AUSENTE

(AUSENTE)
Dir.: Marco Berger
Argentina - 2011

Garoto de 16 passa a noite na casa de seu professor de natação devido à alguns contratempos: ele deveria dormir na casa de um amigo, mas se machucou na aula de natação, teve que ir ao médico e ambos se desencontraram, além do outro estar com o celular desligado. Além disso, a avó com que mora viajou, pois ele dormiria na casa do amigo.

Na verdade, ele estava cheio de tesão pelo professor, e quando esse descobre passa a andar na corda bamba, pois o garoto não é nenhum santinho, e o ameaça caso fale alguma coisa. Pra complicar, o professor começa a olhar o garoto de outra forma...

Provavelmente a Argentina tem a melhor produção cinematográfica do mundo nos últimos anos, seja em que gênero for (até filmes de horror bem referenciados tem vindo de lá) e esse não foge a regra.

Berger (do fraco "Plano B") inverte o papel de predador e vítima, e faz um drama nos limites do suspense, já que a grande questão é se o incidente vai vir à tona e afetar a vida profissional / amorosa de Sebastián, o professor, quando Berger dá uma guinada no fim.

A quem interessar possa, o ator que interpreta Martín, o aluno, aparenta mais de 16 anos, mas é uma gracinha com seu jeito de lobo em pele de cordeiro, mas que percebe a cagada que fez.

DEIXE A LUZ ACESA

(KEEP THE LIGHTS ON)
Dir.: Ira Sachs
EUA - 2012

O filme narra 9 anos do relacionamento de Erick, diretor de documentários, dinamarquês de família rica vivendo nos EUA, e Paul, advogado.

Eles se conheceram através de um chat via telefone (uma época pré-net) e a pegação evoluiu para o namoro, e depois para a divisão de um mesmo teto.

O problema é que Paul é usuário de drogas e parece não dar muito valor ao amor de seu parceiro, que se entrega ao relacionamento e sofre com os constantes desaparecimentos do outro.

Talvez seja meio longo, e a trama seja meio batida (drogas, amigos se envolvendo na relação, entrega à uma relação que parece sem futuro, etc), mas é um filme bem cuidado, com direção delicada, boas músicas, boa fotografia e bons enquadramentos de câmera, além de boas atuações, principalmente Thure Lindhadt, que interpreta Erick.

TABU

(GOHATTO)
Dir.: Nagisa Ôshima
Japão / França / Inglaterra - 1999

Sozaburo Kano, de 18 anos e aparência andrógina, chega à uma espécie de escola de samurais, e mexe com a libido dos demais integrantes do lugar.

Logo ele começa a frequentar a cama de todos, gerando ciúmes e instabilidade entre seus pares.

O filme toca num tema tabu: o homossexualismo entre os samurais no Japão medieval. Dá a impressão que na época o assunto nem era problema, desde que não interferisse nas relações ou pusesse em risco a existência da milícia, que tinha por objetivo manter a estabilidade política local.

Bom filme.