EL PERFECTO DAVID

(EL PERFECTO DAVID)

Dir.: Felipe Gomez Aparicio

Argentina / Uruguai - 2021

David tem 18 anos e malha diariamente, tendo o corpo dos fisiculturistas que malham na mesma academia como objetivo a ser alcançado.

Mas toda essa malhação não parece ser de livre e espontânea vontade, e sim por pressão da mãe, com quem mantém uma relação que parece beirar o incesto.

A mãe é artista plástica, e parece ver o filho como seu David, aquele de Michelângelo, mas de carne e osso.

O garoto é levado em rédea curta, e até as roupas são escolhidas pela mãe.

Mas David não parece muito convicto de sua opção sexual, e uma hora a panela de pressão pode estourar...

Filme argentino interessante, por colocar um menino de 18 anos como algo que a mãe tem que exibir como um projeto bem sucedido, não necessariamente intelectual ou profissionalmente, mas como uma extensão de sua obra, não importando os danos que isso cause ao garoto.

ÉQUATION À UN INCONNU

(ÉQUATION À UN INCONNU)

Dir.: Francis Savel

França - 1980

Esse aqui é um filme pornô e, como a maioria, o roteiro é inexistente.

A galera aqui não é saradona, nem depilada, e obviamente é tudo feito sem camisinha, pois são tempos pré AIDS. Mas é considerado um clássico francês do gênero.

HipBeat

(HipBeat)

Dir.: Samuel Kay Forrest

EUA - 2020 

Ativista de um grupo anarquista começa a questionar a própria identidade quando conhece a cena queer de Berlim, e se identifica com uma drag.

A ideia é legal, mas é tudo meio corrido, parece que faltou tempo pra conhecermos melhor as personagens.

Talvez se o diretor, roteirista e ator principal investisse menos em discurso político, e mais na parte dramática, o resultado seria melhor.

VERGISS MEIN ICH

(VERGISS MEIN ICH)

Dir.: Jan Schomburg

Alemanha - 2014

Lena sofre de uma doença que lhe rouba parte da memória.

Ela é professora universitária, ensaísta, e mantém diários com suas observações, opiniões, etc.

Dessa forma, e ajudada pelo marido, ela precisa redescobrir e reaprender quem é.

Mais um daqueles filmes que não é gay, só que o blog é fã do ator Ronald Zehrfeld, que no jargão gay seria "troncudo". Como o sujeito, que não é nenhum saradão, e aparece muito à vontade, o blog recomenda o filme.

IN FROM THE SIDE

(IN FROM THE SIDE)

Dir.: Matt Carter

Inglaterra - 2022

Mark joga no time B de uma equipe gay de rugby, e se envolve com Warren, jogador do time A e que estava lesionado (por isso eles não se conheciam).

A complicação do romance é que as partes são comprometidas e, no caso de Warren, com outro jogador do time principal.

A gente passa tanto tempo prestando atenção na dupla protagonista, e no elenco de apoio, que nem repara que a estorinha é banal e o filme longo demais.

Mas qual o problema não é? Cinema é pra isso mesmo, pra fugirmos da realidade e sonharmos com os rapazes que estão no pôster do filme.

Ah sim, e o rúgbi deve ser uma espécie de fetiche dos gays, basta ver a quantidade de páginas no instagram dedicadas à fotos de teor homoerótico envolvendo o esporte.

7 MINUTES

(7 MINUTES)

Dir.: Ricky Mastro

França / Itália - 2020

Policial perde o filho, que se mata junto ao namorado.

Ele então decide mergulhar no universo que o filho frequentava pra descobrir o que o levou ao suícidio.

Inacreditável drama francês, dirigido por um brasileiro com nome de ator pornô, aonde nada se salva.

É um negócio pretencioso, levado por atuações ruins, uma trama tosca, que não chega a lugar nenhum.

(O nome se refere ao tempo decorrido entre a morte dos dois namorados, como se isso fizesse diferença...)

KALEL,15

(KALEL,15)

Dir.: Jun Lana

Filipinas - 2019

Kalel é fruto de uma família desajustada: a irmã desconhece o pai; ele é filho de um padre e a mãe mantém um caso com um homem casado.

Além disso, aos 15 anos ele descobre ser portador de HIV.

Drama filipino, que é menos sobre homossexualidade, e mais sobre o drama de se ter HIV e aos 15 anos e ter uma família que está longe de ser algo perto de um comercial de margarina: a mãe, na verdade, está mais louca pra meter o pé e largar os filhos pra lá do que criá-los, memos um deles sendo menor de idade.

Drama simples, que conta uma história triste de forma redondinha.

ANIMALS

(ANIMALS)

Dir.: Nadil Ben Yadir

Bélgica - 2021

Brahim é um cara comum, de família muçulmana, que não sabe que ele é gay.

Na noite do aniversário da mãe ele aceita carona de 4 desconhecidos e vai ser vítima de um brutal ataque homofóbico.

Esse é daqueles que precisa de estômago pra se assitir, porque a sequência do ataque homofóbico, o filme é baseado em fatos reais, é longa, violenta, e pertubadora.

O diretor é esperto em sua proposta: apresenta Brahim no começo do filme, um sujeito aboslutamente comum, que vive no armário; e termina apresentando um de seus agressores, que também vive uma vida banal. Pode-se dizer que ambos vivem vidas medíocres, e que se encontram com consequências trágicas pra um deles.

E não, animais não se comportam como a guangue que ataca Brahim que, verdade seja dita, não tiha porquê aceitar carona de 4 sujeitos que de cara se motraram não serem confiáveis.

EXPLOITED

(EXPLOITED)

Dir.: Jon Abrahams

EUA -  2022

Brian é calouro na faculdade e casualmente encontra um pen drive, repleto de vídeos de práticas sexuais que seriam meio bizarras, mas parecem mais falta de ousadia da direção.

Só que a descoberta dos vídeos pode colocar sua vida em risco, pois revelariam a identidade de um criminoso.

Merece com louvor a nota de 3,7 do IMDB.

A favor, diga-se, não é pretencioso como "Complete Strangers", já comentado aqui, e outras coisas por aí.

AS PERIGOSAS DROGAS DO SEXO

(SEI NO GEKIYAKU)

Dir.: Hideo Jôjô

Japão - 2020

Katsuragi é um homem bem sucedido mas insatisfeito com a vida que leva.

Após um fato trágico, ele decide se matar, mas é salvo por sádico que vai submetê-lo a torturas e abuso sexual.

Pra quem curte bizarrice, com direito a bondage, sadomasoquismo, estupro, etc.

A curiosidade é que a direção até tem qualidades, e evita que a coisa pareça uma grande baixaria.

HOFESH GADOL

(HOFESH GADOL)

Dir.: Tal Granit & Sharon Maymon

Israel - 2012

Yuval está passando férias na praia com mulher e filhos quando reencontra o ex, Yiftach.

Só que o tempo não se encarregou de apagar o que os dois sentem um pelo outro.

Um curta bem legal, protagonizado pelo ator de "15 Years" e que bem poderia ser melhor desenvolvido como longa.

CICADA

(CICADA)

Dir.: Matthew Fifer / Kieran Mulcare

EUA - 2020

Drama que também é estrelado por um dos diretores.

O ritmo é lento, meio contemplativo, e conta a estória de Ben (Fifer, um dos diretores, e que é uma gracinha) que deixa a namorada e começa a pegar qualquer homem que passa na sua frente, até se envolver com Sam.

No começo parece tudo bem, até que os dois apresentam seus dramas do passado, que envolvem homofobia, agressão e abuso infantil.

Não é ruim, e nem é um filme em tom depressivo, embora seus temas principais sejam pesados.

A dupla parece focar mais na forma - a direção e fotografia são bacaninhas, mas a estória acaba sendo meio manjada e já vista em outras produções.

Além disso, tem aqueles personagens meio padrões do gênero: a melhor amiga; o pai que não aceitaria o filho gay; a mãe que aceita muito bem e aqui ainda inventaram uma psicóloga meio difícil de engolir.

Mas, vale a pena pelo bom entendimento da dupla e pela curiosidade de saber como termina.

IRMÃOS DO INVERNO

(VINTERBRODRE)

Dir.: Hlynur Pálmason

Dinamarca / Islândia - 2017

Dois irmãos, Emil e Johan, vivem em um muquifo e trabalham em uma obra em condições insalubres.

Os dois aparentam se dar bem, mas na verdade disputam o amor de uma mesma mulher e Emil, parece não ter muito juízo: ele vende bebida falsificada para os trabalhadores locais.

Quando descobre objeto de sua paixão na verdade está mais interessada no irmão, a situação entre os dois chega a um limite.

É um filme hétero, mas a relação entre os irmãos parece beirar o incesto, embora em nenhum momento a sexualidade de ambos seja duvidosa.

O destaque mesmo é uma cena protagonizada pelos dois irmãos aonde Johan, interpretado por Simon Sears, mostra toda sua belíssima anatomia.

É um filme lento, meio cansativo, mas fica a dica para ver algo fora do foco do blog.

SIN TI NO PUEDO

(SIN TI NO PUEDO)

Dir.: Chus Gutiérrez

Espanha / México - 2022

David, advogado de uma grande empresa, vive com o marido, Alex, e tem uma vida perfeita, já planejando ter filhos.

Isso até a irmã recém saída da cadeia reaparecer na vida dele, e trazer os dramas do passado a tona.

A vida do casal vira de pernas pro ar, enquanto a irmã, de personalidade duvidosa, vai se enfiando no meio dos dois.

É um drama do tipo novela das sete, meio chinfrim, e vai assim até o fim.

Mas o que só faz piorar tudo que já era meia boca é a cena final, que é constrangedora na tosquice.

Ah sim, a dupla principal talvez seja o único interesse do filme, principalmente o ator que interpreta Alex, que por ser personal trainer, passa quase o filme todo sem camisa. E deve ser o grande atrativo do filme.

HASAHYAN

(THE SWIMMER)

Dir.: Adam Kalderon

Israel - 2021

Erez e mais quatro rapazes foram selecionados para participar da seletiva para a equipe de natação que representará Israel nas Olimpíadas, e só um será o escolhido.

Em meio a tensão cada vez maior gerada no processo, já que os cinco estão confinados em um centro de treinamento, Erez começa a se interessar por um concorrente, enquanto seu comportamento começa a colocar em risco suas chances de ser selecionado.

A direção e fotografias espertinhas, com estética de comercial,  só reforçam a impressão de uma certa falta de assunto.

Mas, dá pra assistir, embora o diretor dê uma viajada na maionese na disputa final entre os garotos.

UNDERWATER

(UNDERWATER)

Dir.: Alejandro Sesma

Inglaterra - 2015

Jonathan é mandado pelo pai e pela madrasta, com quem não se dá bem, para uma escola de natação no interior da Inglaterra.

Ele não é bem aceito pelos outros internos, mas entre um bullying e outro vai acabar se envolvendo com um dos colegas.

Esqueça a estória pífia e foque nos meninos do poster e na cena de masturbação subáquatica.

AVIVA

(AVIVA)

Dir.: Boaz Yakin

EUA / França - 2020

Casal se conhece online: um mora em Paris e outro em Nova Iorque, mas se encontram e iniciam um relacionamento turbulento.

Filme meio alternativo, aonde os personagens são interpretados por atores diferentes inclusive de gêneros diferentes, o que gera cenas de sexo gay, o que faz com que o filme seja associado ao cinema temático.

É meio confuso, talvez pretencioso, mas seu grande atrativo talvez sejam as muitas cenas de nudez, algumas envolvendo atores muito talentosos, se é que me faço entender.

SEU NOME GRAVADO EM MIM

(KE ZAI NI XINDI DE MINGZI)

Dir.: Kuang-Hui Liu

Taiwan - 2020

Na Taiwan de 1987 dois adolescentes têm que lidar com a homofobia, num lugar e época totalmente aversos a qualquer coisa que estivesse associada a homossexulidade.

Conta uma história muito bonitinha de amor entre dois garotos que vivem num ambiente que de forma alguma tolerará sua condição (um deles sabe que é gay, o outro ainda não se decidiu). Mas é longo e talvez meio lento. Além disso, existe um pano de fundo histórico e político de fundo, que não é muito explorado, mas esse não é mesmo o objetivo do filme.

Tendo paciência, assiste-se a um filme muito delicado e sensível, beneficiado por uma dupla de protagonistas muito afinada.

SEBASTIAN

(SEBASTIAN)

Dir.: Carlos Ciurlizza

Peru / EUA - 2014

Depois de anos longe de casa, Sebastian volta para o Peru porque a mãe teve um derrame.

Só que a cidadezinha de onde ele saiu é extremamente homofóbica, e nem a mãe o aceita completamente.

E tudo se complica quando ele descobre que deixou um herdeiro na cidade e mais ainda, quando o marido aparece de surpresa na cidade, e sua sexualidade se torna pública.

Dramalhão peruano que vai direto pro inferno das boas intenções.

O diretor é também o protagonista, e como geralmente ocorre nesses casos, ele reserva o melhor para si: seu parceiro de cena, que aliás, praticamente se limita a fazer cara de choro ou a sorrir.

ISAAC

(ISAAC)

Dir.: Ángeles Hernández & David Matamoros

Espanha - 2020

Nacho e Carmen não conseguem engravidar.

Quando ele reencontra um amigo da adolescência, Denis, surge uma idea: usar Carmen, namorada de Denis, como barriga de aluguel.

Só que entre os dois existe algo não resolvido no passado...

Draminha meio sem sal, que é daqueles filmes que se vê e depois se esquece porque é tudo meio sem sentido: alguém escolhe um casal pra gerar um filho e logo de cara dá pra ver que a mãe escolhida além de não estar muito convicta, não demonstra qualquer simpatia pelos pais que irão adotar a criança.

Depois elas até se entendem, sem motivo aparente, enquanto os maridos se entendem de outra forma.

E quem é Isaac? Esse a gente custa a entender quem é, e fica numa trama meio perdida no meio do resto.

Pelo menos é curto, menos de hora e meia.

E ainda precisaram de duas cabeças pra dirigir o filme.

PLAYDURIZM

(PLAYDURIZM)

Dir.: Gem Deger

República Tcheca - 2020

Produção tcheca, falada em inglês, que mistura de drama, fantasia e terror, aonde um adolescente é misteriosamente transportado para a vida de um ator bonitão, que é seu ídolo.

Só que o sujeito talvez seja o típico ídolo dos pés de barro.

Filme estranho, embalado em fotografia multicolorida, que no final revela o que "levou" Demir, o adolescente, para a vida do outro sujeito.

O filme é estrelado pelo diretor, que até mostra qualidades, embora o roteiro confuso se esclareça com uma revelação triste no final.

O co-protagonista do filme é lindo, mas o papel talvez devesse ser de alguém menos bonito e mais talentoso,

De qualquer maneira, vale pela curiosidade.

NÃO SE ESQUEÇA QUE VOCÊ VAI MORRER

(N'OUBLIE PAS QUE TU VAS MOURIR)

Dir.: Xavier Beauvois

França - 1995

Benoit estuda História da Arte e já tem toda sua vida planejada, mas é surpreendido com uma convocação para o exército.

Disposto a escapar do seu destino, ele toma uma atitude desesperada, o que acaba por lhe revelar que ele é soroposito.

A partir daí sua vida descamba graças a uma sequência de decisões erradas, que vão envolvê-lo com drogas, marginalidade, etc

A homossexualidade aqui é apenas um detalhe, numa rápida passagem de "experiência" do protagonista, que é interpretado pelo diretor e ainda se exibe numa cena de sexo explícito.

Um filme interessante, mas um tanto obscuro.

MINYAN

(MINYAN)

Dir.: Eric Steel

EUA - 2020

Drama passado entre a comunidade judaica novaiorquina.

David, filho de judeus refugiados russos se vê entre a religião e o despertar da sexualidade na Nova Iorque dos anos 80.

Além de se preocupar em esconder sua sexualidade, ele ainda tem que lidar com a pressão do pai em seguir a vida religiosa.

O filme também abre espaço para o drama dos refugiados do Holocausto: homens e mulheres velhos, alguns sem filhos, que vivem em imóveis subsidiados e nem todos são tão solidários quanto se esperaria em tal situação.

THE DREAM CHILDREN

(THE DREAM CHILDREN)

Dir.: Robert Chuter

Austrália - 2015

Alex e Steven são um casal, mas a relação é mantida em segredo porque um dos dois é uma celebridade da TV.

Achando que a relação não torna os dois uma família de verdade, Alex acha que é hora deles terem um filho e, como a adoção por gays não é permitida na Austrália, a solução é comprar o filho de uma mulher que não quer a criança.

A ideia é levada a cabo, mas terá suas consequências.

Pegue dois atores bonitos pra cacete, coloque-os em cenas de sexo em meio a um dramalhão mexicano e você tem um filme.

Ou acha que tem...

A ideia nem é ruim, mas falta alguma coisa: a relação dos caras não vai bem, e eles acham que arrumar um filho vai resolver isso (na verdade, um deles acha isso); aí um sujeito famoso aceita que o parceiro compre uma criança sabendo que a qualquer momento isso poderia vir a tona e causar um escândalo maior que ser gay.

Isso em meio a puladas de cerca, uso de drogas, cantar a colega de trabalho para fingir que é hetero e por aí vai.

FUTUR DREI

(FUTUR DREI)

Dir.: Faraz Shariat

Alemanha - 2020

Parvis é descendente de iranianos e vai cumprir serviço comunitário num abrigo de refugiados, aonde faz amizade com um casal de irmãos iranianos, Banafshe e Amon, e depois começa um relacionamento com Amon.

Só que, além da homofobia dos demais imigrantes do abrigo, que faz com que o relacionamento seja mantido em segredo, ainda há o risco de deportação da dupla de irmãos.

Filme simpático, delicado e bem interpretado, mas sem grandes reviravoltas ou surpresas.

Daqueles pra se ver e esquecer logo depois.

ORES KOINIS ISYHIAS

(ORES KOINIS ISYHIAS)

Dir.: Katerina Evangelakou

Grécia - 2006

Em uma rua tranquila de Atenas, um alarme de carro acidentalmente disparado interliga 5 estórias, entre elas a de um casal gay que tenta se acertar.

Filme corriqueiro, daqueles aonde várias tramas se cruzam em dado momento, e a parte gay nem é bem explorada ou determinante no desfecho.

Nada demais.

KANARIE

(KANARIE)

Dir.: Christiaan Olwagen

África do Sul - 2018

África do Sul, 1984.

Johan é fã da banda Culture Club, principalmente de seu vocalista, Boy George.

Obrigado a se alistar, ele vai parar no coral do Exército, conhecido como "Canários".

Lá vai conhecer outros gays, e também a homofobia e os questionamentos sobre sua sexualidade, principalmente depois de cair de amores por Wolfgang, numa época e local não muito favoráveis ao casal.

Filme sulafricano muito bacaninha, vindo de um país que já apresentou tramas interessantes sobre o tema: "Skooneheid", "Die Stropers", "Inxeba", "Moffie" e a co-produção "Proteus".

O filme também não ignora o apartheid, que aqui fica em segundo plano, mas é citado em alguns diálogos e situações, seja de forma mais sutil, seja de forma mais explícita.

LA EDAD DE LA IRA

(LA EDAD DE LA IRA)

Espanha - 2022 (TV)

Dir.: Jesús Rodrigo

Sandra é amiga de Marcos, e os dois fazem amizade com Raúl, aluno novo na escola.

A amizade então evolui para um inusitado trisal adolescente.

Só que Marcos e o irmão Ignacio vivem um inferno em casa nas mãos de um pai violento, machista e homofóbico, e que acaba sendo morto por um dos filhos, fato que vai significar a entrada dos quatro na vida adulta.

Minissérie em 4 capítulos, sobre 2 irmãos, um deles gay, que chegam ao limite por causa de um pai intolerante.

Vale a vista, embora em alguns momentos os adolescentes da trama pareçam mais adultos do que são.

CHA VÀ CON VÀ...

(CHA VÀ CON VÀ...)

Dir.: Dang Di Phan

Vietnã - 2015

No início dos anos 90 Vu, se muda pra uma favela de Saigon, para estudar fotografia.

Lá ele faz amizade com um casal formado por Thang, traficante, e Van, cantora de boate.

Ele inicia uma relação ambígua com o casal, enquanto explora sua sexualidade com Thang.

Paralelamente a isso, seu pai faz planos de casá-lo com uma moça das redondezas.

Filme daqueles pra se assistir sem pressa, pois a narrativa é lenta e muita coisa fica subentendida.

BAD BOY STREET

(BAD BOY STREET)

Dir.: Todd Verow

EUA - 2012

Parisiense cata um garotão americano bêbado numa sarjeta qualquer de Paris e leva pra casa.

Só que o sujeito é um famoso ator de filmes para adolescentes, que não pode ter sua sexualidade explanada.

Bem... Alguém recolhe outro na rua e leva pra casa e esse ao acordar, presenteia seu bom samaritano com um belo boquete... Todd Verow nunca fez nada que preste e nesse aqui abre mão das cenas de sexo explícito, que costumam marcar sua obra.

A nota alta do IMDB é meio enganadora: não passa de um draminha água com açúcar temperado com cenas de sexo softcore, e só.

BEN MAMSHICH

(BEN MAMSHICH)

Dir.: Yuval Aharoni

Israel - 2017

Noam é gay e no dia do enterro do pai descobre que o coroa mantinha um caso com um homem casado.

Ele então arma um encontro com o sujeito, obviamente sem que o cara saiba quem ele é.

Curta israelense daqueles que contam muito bem sua estória em poucos minutos, mas fica aquela sensação que poderia render um longa aonde se explorasse mais seus personagens, já que todos os envolvidos são casados - seja com homens ou mulheres.

FIERTÉS

(FIERTÉS)

Dir.: Philippe Faucon

França - 2018

Minissérie francesa em 3 episódios, que retrata a vida de Victor em 3 momentos:

Em 1981, ainda adolescente e forçado a assumir sua sexualidade depois de flagrado pelo pai;

Em 1999, há 18 anos casado com Serge e quando decide ter um filho;

E em 2013, quando a saúde de Serge se encontra deteriorada e ele precisa encarar o preconceito que o filho sofre por ter dois pais.

Como pano de fundo, a relação conflituosa com o pai e as lutas pelos direitos da comunidade gay.

Minissérie francesa muito simpática, que tem a duração exata pra não perder a mão e se esticar além do necessário.

BAGHDAD IN MY SHADOW

(BAGHDAD IN MY SHADOW)

Dir.: Samir

Inglaterra / Suíça / Alemanha - 2019

Drama passado entre a comunidade iraquiana em Londres.

Nasseer é sobrinho de Taufiq, poeta que frequenta um café que é ponto de encontro de exilados iraquianos, muito comunistas, obviamente associados ao ateísmo pelos religiosos da comunidade, o que incomoda Nasseer, principalmente após um ataque racista, o que o leva a se aproximar de um xeique extremista.

Essa aproximação pode colocar em risco os amigos do tio, que incluem um casal homossexual, e outros, cujo passado inclui a luta contra o regime de Saddam Hussein.

O diretor de nome minimalista faz um filme simples, que começa com um depoimento e vai intercalando entre o passado recente e o presente que levou até o citado depoimento, sobre um assassinato.

A homossexualidade é um detalhe na trama: o filho do dono do bar e um amigo são gays, mas o foco é principalmente no ódio contra quem é diferente ou não se propõe a seguir a religião.

A COLHEITA

STADT LAND FLUSS

Dir.: Benjamin Cantu

Alemanha - 2011

Jacob é o nome aluno de uma escola agrícola, situada em uma colônia agropecuária.

A rotina é estudar e manejar os animais e a produção do lugar.

Até que ele começa a reparar em Marko, colega e trabalho e estudo.

Drama rural, meio lento e com tom de documentário, que se explica porque o diretor é documentarista.

Só vai despertar o interesse de quem curte filmes mais lentos aonde sexo e romances picantes passam longe.

ADEUS MÃE

(THUA ME CON DI)

Dir.: Trinh Dinh Le Minh

Vietnã - 2019

Van voltou para o Vietnã depois de anos estudando nos EUA.

O objetivo é apresentar o namorado pra mãe, mas, a tradicional família vietnamita tem outros planos pra ele.

Drama redondinho sobre um sujeito que escondeu o quanto pode sua sexualidade, mas de repente se vê no meio de um turbilhão aonde a família tenta decidir seu futuro por ele.

DEDALUS

(DEDALUS)

Dir.: Jonah Greenstein

EUA - 2018

Longa confuso, que começa com um estória, sobre uma moça abusadamente sexualmente e termina com a de um velhinho lutando com a doença e a solidão.

A do meio é sobre um sujeito bonitão em busca de um sugar daddy: ele dorme com os coroas em busca de um teto e de comida.

Tem mais forma (aquela pinta de filme indie), a direção é interessante e até ousa um pouquinho nas cenas de nudez, mas falta um roteiro melhor.

PORED MENE

(PORED MENE)

Dir.: Stevan Filipovic

Sérvia - 2015

Professora casada com um artista plástico polêmico é agredida a noite, por um grupo de jovens mascarados.

No dia seguinte, durante a aula, ela percebe que alguns dos agressores podem ser seus alunos, pois eles estão compartilhando o vídeo com a agressão.

Num ato meio impensado, ela recolhe os celulares e sai de sala.

Depois de um tempo, eles percebem que estão trancados e sozinhos na escola.

A partir daí, segue-se uma lavação de roupa suja, envolvendo a guerra civil da ex Iugoslávia, pois alguns são croatas, outros sérvios, outros kosovares, além das opções sexuais, estilo de vida, etc.

Aí percebe-se que nem todos os que parecem amigos são tão amigos, e aqueles que não são amigos talvez tenham mais similaridades do que podem perceber.

O foco do filme nem é a homossexualidade, mas o tema acaba vindo a tona em uma estória de homofobia sofrida por um dos alunos, que aprendeu como reagir.

LE MAILLOT DE BAIN

(LE MAIOLLOT DE BAIN)

Dir.: Mathilde Bayle

França - 2013

Rémi, de 10 anos, está passando férias na praia com a família e conhece Léa, com quem faz amizade.

Mas é o pai da menina quem vai deixar o garotinho fascinado, mesmo sem saber o que está realmente sentindo.

Curta muito bonitinho sobre o despertar da sexualidade de alguém que nem tem consciência do que isso seria.