segunda-feira, 27 de setembro de 2010

TÁXI PARA UM BANHEIRO PÚBLICO

(TAXI ZUM KLO)
Dir.: Franki Ripploh
Alemanha - 1980

Dirigido e estrelado por Ripploh, é praticamente autobiográfico, pois ele até empresta seu nome ao personagem principal.
Frank é professor primário e compulsivo por sexo. Se diverte indo a saunas, bares e festas gays, e fazendo pegação em banheiros públicos, como diz o título, além de fazer qualquer um que lhe dê mole. Sua compulsão por sexo é tão grande que ele foge do hospital e pega um táxi até um banheiro. Numa dessas ele conhece Bernd por quem se interessa, mas é incapaz de ser fiel. Será possível manter um relacionamento assim?
Filme alemão escandaloso, aonde o ator/diretor aparece a vontade em várias cenas de sexo, além de uma passagem que é quase uma aula de exame anal.
Ah sim, além de professor, ele sonha ser diretor de cinema, coisa que consegue como se vê nos letreiros finais.
O filme é anterior a AIDS, e por isso a doença não é citada em nenhum momento, apesar do protagonista fazer referência ao uso da camisinha.
Pra quem imagina corpos sarados em cena, esqueça. A galera aqui é daquela bem comum, que se encontra por aí.
Boa curiosidade principalmente pela maneira corajosa como o personagem em foco expõe sua intimidade (pelo menos não usou um ator que valorizasse atributos que ele não tem).

FAQS

(FAQS)
Dir.: Everett Lewis
EUA - 2005


India saiu de casa e vive pelas ruas, se prostitui e trabalha em filmes pôrnos. Um dia, depois de ter sido enganado pelo diretor de um dos filmes e fugindo de uma dupla de homofóbicos, topa com Destiny, um travesti diretor de filmes pornôs (ótima criação do ator Allan Louis) e é acolhido por este que tem por hábito levar jovens em situações semelhantes para casa a troco de nada (só em filme mesmo...).
Além dele, moram no local Lester, lésbica masculinizada e depois Spencer, que deseja explodir os pais.
Filme exagerado do diretor do bom "Luster". A idéia é retratar os marginalizados, mas o que se vê é uma divisão simplista entre gays vítimas e heteros no armário que se escondem atrás da homofobia.
De positivo, Everett não tem por hábito filmar a nudez só da cintura pra cima e os rapazes são lindos, mas falta muita coisa para ser um bom filme.
E India é um homem, não uma mulher.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

RONDA NOTURNA

(RONDA NOCTURNA)
Dir.: Edgardo Cozarinsky
Argentina / França - 2005


O Filme não tem exatamente um roteiro, só acompanha a jornada de Victor (Gonzalo Heredia), michê e traficante, pela noite de Buenos Aires.
Ele vaga pelas ruas de Bs. As. e encontra outros michês, travestis, um ex-michê, vai a saunas, interage com moradores de rua, miseráveis, notívagos, etc, até o amanhecer, quando toma o rumo de casa, quase como se estivesse em um documentário.
A medida que a noite vai passando, parece que ele vai ficando mais solitário, e o filme mais melancólico, principalmente quando o bonitinho e carismático Victor relembra fatos de seu passado.
Um filme bacana


sábado, 11 de setembro de 2010

CIRCUITO

(CIRCUIT)
Dir.: Dirk Shafer
EUA - 2001


John Webster é policial no Illinois e seus colegas de farda descobrem que ele é gay. Discrimidado pelos colegas, e depois espancado por eles, ele decide abandonar a carreira e se muda para Los Angeles, aonde mora um primo gay.
De cara ele é apresentado a Hector, por quem se apaixona mas é rejeitado. Hector é quase um Robocop gay: michê, é extremamente fútil e vaidoso, tem implantes de silicone pelo corpo, se maqueia e usa roupas estilosas. Se gaba de não falar com mulheres ou homens feios.
Os 2 acabam se tornando amigos e John passa a viver a rotina de Hector. Ele se torna segurança de festas gays (designadas "O Circuito"), passa a se drogar e a usar anabolizantes, a fim de se tornar igual aos caras do meio que passa a frequentar.
Outros personagens do filme são Nina, ex-namorada do ex-policial que se afasta depois de vê-lo envolvido em drogas; Gill, primo de John; Tad, ex deste que está fazendo um documentário sobre a cena gay e Bobby Rocks, soroposito que vive de shows eróticos.
Com bom enredo, é bem produzido, dirigido e editado, e fica acima dos similares americanos nas cenas de nudez. É um tanto longo, mas flui bem.
Nancy Allen, ex-musa de Brian dePalma aparece por aqui, assim como Randal Kleiser,que dirigiu "Grease" e "A Lagoa Azul".