domingo, 30 de março de 2014

UM HOMEM CHAMADO FLOR DE OUTONO

(UN HOMBRE LLAMADO FLOR DE OUTOÑO)
Dir.: Pedro Olea
Espanha - 1978


Lluís de Serracant é membro de uma aristocrática família na época da ditadura franquista, mas mantém dois segredos: se apresenta como o travesti Flor de Outono à noite, em um bar gay, e participa de um grupo terrorista que se dedica a derrubar o governo.
Baseado em fatos reais, mostra vida gay na Espanha da década de 20: uma aparente tolerância à homossexualidade nos círculos mais altos da sociedade, às voltas com a crescente insatisfação dos trabalhadores com a falta de leis que regulassem o trabalho, manifestada pelo movimento sindical.
Tem Almodovar na produção e talvez só peque um pouco no excessivo número de apresentações musicais de seu protagonista.

sábado, 22 de março de 2014

VERÃO EM L.A.

(AUGUST)
Dir.: Eldar Rapaport
EUA - 2011


Troy (Murray Bartlett, da série "Looking") volta da Espanha e recontra um ex-namorado, Jonathan (Daniel Dugan), agora envolvido com Raul (Adrian Gonzales, bonito pra cacete). A história entre os 2 não terminou bem e Jonathan mantém uma espécie de idolatria pelo outro, chegando a cortar o cabelo no mesmo estilo de Troy; a chegada desse vai bagunçar o relacionamento do casal de namorados, com Raul ficando meio perdido, sem saber como lutar pra manter o namorado.
O filme parte de um curta, "Postmortem" de 2005, dirigido pelo mesmo Rapaport e com Bartlett e Dugan repetindo os mesmos personagens. Obviamente surgem outras subtramas e o novo envolvimento entre os 2 ex namorados.
Mais um caso de forma se sobrepondo à conteúdo: a direção é cuidadosa, cheia de bons enquadramentos, mas a trama não parece ser chegar a lugar nenhum.
Só vale pra passar o tempo e admirar a beleza do trio.

TARIK EL HOB

(TARIK EL HOB)
Dir.: Rémi Lange
França - 2001


Tarik é argelino, vivendo na França, e está realizando um documentário sobre o homossexualismo na cultura árabe, entrevistando alguns homossexuais para seu trabalho.
Ele é hetero, mas fica claro que o documentário é algo libertador para ele, que demonstra não ter muita convicção de sua opção, principalmente por ser assediado por um de seus entrevistados, com quem faz amizade, e depois não conseguir se descolar do cara.
Filme para um público específico, que não está ligado em cinema gay estilo "cinemão".
Tem pinta de cinema autobiográfico também.

sábado, 15 de março de 2014

O PRIMEIRO QUE DISSE

(MINE VAGANTI)
Dir.: Ferzan Ozpetek
Itália - 2010


Tommaso se cansa do trabalho na fábrica da família, que acredita que ele estuda economia, mas na verdade ele faz letras e quer ser escritor (mais um...). Ele decide sair do armário em um jantar de família, pois acredita que assim o pai o expulsaria de casa e da fábrica, e ele poderia seguir sua vida.
Só que o irmão resolve se assumir no mesmo dia, antes de Tommaso e a família vira de pernas pro ar, com direito a ataque cardíaco do pai.
Sobra pra Tommaso administrar a fábrica de macarrão, mesmo sem entender nada do assunto.
Comédia dramática chatinha que se arrasta por quase 2 horas.
Ozpetek foi bem mais feliz em "Um Amor Quse Perfeito" e em "Hamam".

sábado, 8 de março de 2014

TRAGE LIEFDE

(TRAGE LIEFDE)
Dir.: Boudewijn Koole
Holanda - 2007


Garotão criado pela avó decide conhecer o pai que aparentemente nem sabe de sua existência.
Ele vai ao bar do qual é dono e acaba sentindo um outro tipo de amor, não filial, pelo coroa.
Média metragem que não faz julgamento moral sobre a questão do incesto, apenas conta sua curta estória de forma bem legalzinha e direta.

sábado, 1 de março de 2014

BEEFCAKE

(BEEFCAKE)
Dir.: 1998
Canadá / Inglaterra / França - Thom Fitzgerald


Filme semi-documental sobre o universo das revistas de fotografia supostamente sobre fisiculturismo, mas que na verdade, seriam as antepassadas das "G Magazine's" da vida e seus fotógrafos, especialmente Bob Mizer, o grande foco da parte documental.
Bob era homossexual, mas antes de mais nada, fascinado pelo corpo masculino e pelo homoerotismo. Como os tempos eram outros, a década de 50, não havia a profusão de closes em pintos duros. Eram fotos aonde a única coisa a esconder o sexo dos modelos era uma minúscula (e um tanto ridícula) tanga, costurada pela própria mãe do fotógrafo.
Obviamente, os corpos eram muito mais naturais, trabalhados graças à exercício físico, sem anabolizantes, e sem a fixação pela depilação dos tempos atuais.
Perseguido pela censura da época, Bob foi preso acusado de favorecer a prostituição, pois suas fotos teriam códigos que remeteriam as preferências sexuais dos rapazes, quando fossem contratados para programas, pois Mizer também os agenciava em seu trabalho como modelos.
Além de retratar uma fase interessantíssima e muito bonita, diga-se de passagem, do nu masculino, o filme também é um colírio para os olhos com suas inúmeras cenas de nu, em especial a cena aonde Joe Dallessandro luta boxe completamente nu.
Mizer também produzia filmes e algumas cenas são encenadas na produção, sempre carregadas na exibição do corpo masculino como seu grande protagonista.