quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

ANFETAMINA

(AMPHETAMINE)
Dir.: Scud
Hong Kong - 2010


Daniel, um mauricinho, trabalha no mercado financeiro, e ao voltar da Austrália para Hong Kong conhece Kafka, um professor de natação que também é viciado em anfetaminas, e carrega todas as carências afetivas que um órfão de pai que tem que cuidar de uma mãe doente pode carregar.
De início Kafka resiste ao assédio do outro por não se considerar gay, mas acaba se entregando, mas por carência do que por aptidão para a coisa.
Só que o vício do moço acaba colocando os 2 em maus lençóis, obrigando ambos a decidir o que querem da vida.
O terceiro filme do diretor de nome esquisito não avança muita coisa em relação ao anterior, "Residência Permanente": estão em ambos mãe doente; diferença de classes sociais; alguém que tem que partir e deixar o outro; gay apaixonado por um hetero e que insiste até conseguir o que quer; e uma Hong Kong modernosa e cosmopolita.
Aliás, talvez propositalmente a cidade é mostrada meio despersonalizada, como se a história pudesse se passar em qualquer cidade grande. A única coisa que parece identificar o filme como oriental são as rápidas cenas em um templo e os olhos puxados de seus protagonistas.
Só que o tema (diferença de classes e/ou vício em drogas) é batido, e na falta de conteúdo mais original o diretor investe na forma. Tem direção vídeoclipada (legais as cenas de bumg jumping), fotografia clean, algumas sequências lúdicas, atores bonitinhos com corpos ídem, e muita cena de nudez e erotismo (Scud gosta muito de cenas em chuveiros).
Ou seja, o filme parece uma extensão do anterior. Não há novidade nem de forma e muito menos de conteúdo. Só vale mesmo pelas boas cenas de nudez dos protagonistas, obviamente para os que curtem a beleza oriental.

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