segunda-feira, 16 de março de 2009

TERAPIA INTENSIVA

(SHOCK TO THE SYSTEM)
Canadá - 2006 (TV)
Dir.: Ron Silver


Seqüência do filme de 2005, sobre o detetive Donald Strachey.
Mais uma história simplesinha, pra se esquecer logo depois.
Agora ele é contratado por um rapaz, que é assassinado logo depois, para encontrar alguém. O detetive decide levar a investigação a frente e descobre que o rapaz frequentava uma clínica de 'reabilitação' de homossexuais.
Em meio a isso, discute-se se a opção sexual dos gays fosse diferente suas vidas seriam diferentes. Mas o filme não se aprofunda na discussão, e segue tão convencional quanto o primeiro da série.

O TERCEIRO HOMEM

(THIRD MAN OUT)
Dir.: Ron Oliver
Canadá - 2005 (TV)

Detetive gay é contratado é contratado para investigar assassinato do dono de um site aonde ele entrega os gays famosos que estariam no armário.
Donald Strachey é apresentado como o primeiro detetive gay da América, mas é um thriller convencional, aonde a grande diferença é o detetive ser gay.
De interessante a discussão sobre a validade de 'expulsar' do armário os gays famosos que nele se encontram. E também o fato de o detetive ser muitíssimo bem resolvido e viver sem dramas com seu parceiro, assessor de uma senadora.
A intimidade deles é mostrada como se fosse a de um casal hetero qualquer; sem nenhum tipo de afetação.
Tem alguma sensualidade, nudez e só. E ainda tem uma discretíssima ponta de Sean Young, a Raquel de Blade Runner.
Vale como passatempo, do tipo que se esquece logo depois. Teve sequência.

domingo, 8 de março de 2009

ÚLTIMOS DIAS

(LATTER DAYS)
Dir.: C. Jay Cox

EUA - 2003


Elder Aaron, missionário mórmon, chega a Los Angeles e se torna vizinho de um homossexual, Christian, que vive para festas e transas sem compromisso.
Esse então aposta com uma amiga que é capaz de transar com o religioso. Ele consegue, só que ambos se apaixonam e são obrigados a se afastarem quando a família do missionário descobre o que está acontecendo.
Mas a rápida relação é suficiente para mudar a vida de ambos.
Tem uma pequena participação de Jacqueline Bisset.
Obviamente a idéia é causar polêmica, a começar pelo título, já que a Igreja de Jesus Cristo e dos Santos dos Últimos Dias é o nome oficial da religião dos mórmons, considerados como dos religiosos mais conservadores que existem.
No fundo, é um filme voltado para um público específico: aquele entre os 16 e os 20 e poucos anos que sonham com um amor a la Romeu & Julieta, já que não se preocupa em se aprofundar em tema algum; nem o conflito religião/homossexualidade é bem explorado.
Tem umas ceninhas de nudez, mas nada que cause grandes alvoroços entre quem assiste filmes apenas com essa intenção.
Vale como passatempo, daqueles que se esquece logo depois.

quinta-feira, 5 de março de 2009

PERDIDO, MAS NÃO ESQUECIDO

(GONE, BUT NOT FORGOTTEN)
Dir.: Michael D. Akers
EUA - 2003



Guarda florestal salva rapaz de uma tentativa de suicídio, mas este perde a memória.
Ele então convence a médica do desmemoriado a lhe dar alta, alegando que o levaria para casa, pois assim talvez sua memória voltasse mais rapidamente. Eles se envolvem, até que a família do tal aparece para levá-lo para casa e, então, ficamos sabendo de sua história.
Filme fraquinho, quase amador, que mais parece história de novela das 19:00, à exceção da cena de sexo entre os 2 mocinhos.
Só no final ficamos sabendo porque alguém leva um completo desconhecido para casa. Mas não convence em momento algum.
Muito fraco, os atores não têm carisma nenhum e ainda tem uma trilha sonora horrorosa.

segunda-feira, 2 de março de 2009

TRANCADOS

(GEFANGEN)
Dir.: Jörg Andreas
Alemanha - 2004

Se existe o inferno das boas intenções, esse deve estar lá.
Dennis (Marcel Schlutt) vai preso por fraude com cartões de crédito; na cadeia é obrigado a servir de avião para os outros presos, e se apaixona por outro detento, um americano negro e casado, preso por motivos não esclarecidos. Os dois vivem seu relacionamento da forma que é possível atrás das grades, até Dennis ser solto, e ambos serem forçados a separação.
Produção da Cazzo, produtora alemã de pornô gay, que tenta ser séria, mas prefere exibir seu elenco à contar a história.
A produção é razoável, e a gente fica com a impressão de que as cadeias alemãs dispõem de nutricionistas, fisiologistas e preparadores físicos para deixar seus presos em boa forma física...
Esse foi o filme que lançou o pornstar Schlutt ao estrelato pornô. Ele até tem carisma, é lindo e desperta empatia com seu jeito de menino carente, ao contrário de seu parceiro de cena que é péssimo, totalmente sem espontaneidade.
Tirando as incômodas cenas de um estupro e outra envolvendo cuspe, o filme desperta mais interesse pelos corpos de seu elenco, principalmente o de Schlutt (exibido a exaustão) do que pela história em si.
Mexe mais com nossos baixos instintos do que com as emoções.

APENAS UMA QUESTÃO DE AMOR

(JUSTE UNE QUESTION D'AMOUR)
Dir.: Christian Faure
França - 2000



Laurent sai de uma cidade pequena e vai estudar paisagismo (o que incomoda sua família) em Lille, aonde divide apartamento com uma amiga, e ambos fingem serem namorados como forma de esconder da família do rapaz sua homossexualidade.
A farsa vai dando certo até ele se apaixonar por Cédric, gay assumido, que se incomoda com o fato do outro não se assumir e o pressiona a isso.
Tal comportamento tem justificativa: Laurent teve um primo expulso de casa e abandonado pela família quando se assumiu, e ele teme ter o mesmo destino já que o pai é claramente homofóbico, chegando a dizer que "não sabe como aparecem tantos homossexuais se eles não se reproduzem".
Produção francesa de merecido sucesso, que é legal pois os personagens são simpáticos, críveis e despertam empatia junto ao público, devido ao fato de explorar talvez aquele que seja o tema mais caro aos gays: sair do armário, enfrentar a sociedade ou família e se arriscar a ser tratado como pária; ou tentar viver uma vida escondido, sempre usando subterfúgios para esconder sua condição.
Quem espera cenas de sexo, esqueça. O filme se limita aos beijos dos rapazes, e é suficiente pois a história tem fôlego para se manter por si só.
Vale a pena assistir.