não apenas o financeiro, e a partir dessas conversas se traça um perfil psicológico do michê.

X divide um apartamento com 2 amigos, e formam um triângulo amoroso: Andrew, por quem é apaixonado mas não correspondido, pois esse não aceita sua condição de garoto de programa; e Joey, uma pintosa que é louco por X.

O curioso é que quando Andrew parte para a galinhagem X o recrimina, pois não concorda que gays transem a torto a direito, sem ter nada em troca.

Filminho bacana, bem dirigido e interpretado, que faz uma crítica curiosa ao mundo gay, aonde o michê é fiel a seus clientes e critica a facilidade com que os gays trocam de parceiro.

COVER BOY: A ÚLTIMA REVOLUÇÃO

(COVER BOY - L'ULTIMA RIVOLUZIONE)

Dir.: Carmine Amoroso

Itália - 2007

Ioan é romeno, e devido à falta de oportunidades em sua terra natal aceita o convite de um amigo para "ganhar muito dinheiro com pouco trabalho" na Itália, mas devido a falta de documentos do amigo, apenas ele pode seguir viagem.

Sem muito dinheiro no bolso e sem conhecer ninguém, ele fica vagando pelas ruas de Roma, até travar contato com Michelle, faxineiro, de quem recebe o convite de sublocar o apartamento que o italiano aluga.

Entre os dois, na verdade ambos excluídos, nasce a amizade, e um outro sentimento por parte de Michelle, que guarda para si o que sente.

O romeno até consegue um emprego em um ferro-velho, mas é demitido devido ao risco que seu patrão corre de ter o negócio fechado por manter um imigrante ilegal em seu estabelecimento.

Sem outra forma de ganhar dinheiro, Ioan vai para os sinais de trânsito lavar vidros de carros (lá como cá, sendo que ele usa uma camisa escrito "Brasil" em sua atividade), mas mesmo assim é expulso do ponto pelo "dono" do lugar.

Então ele tira a sorte grande: uma caçadora de talentos o convida para ser modelo, o que implica uma mudança para Milão, além de uma profunda depressão em Michelle.

Bom filme italiano, que faz uma crítica a uma geração aonde fotos da Revolução Romena, responsável pela morte do pai de Ioan, viram peças publicitárias, mas que valores como amizade ainda existem.

Não é exatamente um filme de temática gay, mas vai saciar os voyeurs de plantão com fartas cenas de nudez do bonito ator que interpreta o imigrante romeno.

TESTOSTERONA

(TESTOSTERONE)

Dir.: David Moreton

Argentina / EUA - 2003

Dean foi abandonado pelo namorado Pablo, que saiu para comprar cigarros e desapareceu. Na verdade o cara voltou para a terra natal, a Argentina, aonde sua família é importante na política. Ainda apaixonado, Dean vai atrás do amado e bate de frente com a mãe do cara, interpretada por uma Sonia Braga cheia de laquê.

Ele acaba fazendo amizade com Sofia, que trabalha em frente a casa de Pablo e decide ajudá-lo. Enquanto isso, Dean também se envolve com Marcos, ex de Pablo. Depois de uma tragédia, Dean acaba fazendo uma descoberta surpreendente.

Chatíssima co-produção entre Argentina e EUA, que só vale pelos rostinhos bonitos dos três rapazes que participam da bomba. Digo, do filme.

NO ARMÁRIO

(IN THE CLOSET)

Dir.: Jody Wheeler

EUA - 2008

Garoto inexperiente leva uma pegação para seu apartamento, mas a pegação não pode nem imaginar o que seu peguete esconde no armário.

Horror que surpreende com algumas cenas de nudez, e só.

Brent Corrigan, que interpreta o dono do apartamento é ator pornô e lindo.

MADAGASCAR SKIN

(MADAGASCAR SKIN)

Dir.: Chris Newby

Inglaterra - 1995

Harry (John Hannah, de "A Múmia") é gay e tem uma mancha no rosto, que lhe causa vergonha e é motivo de rejeição de quem dele se aproxima.

Ele vive praticamente nas sombras, vivendo em um carro e sobrevivendo de restos, até encontrar Flint enterrado na areia, apenas com a cabeça de fora, e que certamente morreria vítima da maré alta.

Flint é outro ninguém e entre os dois surge então amizade, cumplicidade e a possibilidade e finalmente encontrar uma cara metade que não se importe com sua marca de nascença.

Estranho filme inglês sobre gente que seria totalmente posta de lado no mundo GLS de danceterias e lugares da moda.

É lento e definitivamente não voltado para o grande público.

O INIMIGO NATURAL

(L'ENNEMI NATUREL)
Dir.: Pierre-Erwan Guillaume
França - 2004

Jovem tenente da polícia francesa é designado para acompanhar as investigações sobre a morte de um adolescente, cuja mãe acusa o pai pela morte do garoto, mas que poderia ter sido um acidente.

Só que ele passa a ter um sentimento dúbio pelo suspeito: ao mesmo tempo que o detesta por considerá-lo um libertino (o cara tem casos com várias mulheres), também se sente atraído, principalmente de depois de vê-lo nu e descobrir que o cara é bem dotado (muitíssimo bem dotado seria o termo mais adequado).

Apesar disso, a investigação segue em frente e termina por revelar um caso de incesto com conseqüências trágicas.

O filme é polêmico por causa das cenas com o membro de Aurélien Recoing, que interpreta o suspeito, (o troço ainda aparece duríssimo, mas não dá pra saber se é o mesmo ou o de um dublê) já que a história corriqueira é banal.

O ator que faz o tenente também aparece nu, mas seu talento tem tamanho padrão.

POSTMORTEM

(POSTMORTEM)

Dir.: Eldar Rapaport

EUA - 2005

Depois de um tempo sem se ver, Troy e Thomas se reencontram em uma cafeteria. No passado eles tiveram um envolvimento que não foi adiante devido a aversão do primeiro a relacionamentos.

Entre os dois ainda há interesse mútuo, mas fica claro que algo mais é impossível.

Curta bacaninha embalado por uma música igualmente bacana.

ANFETAMINA

(AMPHETAMINE)

Dir.: Scud

Hong Kong - 2010

Daniel, um mauricinho, trabalha no mercado financeiro, e ao voltar da Austrália para Hong Kong conhece Kafka, um professor de natação que também é viciado em anfetaminas, e carrega todas as carências afetivas que um órfão de pai que tem que cuidar de uma mãe doente pode carregar.

De início Kafka resiste ao assédio do outro por não se considerar gay, mas acaba se entregando, mas por carência do que por aptidão para a coisa.

Só que o vício do moço acaba colocando os 2 em maus lençóis, obrigando ambos a decidir o que querem da vida.

O terceiro filme do diretor de nome esquisito não avança muita coisa em relação ao anterior, "Residência Permanente": estão em ambos mãe doente; diferença de classes sociais; alguém que tem que partir e deixar o outro; gay apaixonado por um hetero e que insiste até conseguir o que quer; e uma Hong Kong modernosa e cosmopolita.

Aliás, talvez propositalmente a cidade é mostrada meio despersonalizada, como se a história pudesse se passar em qualquer cidade grande. A única coisa que parece identificar o filme como oriental são as rápidas cenas em um templo e os olhos puxados de seus protagonistas.

Só que o tema (diferença de classes e/ou vício em drogas) é batido, e na falta de conteúdo mais original o diretor investe na forma. Tem direção vídeoclipada (legais as cenas de bumg jumping), fotografia clean, algumas sequências lúdicas, atores bonitinhos com corpos ídem, e muita cena de nudez e erotismo (Scud gosta muito de cenas em chuveiros).

Ou seja, o filme parece uma extensão do anterior. Não há novidade nem de forma e muito menos de conteúdo. Só vale mesmo pelas boas cenas de nudez dos protagonistas, obviamente para os que curtem a beleza oriental.

ANTES QUE EU ME ESQUEÇA

(AVANT QUE J'OUBLIE)

Dir.: Jacques Nolot

França - 2007

Aos 58 anos Pierre Pruez (Jacques Nolot) é escritor e está em crise criativa, além de ser soropositivo.

Sou vida é solitária, pois o companheiro morreu recentemente e ele passa seu tempo saindo com michês, conversando com outros amigos da mesma faixa etária, igualmente solitários e às voltas com garotos de programa, além das visitas ao psicólogo.

Um filme triste, com direção e boa atuação de Nolot, que também mostra coragem nas cenas de nudez.

Em um trecho do filme, um amigo de Pierre o aconselha a se mudar para o Brasil, aonde ele vive parte do ano, mas Pierre recusa porque "o Brasil é muito barulhento", ao que o amigo retruca, dizendo que "lá tem muitos jovens, e que eles custam R$100,00", assim mesmo, em Reais.

Incrível como os filmes GLS sentem atração por escritores em crise.

MAL DOS TRÓPICOS

(SUD PRALAT)
Dir.: Apichatpong Weerasethakul
Tailândia / França / Alemanha / Itália - 2004

Keng e Tong, o primeiro soldado, o segundo trabalhador rural, se conhecem e começam a namorar.

A primeira parte do filme se dedica a mostrar o namoro de ambos: são cenas prosaicas como idas ao cinema, conversas, passeios, etc.

Na segunda parte Tong desaparece, e os animais da fazenda começam a morrer atacados por algum animal, provavelmente um tigre, mas que o folclore local diz que pode ser um homem que se transformou em tigre.

A partir daí o filme muda completamente seu tom, se torna sombrio, quase sem diálogos e também apresenta lendas locais. Keng conversa com animais e persegue e é perseguido por um fantasma, no que deve ser alguma forma de párabola sobre o homossexualismo e o próprio amor em si.

Um filme estranho, "cabeça" e repleto de misticismo oriental, não recomendado para todo tipo de platéia.

CIAO

(CIAO)

Dir.: Yen Tan

EUA - 2008

Após a morte de Mark, seu melhor amigo, Jeff, um homem visivelmente solitário, se encarrega de responder os mails do falecido. Ele então descobre que o amigo usava a internet para conhecer homens, e lhe chama a atenção a troca de mails com Andrea, um italiano com quem Mark falava coisas de sua vida pessoal que nem o próprio Jeff sabia, e também fica sabendo que o italiano pretendia aproveitar uma viagem a Nova York para ir a Dallas passar um fim de semana e conhecer o amigo virtual.

Curioso e intrigado com o relacionamento entre ambos, Jeff o convida à realizar a viagem e hospeda o completo desconhecido em sua casa.

A convivência rende diálogos aonde cada um revela um pouco de si e do morto, sempre presente nas conversas entre os dois novos amigos.

E assim, através de diálogos se desenvolve um delicadíssimo filme, praticamente com apenas os 2 (belos) atores em cena.

A direção não faz pirotecnia, não há nudez, o elenco rende bem e ainda proporciona um bonita cena de beijo entre os personagens.

O tom do filme é meio triste, meio melancólico, mas mostra como a perda de uma amizade de anos pode abalar alguém.

Um dos atores, Alessandro Calza é também roteirista do filme, e tem um site um tanto narcisista, e de alta carga erótica.

QUILÔMETRO ZERO

(Km.0)

Dir.: Yolanda García Serrano / Juan Luis Iborra

Espanha - 2000

Várias pessoas marcam encontros às escuras em um determinado lugar, no caso o Km 0, uma praça em algum lugar de Madri. São eles: um michê e sua cliente; um estudante de cinema e uma amiga da irmã; dois homossexuais que se conheceram pela internet e uma prostituta e seu cliente.

Como são encontros às escuras, alguns pares se encontram, outros se confundem e trocam de parceiros, dando início a uma série de pequenas histórias, que ainda incluem o garçom de um bar e sua namorada.

Mistura de drama e comédia de encontros e desencontros, que é fraquinha e ainda força a barra em duas coincidências duras de engolir.

Os sites de filmes temáticos relacionam esse aqui entre filmes gays, mas é um engano: o filme tem 3 personagens gays, mas isso não faz dele um filme de temática GLS.

Muito chato.

NEWCASTLE

(NEWCASTLE)

Dir.: Dan Castle

Austrália - 2008

Jesse é surfista, assim como o irmão mais velho, Victor, e luta por uma vaga em um campeonato de surf que pode lhe tirar da cidadezinha costeira aonde vive.

A relação entre os irmãos é tensa, pois Victor vive no limite do mau caratismo, e além deles ainda há Fergus, de quem os irmãos sentem vergonha por esse ser gay.

Quando uma tragédia acontece na família, Jesse tem que decidir se quer continuar com o surf, tendo a chance de superar o irmão mais velho, que ganhou algum destaque na carreira antes de encerrá-la.

Alguns sites relacionam esse aqui entre os filmes temáticos, o que é um erro. É um drama familiar, daquele tipo que foca o fim da adolescência e o começo da idade adulta.

Tem belíssimas cenas de surf, caras bonitos de bermudão e algumas cenas de nudez (as do final são ótimas), mas nada de cenas de sexo envolvendo os personagens masculinos.

Um filme bacana, com boa trilha roqueira.

SUGAR

(SUGAR)

Dir.: John Palmer

Canadá - 2004

Cliff faz 18 anos e decide perder a virgindade. Ele vai à zona de prostituição de Toronto, aonde conhece Butch, que não se interessa por ele sexualmente, mas ambos acabam se tornando amigos.

Com o tempo Cliff vai descobrir que o outro é viciado em drogas e não tem limites para faturar uns trocados a mais na sua profissão.

Filme bobinho baseado em conto de Bruce LaBruce, mas fica muitos tons abaixo do que esse amostra em seus filmes. Tem algumas ceninhas de nudez, mas nenhuma que envolva os personagens principais.

A tentativa de ser realista que o diretor dá ao filme, inclusive com fotografia "suja" só reforça uma certa artificialidade da coisa. E não tem nada que justifique esse "Unrated Version" do poster.

BUGCRUSH

(BUGCRUSH)

Dir.: Carter Smith

EUA - 2006

Ben é um adolescente tímido de uma escola do interior americano que se interessa por um novo aluno da escola, Grant.

Eles acabam se aproximando e Ben vai descobrir a estranha forma de sentir prazer que Grant e seus amigos descobriram.

Média metragem soturno que trata de uma estranha forma de sado-masoquismo.

DE REPENTE CALIFÓRNIA

(SHELTER)

Dir.: Jonah Markowitz

EUA - 2007

Zach é surfista, trabalha em uma lanchonete, tem pretenções de ser artista plástico, cuida do pai doente e mantém um namoro sem sal com Tori.

Sua vida muda quando Shaun, irmão gay de seu melhor amigo, também surfista e escritor em crise retorna par a cidadezinha aonde eles vivem. O que era uma amizade casual se torna um namoro mantido em segredo.

Mas é o tipo de segredo que não se consegue esconder por muito tempo, e logo ele começa a ser confrontado pelo poço de egoísmo que é Jeanne, sua irmã, que se preocupa mais em perder a babá que o irmão é para seu filho (ela é mãe solteira) do que com a felicidade dele.

Mais um filme correto que causou uma polêmicazinha por se passar entre surfistas. Mas é legalzinho e fica impossível não torcer pela felicidade do casal.

DEFYING GRAVITY

(DEFYING GRAVITY)

Dir.: John Keitel

EUA - 1997

Griff e Pete mantém um relacionamento às escondidas, que o primeiro encara apenas como sexo, e o segundo como namoro.

Após um encontro em um bar gay, contra a vontade de Griff, eles se desentendem, cada um toma seu rumo e Pete é vítima de um ataque homofóbico, sendo que Griff viu o carro que levava os agressores.

Ele se acovarda e fica em silêncio, principalmente quando seus colegas de faculdade não escondem sua homofobia.

Com Pete em coma, ele acaba recebendo apoio de um de seus colegas, que percebe o que está acontecendo, e fica a dúvida: procurar a polícia e se expor ou se manter em silêncio compactuando com os agressores.

Um filme correto, que só no final apela pro dramalhão.

AONDE COMEÇAMOS

(WHERE WE BEGAN)

Dir.: Marc Saltarelli

EUA - 2006

Curta sobre Timothy, que conhece Christian em um parque e o leva para casa, para descobrir que ele é viciado em drogas e lhe causar um rombo nas finanças.

Eles voltam a se encontrar no tal parque e tudo o que Timothy quer agora é recuperar o prejuízo financeiro, como se tudo em um relacionamento se relacionasse a isso.

HOLDING TREVOR

(HOLDING TREVOR)

Dir.: Rosser Goodman

EUA - 2007

A vida de Trevor não é das melhores: seu emprego é chinfrin, não se dá bem com o pai e seu namorado está envolvido com drogas. Depois de perder a paciência, ele desmancha o namoro e conhece Ephram, por quem se apaixona. Esse lhe faz uma proposta: se mudarem para Nova Iorque, aonde ele conseguiu um emprego. Resta agora a Trevor decidir o que fazer.

Tão bonitinho quanto raso, foi produzido e escrito por Brent Gorski, o ator principal.

É uma variação daqueles filmes de sessão da tarde aonde a mocinha não sabe se deve largar tudo e seguir com o mocinho. Só vale para passar o tempo.

TÁXI PARA UM BANHEIRO PÚBLICO

(TAXI ZUM KLO)

Dir.: Franki Ripploh

Alemanha - 1980

Dirigido e estrelado por Ripploh, é praticamente autobiográfico, pois ele até empresta seu nome ao personagem principal.

Frank é professor primário e compulsivo por sexo. Se diverte indo a saunas, bares e festas gays, e fazendo pegação em banheiros públicos, como diz o título, além de fazer qualquer um que lhe dê mole. Sua compulsão por sexo é tão grande que ele foge do hospital e pega um táxi até um banheiro. Numa dessas ele conhece Bernd por quem se interessa, mas é incapaz de ser fiel. Será possível manter um relacionamento assim?

Filme alemão escandaloso, aonde o ator/diretor aparece a vontade em várias cenas de sexo, além de uma passagem que é quase uma aula de exame anal.

Ah sim, além de professor, ele sonha ser diretor de cinema, coisa que consegue como se vê nos letreiros finais.

O filme é anterior a AIDS, e por isso a doença não é citada em nenhum momento, apesar do protagonista fazer referência ao uso da camisinha.

Pra quem imagina corpos sarados em cena, esqueça. A galera aqui é daquela bem comum, que se encontra por aí.

Boa curiosidade principalmente pela maneira corajosa como o personagem em foco expõe sua intimidade (pelo menos não usou um ator que valorizasse atributos que ele não tem).

FAQS

(FAQS)

Dir.: Everett Lewis

EUA - 2005

India saiu de casa e vive pelas ruas, se prostitui e trabalha em filmes pôrnos. Um dia, depois de ter sido enganado pelo diretor de um dos filmes e fugindo de uma dupla de homofóbicos, topa com Destiny, um travesti diretor de filmes pornôs (ótima criação do ator Allan Louis) e é acolhido por este que tem por hábito levar jovens em situações semelhantes para casa a troco de nada (só em filme mesmo...).

Além dele, moram no local Lester, lésbica masculinizada e depois Spencer, que deseja explodir os pais.

Filme exagerado do diretor do bom "Luster". A idéia é retratar os marginalizados, mas o que se vê é uma divisão simplista entre gays vítimas e heteros no armário que se escondem atrás da homofobia.

De positivo, Everett não tem por hábito filmar a nudez só da cintura pra cima e os rapazes são lindos, mas falta muita coisa para ser um bom filme.

E India é um homem, não uma mulher.

RONDA NOTURNA

(RONDA NOCTURNA)

Dir.: Edgardo Cozarinsky

Argentina / França - 2005

O Filme não tem exatamente um roteiro, só acompanha a jornada de Victor (Gonzalo Heredia), michê e traficante, pela noite de Buenos Aires.

Ele vaga pelas ruas de Bs. As. e encontra outros michês, travestis, um ex-michê, vai a saunas, interage com moradores de rua, miseráveis, notívagos, etc, até o amanhecer, quando toma o rumo de casa, quase como se estivesse em um documentário.

A medida que a noite vai passando, parece que ele vai ficando mais solitário, e o filme mais melancólico, principalmente quando o bonitinho e carismático Victor relembra fatos de seu passado.

Um filme bacana

CIRCUITO

(CIRCUIT)

Dir.: Dirk Shafer

EUA - 2001

John Webster é policial no Illinois e seus colegas de farda descobrem que ele é gay. Discrimidado pelos colegas, e depois espancado por eles, ele decide abandonar a carreira e se muda para Los Angeles, aonde mora um primo gay.

De cara ele é apresentado a Hector, por quem se apaixona mas é rejeitado. Hector é quase um Robocop gay: michê, é extremamente fútil e vaidoso, tem implantes de silicone pelo corpo, se maqueia e usa roupas estilosas. Se gaba de não falar com mulheres ou homens feios.

Os 2 acabam se tornando amigos e John passa a viver a rotina de Hector. Ele se torna segurança de festas gays (designadas "O Circuito"), passa a se drogar e a usar anabolizantes, a fim de se tornar igual aos caras do meio que passa a frequentar.

Outros personagens do filme são Nina, ex-namorada do ex-policial que se afasta depois de vê-lo envolvido em drogas; Gill, primo de John; Tad, ex deste que está fazendo um documentário sobre a cena gay e Bobby Rocks, soroposito que vive de shows eróticos.

Com bom enredo, é bem produzido, dirigido e editado, e fica acima dos similares americanos nas cenas de nudez. É um tanto longo, mas flui bem.

Nancy Allen, ex-musa de Brian dePalma aparece por aqui, assim como Randal Kleiser,que dirigiu "Grease" e "A Lagoa Azul".

HUSTLER WHITE

(HUSTLER WHITE)

Dir.: Bruce La Bruce

EUA - 1996

O personagem principal é Montgomery "Monty" Ward (Tony Ward, do vídeo clipe "Justify My Love", da Madonna) que vive de fazer programas pelas ruas de Hollywood, até topar com um pesquisador alemão Jünger Anger (La Bruce, o diretor) que está escrevendo um livro sobre a prostituição na cidade.

O roteiro é um fiapo e mostra a rotina de outros michês, com direito a todo tipo de cena escandalosa que LaBruce pôde colocar em cena: gangbang; um homem sem o pé que fista o parceiro com o tornozelo; um travesti tatuado; sadomasoquismo, etc...

As cenas de sexo são quase, algumas praticamente, explícitas, e a favor do diretor diga-se que ele não usa aqueles atores típicos dos filmes pornôs que parecem saídos de uma agência de modelos.

Não é filme para todos os estômagos, longe disso. É tosco, grosseiro e tem algumas falhas técnicas.

Como curiosidades, Tony Ward se diz bissexual e a criança que contracena com ele na banheira é filho de sua namorada na vida real. Madonna teria sido procurada para financiar o filme, mas não aceitou dizendo ser pornográfico (pra quem fez a bagaceira "Corpo Em Evidência", a velha senhora deve ter mudado muito...).

SELDA

(SELDA)

Dir.: Ellen Ramos / Paolo Villaluna

Filipinas - 2007

Após a bolsa da namorada ser roubada por um pivete, Rommel corre atrás desse e acidentalmente causa sua morte. O resultado é uma condenação à 3 anos de cadeia.

Não precisa dizer que as cadeias filipinas não são muito diferentes das brasileiras, e ele logo se torna o objeto de desejo de alguns presos.

Inevitavelmente sofre abuso sexual e acaba se aproximando de outro preso, Esteban. Após 6 meses, ganha condicional. Sete anos depois é a vez de Esteban sair da cadeia e ir a procura do amigo, que encontra casado, com uma filha de 6 anos e vivendo em uma plantação de arroz herdada pela esposa.

A chegada de Esteban detona uma crise conjugal, que atinge o ápice com um trágico acontecimento.

Produção filipina simples, que só falha na longa duração: 2 horas e meia.

Mas é um filme honesto, simples, feito visivelmente com poucos recursos, com pouquíssimas cenas de nudez e sexo e dois protagonistas que acabam despertando simpatia devido a impossibilidade de realizar seu relacionamento.

REDWOODS

(REDWOODS)
EUA - 2009
Dir.: David Lewis

Chase é escritor (mais um...) e chega a uma pequena cidade pra terminar de escrever seu livro de tom auto-biográfico.

Logo ao chegar ele conhece Everett, cuja relação com o namorado não parece andar bem. Como o namorado de Everett viajou com o filho autista, Everett se aproxima de Chase e com a volta do maridão tem que tomar uma decisão: fugir com o escritor ou continuar a vidinha modorrenta de dono de casa e padastro exemplar.

Parece uma sessão da tarde; filminho choroso, com direção e fotografia convencionais. Não há nenhum tipo de conflito: a homossexualidade de Everett é pública e notória, e até o irmão (que protagoniza a única cena de nudez do filme) dá palpites em sua vida sexual/amorosa.

O PECADO DA CARNE

(EINAYIM PKUHOT)

Dir.: Haim Tabakman

Israel / Alemanha / França - 2009

Filme israelense sobre a relação de Aaron, casado, pai de 4 filhos, judeu ortodoxo e dono de um açougue kosher herdado do pai recém falecido, e Ezri.

Um dia o segundo entra no açougue do primeiro, para fugir da chuva, e acaba conseguindo um emprego. Nasce então a amizade entre os dois, e que depois vira algo mais, em furtivos encontros no açougue e no quarto aonde Ezri vive.

Logo a relação entre eles desperta a desconfiança de uma sociedade extremamente rígida e intolerante, que descobre sobre o passado de Ezri e passa a usar de maledicência para atacar o estabelecimento de Aaron, acusando-o de não ser kosher, e exigindo o afastamento de Ezri, acusado de levar os homens ao caminho do pecado.

Claro que a história não pode acabar bem.

Um filme delicado, bem interpretado e dirigido. Muito bacana a cena em que a dupla conversa na porta do açougue, aparentemente sozinhos, quando um ônibus passa e revela a platéia que os assiste. Além da boa história, passada em uma sociedade fechada, ainda mostra aspectos dessa, como a completa submissão das mulheres (Aaron e a mulher sequer ficavam nus um na frente do outro na hora do sexo), completamente incapacitadas de opinar sobre o próprio destino.

EM TUA AUSÊNCIA

(EN TU AUSENCIA)

Dir.: Iván Noel

Espanha - 2008

Pablo tem 13 anos, é órfão de pai, vive com a mãe em algum povoado do interior da Espanha e está naquela fase de descoberta da sexualidade.

Andando pelos campos da região ele topa com Paco, cujo carro enguiçou na estrada. Surge então um estranho clima entre ambos, e o diretor consegue nunca deixar claro até o fim do filme se Francisco é ou não pedófilo.

O desenrolar da história mostra o pesado fardo que Pablo carrega nas costas, que se agrava com um trágico acontecimento no final do filme.

Bom filme espanhol, com bela fotografia dos campos floridos da região, além da boa atuação do elenco. Tem uma triste cena envolvendo o menino e seu cachorro.

O filme ainda foca em Julia, amiga meio perdida de Pablo, e num carteiro que é um verdadeiro hipócrita.

Boa trilha sonora também.

ANDER

(ANDER)

Dir.: Roberto Castón

Espanha - 2009

Com grande parte dos diálogos em basco, o filme conta a história de Ander, um quarentão solteiro que vive com a mãe e a irmã na fazenda da família, pela qual é responsável, mesmo trabalhando também em uma fábrica de bicicletas.

A vida é meio modorrenta e se limita a bebedeiras com os amigos e sexo com Reme, a prostituta oficial da cidade, uma mulher triste que espera que o ex um dia volte para ela, e assim sustenta o filho.

Trabalhando na fazenda, Ander quebra a perna e decide contratar um empregado para fazer o trabalho que ele não pode mais. É quando entra em cena José, um imigrante peruano tímido que esconde a homossexualidade, e de quem logo Ander se torna amigo.

Além de cuidar da terra, José também ajuda o patrão em atividades como se vestir e ir ao banheiro. E é durante a cerimônia de casamento da irmã de Ander que o fazendeiro precisa ir ao banheiro com ajuda de José. Os dois já haviam bebido muito, José não resiste e subverte a luta de classes, passando o rodo no patrão.

A partir daí Ander se torna instrospectivo, falha com Reme e se esforça para evitar José, o descendente de índios que qual um integrante do MST derrubou a cerca e invadiu sem dó nem piedade o quintal do másculo fazendeiro basco. Obviamente, Ander vai precisar decidir o que fazer da vida, principalmente depois da morte da mãe.

Um bom filme, com a curiosidade de se passar no País Basco.

LE CLAN

(LE CLAN)

Dir.: Gaël Morel

França - 2004

O filme retrata o que aparenta ser a rotina dos descendentes de imigrantes dos subúrbios parisienses, através das vidas de 3 irmãos.

Marc é praticamente um bicho solto: não trabalha, não se dá bem com o pai, usa drogas, transa esporadicamente com um travesti que também atende seus amigos e vive a angústia de ter perdido a mãe. Depois de dar a volta em um traficante ele toma uma surra e tem seu cachorro morto (numa cena de cortar o coração). Ele tenta, mas não tem coragem de se vingar. Como seu irmão Christophe está prestes a sair da cadeia, ele espera que este o vingue, mas o irmão está mais interessado em mudar de vida.

O irmão mais novo é Olivier, que não parece interessado em seguir a vida dos irmãos e no fim se mostra gay, ao se envolver com Hicham (Salim Kechiouche, que também foi gay em "Grande École).

Filme legal, aonde o homossexualismo não é tema dominante, mas rende uma boa cena no fim. Destaque também para a cena aonde Marc apara os pelos púbicos em close...

RESIDÊNCIA PERMANENTE

(YONG JIU JU LIU)

Dir.: Scud

Hong Kong - 2009

Ivan nasceu em família pobre, e na base de muito trabalho subiu na vida.

Trabalhando em Hong Kong, ele se dedica ao boxe tailandês e é na academia que ele conhece Windson, chinês que deixou a família, incluindo a namorada, na terra natal em busca de vida melhor em Hong Kong.

Rejeitado por Windson, que se diz hetero apesar de não ter qualquer problema em dividir a cama e até mesmo lutar completamente nu com o amigo, ele se aproxima de Josh, de quem se separa quando este viaja para Tel Aviv. Incentivado pelo próprio Josh, Ivan torna a procurar Windson, e finalmente consegue se envolver sexualmente com ele, até que esse o deixa para se casar com a namorada chinesa.

O tempo passa e os dois tornam a se encontrar, mesmo ficando claro que o final não pode ser feliz.

O diretor com nome de míssil iraquiano fez um filme repleto de nudez de seus protagonistas, e uma deliciosa cena de luta envolvendo os 2 completamente nus; além de cenas de sexo visivelmente sem tapa-sexo.

A história é legal, embora lá pelo fim fique um tanto novelesca, com direito a doença de família. Mas a direção é bem criativa, tem boas cenas rodadas em Tel Aviv, e um tom final que parece meio autobiográfico, pois o diretor em cena fala de seu próximo filme, que é o mesmo do diretor Scud.

O filme ainda termina com um exercício de futurologia que alterna boas e más notícias.

ENQUANTO VOCÊ ESTÁ AQUI

(SOLANGE DU HIER BIST)

Dir.: Stefan Westerwelle

Alemanha - 2006

Velhinho solitário tem como única companhia a presença envetual de um também solitário garoto de programa. Quando esse perde o ônibus é forçado a passar a noite na casa do cliente, e acaba revelando parte de seu triste passado.

Filme triste, melancólico, ainda que o velhinho pareça ter consciência de sua situação.

O final embaralha tudo, e deixa o espectador sem saber aonde termina a realidade e aonde começam as fantasias de ambos os personagens.

DE VOLTA AO PARAÍSO

(BIG EDEN)

Dir.: Thomas Bezucha

EUA - 2000

Henry Hart (Ayre Gross) pintor de sucesso em Nova Iorque volta a cidade natal, a Big Eden do título para cuidar do avô que sofreu um acidente.

Ao chegar ele descobre que Dean (Tim DeKay, da série "Diga Que Me Ama"), seu amor platônico da época de escola, se divorciou e voltou à cidade com os filhos. Ele então se enche de esperanças de terminar o que nunca começou. E ainda acaba às voltas com um inesperado pretendente.

É bonitinho, bem feitinho e interpretado, mas parece aqueles dramas heteros de Sessão da Tarde, com direito a cena da desesperada tentativa de encontro no aeroporto.

Díficil mesmo é engolir um grupo de velhinhos de uma cidade caipira dando força pra um namoro gay intererracial.

Nada de nudez ou sexo entre seus protagonistas nas faixa dos 40 anos.

Tem participação de Louise Fletcher, que ficou famosa pela enfermeira de "Um Estranho No Ninho".

À FLOR DA PELE

DOUCHES FROIDES
Dir.: Antony Cordier
França - 2005

Mikael mora em uma área pobre de Paris, vive com o pai cachaceiro e a mãe, praticamente a responsável pelo sustento da casa.

Ele pratica judô, e tem uma namorada, Vanessa, e está na expectativa de entrar para a faculdade.

A vida corre assim até a chegada de um novo aluno na turma de judô, Clément, e os 2 mais Vanessa se deixam levar e acabam em um mènage, que incomoda profundamente a ele, mas não a ela, que o instiga a repetir a dose. Só então ele vai perceber o quanto gostava da moça, e o quanto ela dá mais valor as relações carnais do que as afetivas.

O que Mikael percebe é que ele perdeu sua namorada, que em dado momento lhe diz claramente que transar com ele é bom, mas com os dois é melhor, e cabe a ele decidir se aceita a nova situação ou não.

Talvez pela grande quantidade de cenas de nudez masculina esse aqui é relacionado a diversos sites gays, mas nem de longe o filme toca no assunto. O tema se assemelha ao de "E Sua Mãe Também", mas em nenhum momento os garotos transam entre si.

De qualquer forma, vale pelas muitas cenas de nudez dos garotos, e uma deliciosa cena aonde os 2 tomam banho de frente pra câmera, que fará a festa dos voyeurs.

GRANDE ÉCOLE

(GRANDE ÉCOLE)

Dir.: Robert Salis

França - 2004

Paul vai estudar em uma tradicional faculdade francesa, e rejeita o convite da namorada, Agnès, de morar com ele, preferindo morar no campus com o pretexto de que perderia muito tempo no trânsito. Ele divide um apartamento com Bernard e Luis-Arnault, e logo se apaixona por esse, garanhão e atleta do time de pólo aquático da faculdade.

Agnès percebe as intenções do namorado, e então lhe faz uma proposta bem indecente: os dois tentariam seduzir Luis-Arnault; se ela conseguisse, Paul se mudaria com ela para Paris; se ele conseguisse, ela o deixaria.

Pra complicar ainda mais o imbroglio amoroso, Paul defende um descendente de árabe que trabalha como pintor na faculdade do chefe racista desse; ganha a admiração e o assédio do cara, e acaba na cama dele, completando a teia de relações (ou tentativas de relações) amorosas da trama.

Como todo filme francês é bem verborrágico e se diferencia dos americanos por não ficar com o foco da câmera acima da linha de cintura dos atores quando esses estão em nu frontal. Tem muita cena de nudez, e os atores também não seguem aquele padrão saradão, de peito depilado e calça jeans justa.

Os personagens aqui usam bem mais o cérebro do que os músculos, mas ainda assim tem ótimas cenas de sexo.

Os vouyers de plantão vão se deliciar com a cena em que Paul observa todo o time de pólo aquático tomando banho. Quem já frequentou um vestiário de academia ou de escola, ou alojamento de quartel já passou por situação semelhante, de tentar disfarçar mas não resistir a uma discreta, ou nem tanto, olhadinha.

Um bom filme, com uma ótima cena em um quarto espelhado de motel. Apesar do pôster, não tem cena de sexo grupal.

E o ator que interpreta Luis-Arnault é lindo.

24º DIA - O PRAZO FINAL

(THE 24th DAY)
Dir.: Tony Piccirillo

EUA - 2004

Após conhecer Dan (James Marsden) em um bar gay, Tom (Scott Speedman) o leva a seu apartamento, aonde o mantém como refém. Seu objetivo: submetê-lo a um exame de sangue, e após comprovar que Dan lhe transmitira HIV cinco anos atrás, matá-lo.

Enquanto esperam o resultado do exame, os dois se expoem e Tom mostra todo seu desespero causado por um sentimento de culpa.

Marsden, de X-Men, e Speedman, de Felicity, são bonitinhos e o primeiro rende mais que o segundo, num filme curioso, mas que parece exagerar em seu fatalismo e exacerbação do sentimento de culpa e condenação ao adultério. Às vezes parece mais uma condenação a traição conjugal.

Não há qualquer cena de sexo, eles nem tiram a camisa, e o filme é meio teatral, se utilizando praticamente de dois atores e um cenário.

Mas é interessante, quando discute se vale a pena se vingar de quem supostamente lhe contaminou com HIV, e principalmente, de quem é a culpa? Afinal, ninguém transa sem camisinha sem o consentimento do outro, em uma relação consentida. Pena que o filme não explora esse ponto de vista.

BEIJADO PELO SOL

(SUN KISSED)
EUA - 2006
Dir.: Patrick McGuinn

Escritor viaja para casa isolada no deserto na tentativa de terminar seu livro. Ele é recebido pelo bonito caseiro, por quem logo se encanta e transa depois de uma noite de bebedeira.

O cara alega não ser gay e se afasta, além de guardar um segredo que não é revelado.

Filme confuso, que a partir de determinado momento deixa de ser linear e nunca se sabe se o que está sendo assistido é sonho, alucinação, ou parte do processo criativo do tal escritor.

Boa fotografia, trilha sonora interessante e um cena de sexo bem legal.

LUCKY BASTARD

(LUCKY BASTARD)

EUA - 2009
Dir.: Everett Lewis

Rusty é um bem sucedido arquiteto, que durante uma viagem do namorado se envolve com Denny, um desconhecido que conhece em uma loja de conveniência, e logo leva para casa.

O cara se revela soropositivo, e, pior, viciado em drogas, além de já ter trabalhado em filmes pornôs.

Não demora e o cara lhe pede dinheiro para comprar drogas. Depois ele pega na mão grande mesmo, sem cerimônia.

Mas o tesão é mais forte, e Rusty deixa o tal ficar em sua casa, até chegar o momento de decidir se quer continuar com alguém tão complicado e pouco confiável.

Belos atores em cenas de sexo softcore, em um filme apenas razoável e bem intencionado.

É um tanto depressivo, mas serve como passatempo.

UM ANO SEM AMOR

(UN AÑO SIN AMOR)

Argentina - 2005

Dir.: Anahí Berneri

Baseado na história real do escritror Pablo Pérez, narra a rotina deste, soropositivo, que resolve procurar um namorado através de anúncios de jornal (o filme é anterior a febre da internet). Ele divide um apartamento com a tia meio doida, é sustentado pelo pai e dá aulas de francês, enquanto tenta publicar um livro de poesias e escreve um romance baseado em sua vida.

Não tem exatamente um roteiro, e se baseia no dia a dia do protagonista: suas visitas ao médico e a resistência em tomar AZT; idas a cinemas pornôs e depois a um clube de sadomasoquismo (um fetiche da época em que morava na França, com o ex, que morreu de AIDS), aonde acaba se apaixonando pelo namorado do dono do lugar.

Bem cuidado, bom roteiro, direção e interpretações. É obviamente triste, mas mostra a vida de alguém que mesmo na adversidade busca levar sua vida, sem ficar trancado em casa esperando a morte chegar.

URBANIA

(URBANIA)

Dir.: Jon Matthews

EUA - 2000

Charlie (Dan Futterman, prêmio de melhor ator no Festival de Chicago pelo papel), persegue obssessivamente um homem que viu uma única vez, cinco meses atrás, na noite novaiorquina. Ele se refaz do fim de um relacionamento e enquanto segue sua busca vai relatando casos de lendas urbanas, como o cara que transa com uma desconhecida e acorda em uma banheira de gelo sem um dos rins; outro que transa com outra desconhecida e acorda com um recado escrito com batom no espelho: "bem vindo ao mundo da AIDS", sem saber que sua história tmbém está prestes a se tornar uma lenda urbana.

O filme tem narrativa quebrada, com cenas do presente e do passado que pouco esclarecem o porque da busca do protagonista, até o triste fim, aonde as pontas soltas são amarradas.

Futterman é bonitinho e carismático e o filme é baseado em uma peça de sucesso. Talvez seja um pouco longo e arrastado, mas fez sucesso nos festivais por onde passou. Tem muita gente bonita, mas pouco sexo para aqueles que buscam apenas isso. É um tanto deprê também.