ALEMANHA: UM CONTO DE INVERNO

(WINTERMÄRCHEN)

Dir.: Jan Nonny

Alemanha - 2018

Tommi e Becky formam um casal de neonazistas que querem ser reconhecidos por suas ações.

Quando Maik se junta a eles, a violência de seus atos aumenta, e surge uma tensão sexual envolvendo o trio, o que é fator complicador para os dois homens do trio: como ser gay e nazista?

Filme interessante, que começa falando de neonazismo e depois discute como mesmo quem questiona sua sexualidade ainda se rende a uma ideologia violenta que prega o extermínio de gente como eles.

Talvez exagere na duração, 124 minutos, mas é daqueles que dá pra debater sobre como o ser humano pode ser tão vil.

ELEFANTE

(SLON)
Dir.: Kamil Krawczycki
Polônia - 2022

Bartek administra a pequena fazenda da família junto da mãe, meio possessiva (ele tem uma irmã morando no exterior).

A vida é meio modorrenta e sem grandes atrativos até ele conhecer Dawid, que retornou a cidadezinha para enterrar o pai e não é bem visto na sociedade local porque é acusado de ter abandonado o pai - provavelmente foi embora por causa da homofóbica comunidade local e da falta de perspectivas.

Quando os dois se aproximam, a mãe de Bartek se incomoda, mais preocupada de perder seu filho/empregado, do que ver Bartek ganhar o mundo.

Drama sensível, e tocado com muita honestidade, que funciona principalmente porque acaba-se torcendo pela dupla.

O diretor também é responsável por um curta que vale a vista: Mój Koniec Swiata.

DON FILIPO

(DON FILIPO)

Dir.: Tim Muñoz

Filipinas - 2021

Dino vai trabalhar como cuidador de um idoso, em uma mansão numa área rural, aonde além dele, também mora um faz tudo, Obet, que logo se interessa pelo novato.

Só que a casa parece ser assombrada e os moradores da cidade relatam que diversas pessoas desapareceram sem deixar rastro, caindo sobre o dono da casa a suspeita de ser um aswang, espécie de vampiro nas lendas locais.

Indigesta mistura de terror que não assusta com erotismo bagaceira: como a trama é inexpressiva, o diretor aproveita pra explorar a bela anatomia de seu protagonista que aparece inúmeras vezes sem camisa, de cueca, ou nu, e a câmera fica sempre estrategicamente posicionada na altura da virilha dos atores.

E ainda tem uma trilha horrorosa, que se alterna entre o instrumental genérico romântico e o pretensamente eloquente nos momentos de terror.