terça-feira, 22 de dezembro de 2009

NENHUMA NOITE É TÃO LONGA

(NO NIGHT IS TOO LONG)
Dir.: Tom Shankland
Inglaterra / Canadá - 2002 (TV)


O filme é narrado pelo protagonista, Tim Cornish, universitário que vive em uma pequena cidade do Canadá e não se furta em ir para cama com quem passa pela frente, seja homem ou mulher. Um dia ele conhece Ivo Steadman, paleontólogo que ganha a vida dando conferências em cruzeiros pelo Alaska e a coisa corre bem até Ivo se mostrar ciumento, possessivo e violento.
Mesmo em dúvida sobre o que sente por Ivo, Tim aceita acompanhá-lo em uma de suas conferências, mas um imprevisto o obriga a ficar em terra, enquanto o outro segue viagem. É aí que Tim conhece uma mulher, se apaixona e decide deixar o parceiro, que volta de viagem e o leva no cruzeiro seguinte. O clima entre eles fica pesado e durante uma excursão a uma ilha eles brigam e Tim mata Ivo, mas consegue enganar os demais passageiros, que acreditam que o conferencista está passando mal em seu quarto.
De volta a sua casa, ele passa a receber estranhas cartas com trechos de livros em que os protagonistas sobreviveram abandonados em ilhas desertas. A questão é: quem está mandando as tais cartas? Ivo, que sobreviveu, ou alguém que de alguma forma descobriu o ocorrido e está afim de ganhar alguma coisa?
Pouco conhecido, é uma eficiente mistura de drama e suspense com bom roteiro, direção e atuações. Passou desapercebido na tv a cabo a alguns anos, mas merecia melhor divulgação. Deve ser o melhor filme de Shankland, diretor do curioso "W Delta Z", e do fraquíssimo terror "The Children".

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

HOMO FATHER

(HOMO FATHER)
Dir.: Piotr Matwiejczyk
Polônia - 2005



Gabi e Robert formam um casal gay e vivem felizes juntos, embora o segundo tenha vergonha do relacionamento, não apresente o namorado para a família e evite sair junto desse.
Porém, um dia uma amiga de Gabi aparece com uma menina dizendo que foi fruto de uma única relação que eles tiveram, que não tem condições de criá-la e a deixa com o pai, pois precisa sair do país para trabalhar, e isso vai ser a prova definitiva para a estabilidade do relacionamento dos rapazes.
Média metragem polonês com jeitão de filme amador (tem umas variações de cor e fotografia que são claramente falha técnica, e não exercício de estilo). É sincero no objetivo de contar uma história realista, mas fica naquele caso de "vale pela intenção". Indicado para aqueles que curtem uma história aonde os atores não exibem belos corpos ou cenas de sexo aeróbico.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A GAROTA DO SOLDADO

(SOLDIER'S GIRL)
EUA - 2003 (TV)
Dir.: Frank Pierson


A história real do soldado Barry Winchell (Troy Garity, de Sunshine), a quem o filme é dedicado, que foi morto por espancamento por um colega de quartel, quando seu relacionamento com um travesti foi descoberto.
Ótimo filme baseado numa história real, com boa direção e atuações aonde se destaca Lee Pace, do seriado Pushing Daisies, no papel do travesti e ex-marine Calpernia, tanto pela maquiagem quanto pela ótima atuação.
Final obviamente triste, em um típico filme que tem por finalidade mostrar que o preconceito é mais forte que os supostos laços de amizade que deveriam existir entre os soldados, e que tanto eles gostam de apregoar.

COMO UM IRMÃO

(COMME UN FRERÉ)
Dir.: Bernard Alepetite / Cyril Legann
França - 2005


Sebastién nutre uma paixão platônica por um amigo de infância, mas decide partir para Paris para começar uma nova vida, o que inclui viver sua sexualidade plenamente.
Difícil entender isso aqui. É um média metragem, mas parece que havia um roteiro maior que foi editado de modo a caber em 55 minutos.
É confuso, se passa em tempos diferentes mas isso só fica claro no final, o que dificulta o entendimento. Tem umas ceninhas de sexo até bem ousadas, mas falta aprofundar personagens e explicar a função de alguns deles no filme.
Dirigido e escrito por duas cabeças, contraria a teoria de que pensariam melhor que uma. Fraco demais.

sábado, 17 de outubro de 2009

O SOLTEIRÃO

(ALL THE RAGE)
Dir.: Roland Tec
EUA - 1997


Christopher vive uma vida, pode-se dizer, livre: sai com os homens que quer, pega seus telefones e promete ligar de volta, o que nunca acontece. Além disso, é extremamente vaidoso e narcisista e uma de suas atividades preferidas e indispensáveis é malhar na academia com o amigo Larry (que se incomoda ao 'perder' o amigo quando esse se apaixona) para manter o corpaço, na verdade sua arma de sedução.
A vida segue assim, ainda que ele se incomode com isso, até conhecer Stewart através do casal de amigos Tom e Dave, sendo que esse está fora de seu padrão de beleza preferido e não é tão bem sucedido quanto ele. Depois de um início de indecisão os dois assumem seu relacionamento, que ameaça ir por água abaixo quando a vida anterior fala mais alto e ele se interessa pelo cara com quem Stewart divide o apartamento.
Interessante drama com foco na vida fútil e egocêntrica de Christopher, mas que também abre espaço sobre o marasmo que toma conta do relacionamento de Tom e Dave; da vida entre boites, bares e orgias de Larry e na busca de Susan, amiga de Christopher, por um namorado em uma época pré-internet. Infelizmente essas histórias não são concluídas.
Como pontos positivos fica a boa intenção da história; um fim convincente e algo catártico; os depoimentos de Christopher, apenas de cueca, para a câmera aonde se expõe como é e; óbvio, a beleza do protagonista em seu único filme, assim como de seu parceiro de cena, segundo o IMDB. Só não espere fartas cenas de sexo e nudez.

domingo, 27 de setembro de 2009

O ESTIMULADOR

(THE FLUFFER)
EUA - 2001
Dir.: Richard Glatzer / Wash Westmoreland


Sean (Michael Cunio) acredita estar alugando "Cidadão Kane" em uma locadora de vídeo, mas na verdade estava alugando "Cidadão Esperma" e se encanta com o ator principal, Johhny Rabel (Scott Gurney, de tirar o fôlego).
Ele então procura a produtora e se oferece para trabalhar de cameraman, o que consegue, mas acaba fazendo um bico de "estimulador": simplesmente o cara que excita via sexo oral os atores do filme.
Só que logo ele descobre que seu ídolo tem os pés de barro: é hetero, casado e tem um caráter bem duvidoso, além de estar envolvido com drogas.
Começa com jeito de filme para adolescentes, mas até consegue contar bem uma história que envolve sexo, drogas e a indústria pornô. Só é meio pudico nas cenas de sexo, apesar de se tratar de uma produção sobre o tema.
Tem ponta de Deborah Harry, Ron Jeremy e boa trilha sonora. E não força a barra no final.

domingo, 20 de setembro de 2009

DOG TAGS

(DOG TAGS)
EUA - 2008
Dir.: Damion Dietz


As vidas de Nate, fuzileiro naval recém admitido na Marinha e de Andy se cruzam casualmente, quando ambos vão parar na casa de um homem que fatura postando imagens pornôs na net. Os dois decidem não fazer o vídeo e Andy dá carona à Nate, primeiro até sua casa, depois até a casa do fuzileiro, aonde esse tem uma baita decepção com a noiva.
O filme é mais sobre a busca de identidade, pois Nate sonha em conhecer o pai desconhecido, enquanto o outro vive em depressão devido a um namoro mal sucedido, além de ser pai de um recém nascido, fruto de uma relação casual.
O filme flui com relativa facilidade, o elenco segura a onda, e só não dá pra aceitar muito bem a rápida aceitação de Nate à sua nova condição, depois de uma noite com o novo amigo. Nem fica claro se é isso mesmo que ele quer.
Tem algumas rápidas cenas de nudez; os dois protagonistas são bonitinhos, mas a cena de sexo entre eles é algo frustrante para quem esperasse algo mais caliente. O fim é bem coerente com o que apresenta dos personagens, não se decidindo por um final fácil.
Dog tags é o nome daquela plaqueta de identificação que todo milico gosta de ostentar no pescoço.

terça-feira, 7 de julho de 2009

LONGE DO PARAÍSO

(FAR FROM HEAVEN)
EUA - 2002
Dir.: Todd Haynes


Cathy Withaker (Juliane Moore), dona de casa, tem um casamento aparentemente perfeito com Frank (Dennis Quaid) com quem tem dois filhos, em plena década de 50. O que ela nem desconfia é que o marido tem fortuitos encontros com outros homens, mesmo ele já tendo sido preso por ato obsceno com outro. A casa começa a cair quando uma noite ela flagra o marido em seu escritório em animado entrevero com um rapaz.
À partir daí ele decide procurar tratamento para se curar (a época é a do homossexualismo, e não homossexualidade) e obviamente não encontra o que esperava. Cathy então é surpreendida pela separação, pois Frank a troca por um rapaz.
Além disso, ela se aproxima do filho negro de seu ex-jardineiro e causa escândalo ao acompanhá-lo a um bar frequentado pelos negros.
Um drama sincero que merecia melhor divulgação. Juliane Moore está ótima como a dona de casa que repentinamente se vê no olho de um furacão que mistura sexualidade, racismo, o papel da mulher na sociedade da época e muto mais. Sua Cathy é comum; uma dona de casa completamente alheia ao que se passa a sua volta e que repentinamente vê sua vida se transformar completamente e a ela resta apenas lidar com isso, até mesmo enfrentando o racismo da época mais por acaso do que por qualquer motivação social ou política.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A CONCEPÇÃO

(A CONCEPÇÃO)
Brasil -2005
Dir.: José Eduardo Belmonte


Alex (Juliano Cazarré) e Lino (Milhem Cortaz), dupla de jovens e entediados moradores de Brasília conhece um homem a quem chamam de X (Mateus Nachtergaele) por sequer saberem seu nome, e formam um grupo autointitulado "Concepcionistas", e vivem sobre as regras desse grupo, que entre outras, está assumir uma nova identidade a cada 24 horas; dormir nu; apagar a memória; "morte ao ego"; entre outras.
Logo aderem ao grupo mais duas moças, Lis e Ariane, e o que era algo filosófico logo se mostra um grupo especializado em fraudar identidades e cartões de crédito sobre o comando do tal X, de quem nada se sabe. E a casa de Alex se torna o centro de atuação do grupo com constantes orgias e consumo de drogas até a polícia entrar em cena.
Filme cabeça que não é exatamente sobre homossexualismo, embora não se furte a mostrar cenas do tipo "Lesbian Chic" e sexo entre os rapazes (inclusive a 3 e com direito a ereção de Nachtergaele). As vezes parece uma pornochanchada filosófica, mas salvam-se a trilha sonora e a qualidade técnica, principalmente na edição. E sim, Juliano Cazarré é de tirar o fôlego.

domingo, 7 de junho de 2009

FIM DE SEMANA PROLONGADO

(3 DAY WEEKEND)
EUA - 2008
Dir.: Rob Williams



Dois casais de amigos, habituados a passar os fins de semana prolongados na casa de campo deum deles com seus respectivos pares, decidem dessa vez que cada um dos 4 levará um amigo solteiro. O que se segue então é um misto de troca-troca de casais, a formação de novos casais e também alguma lavação de roupa suja entre um dos casais.
É apenas simpático, embora se fique com a impressão de que às vezes passar a imagem de que gays só pensam em sexo e são mais volúveis do que os casais heteros.
Pra quem curte rostos e corpos bonitinhos, pelo menos isso o filme oferece, em diferentes faixas etárias.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

WALK ON THE WATER

(LaLehet Al HaMayim)
Israel / Suécia- 2004
Dir.: Eytan Fox


Eyal (Lior Ashkenazi) é agente do Mossad, e mesmo abalado pelo suicídio da mulher, é escalado para uma missão, aonde deverá se passar por guia turístico para Axel (Knut Berger), um alemão em visita à irmã que mora em um kibutz. Os dois são netos de um nazista desaparecido que a polícia secreta israelense acredita ainda estar vivo. O objetivo é se aproximar do rapaz para tentar descobrir o paradeiro do velho. O que Eyal não sabia é que o rapaz é gay e não esconde isso.
A operação não resulta em nada, e quando Axel volta para a Alemanha, Eyal é mandado em seu encalço, e acaba sendo convidado para um jantar de aniversário na casa do alemão, que o tem como amigo.
Filme do mesmo diretor de "Yossi & Jagger" e do sucesso "The Bubble", é um dos maiores sucessos do cinema israelense.
Eytan junta terrorismo, homossexualismo, as relações judeus x árabes, judeus x alemães e alemães x passado nazista, num ótimo filme, que fica entre o drama, o tom político e o suspense. O grande mérito do diretor é nunca deixar claro se Eyal realmente simpatizou com Axel, se sente algo mais ou se ele apenas está decidido a concluir uma missão que demonstrara não lhe entusiasmar muito no começo.
Destaque também para Lior Ashkenazi, carismático e que chama atenção com sua beleza que parece uma mistura de Daniel Craig com Clive Owen. Mais um filme que só passou por aqui em festivais e merecia maior destaque, até por não ser totalmente voltado para o público GLS.

terça-feira, 28 de abril de 2009

BENT

(BENT)
Inglaterra - 2007
Dir.: Sean Mathias




Depois de passar uma noite com um oficial do exército alemão e ser perseguido pelos militares, Max foge com o namorado Rudi e, depois de rejeitar uma proposta de um tio para que fugisse sozinho do país, ambos são presos e durante o transporte Rudi é barbaramente espancado e assassinado pelos militares.
Max, por ser judeu e renegar a condição de gay, é então enviado para um campo de concentração, aonde trava amizade com Horst, homossexual assumido.
Os dois iniciam uma amizade e tentam sobreviver à loucura do nazismo.
Um filme tristíssimo, baseado em uma peça teatral e filmado de modo que aparenta ser um teatro filmado, fato que em nada diminui sua força.
Pode-se dizer que foi o filme que lançou Clive Owen ao estrelato no papel no de Max, que fora desempenhado no teatro por Ian Mckellen, que interpreta o tio deste no filme. Destaque também para Mick Jagger interpretando um travesti logo no começo do filme.
Tem uma cena inesquecível aonde os dois transam sem se tocarem.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

OS AMANTES DE MARONA

(KOCHANKOWIE Z MARONY)
Polônia - 2005
Dir.: Izabella Cywinska


Jovem professora de vila do interior se envolve com interno de uma colônia de tuberculosos que tem uma passado nebuloso. O que já parecia destinado ao inexorável final infeliz, se complica ainda mais com o aparecimento do ex do rapaz.
Produção polonesa, aonde o amor que não ousa dizer o nome se manifesta mais através da estranha tensão entre os rapazes do que em palavras e gestos.
Um filme triste, algo depressivo, aonde os decadentes casarões semi-destruídos e a lindíssima fotografia, que simplesmente dispensa qualquer cor mais forte, e fica sempre entre o sépia, os tons de terra e as cores escuras, reforçam a sensação de melancolia e desalento.
Não é para qualquer um, já que a história é lenta e contemplativa. As cenas de sexo são delicadas e tem uma cena de cortar o coração envolvendo um menino e um cachorro.
Merecia ter tido maior destaque quando foi lançado.

segunda-feira, 16 de março de 2009

TERAPIA INTENSIVA

(SHOCK TO THE SYSTEM)
Canadá - 2006 (TV)
Dir.: Ron Silver


Seqüência do filme de 2005, sobre o detetive Donald Strachey.
Mais uma história simplesinha, pra se esquecer logo depois.
Agora ele é contratado por um rapaz, que é assassinado logo depois, para encontrar alguém. O detetive decide levar a investigação a frente e descobre que o rapaz frequentava uma clínica de 'reabilitação' de homossexuais.
Em meio a isso, discute-se se a opção sexual dos gays fosse diferente suas vidas seriam diferentes. Mas o filme não se aprofunda na discussão, e segue tão convencional quanto o primeiro da série.

O TERCEIRO HOMEM

(THIRD MAN OUT)
Dir.: Ron Oliver
Canadá - 2005 (TV)

Detetive gay é contratado é contratado para investigar assassinato do dono de um site aonde ele entrega os gays famosos que estariam no armário.
Donald Strachey é apresentado como o primeiro detetive gay da América, mas é um thriller convencional, aonde a grande diferença é o detetive ser gay.
De interessante a discussão sobre a validade de 'expulsar' do armário os gays famosos que nele se encontram. E também o fato de o detetive ser muitíssimo bem resolvido e viver sem dramas com seu parceiro, assessor de uma senadora.
A intimidade deles é mostrada como se fosse a de um casal hetero qualquer; sem nenhum tipo de afetação.
Tem alguma sensualidade, nudez e só. E ainda tem uma discretíssima ponta de Sean Young, a Raquel de Blade Runner.
Vale como passatempo, do tipo que se esquece logo depois. Teve sequência.

domingo, 8 de março de 2009

ÚLTIMOS DIAS

(LATTER DAYS)
Dir.: C. Jay Cox

EUA - 2003


Elder Aaron, missionário mórmon, chega a Los Angeles e se torna vizinho de um homossexual, Christian, que vive para festas e transas sem compromisso.
Esse então aposta com uma amiga que é capaz de transar com o religioso. Ele consegue, só que ambos se apaixonam e são obrigados a se afastarem quando a família do missionário descobre o que está acontecendo.
Mas a rápida relação é suficiente para mudar a vida de ambos.
Tem uma pequena participação de Jacqueline Bisset.
Obviamente a idéia é causar polêmica, a começar pelo título, já que a Igreja de Jesus Cristo e dos Santos dos Últimos Dias é o nome oficial da religião dos mórmons, considerados como dos religiosos mais conservadores que existem.
No fundo, é um filme voltado para um público específico: aquele entre os 16 e os 20 e poucos anos que sonham com um amor a la Romeu & Julieta, já que não se preocupa em se aprofundar em tema algum; nem o conflito religião/homossexualidade é bem explorado.
Tem umas ceninhas de nudez, mas nada que cause grandes alvoroços entre quem assiste filmes apenas com essa intenção.
Vale como passatempo, daqueles que se esquece logo depois.

quinta-feira, 5 de março de 2009

PERDIDO, MAS NÃO ESQUECIDO

(GONE, BUT NOT FORGOTTEN)
Dir.: Michael D. Akers
EUA - 2003



Guarda florestal salva rapaz de uma tentativa de suicídio, mas este perde a memória.
Ele então convence a médica do desmemoriado a lhe dar alta, alegando que o levaria para casa, pois assim talvez sua memória voltasse mais rapidamente. Eles se envolvem, até que a família do tal aparece para levá-lo para casa e, então, ficamos sabendo de sua história.
Filme fraquinho, quase amador, que mais parece história de novela das 19:00, à exceção da cena de sexo entre os 2 mocinhos.
Só no final ficamos sabendo porque alguém leva um completo desconhecido para casa. Mas não convence em momento algum.
Muito fraco, os atores não têm carisma nenhum e ainda tem uma trilha sonora horrorosa.

segunda-feira, 2 de março de 2009

TRANCADOS

(GEFANGEN)
Dir.: Jörg Andreas
Alemanha - 2004

Se existe o inferno das boas intenções, esse deve estar lá.
Dennis (Marcel Schlutt) vai preso por fraude com cartões de crédito; na cadeia é obrigado a servir de avião para os outros presos, e se apaixona por outro detento, um americano negro e casado, preso por motivos não esclarecidos. Os dois vivem seu relacionamento da forma que é possível atrás das grades, até Dennis ser solto, e ambos serem forçados a separação.
Produção da Cazzo, produtora alemã de pornô gay, que tenta ser séria, mas prefere exibir seu elenco à contar a história.
A produção é razoável, e a gente fica com a impressão de que as cadeias alemãs dispõem de nutricionistas, fisiologistas e preparadores físicos para deixar seus presos em boa forma física...
Esse foi o filme que lançou o pornstar Schlutt ao estrelato pornô. Ele até tem carisma, é lindo e desperta empatia com seu jeito de menino carente, ao contrário de seu parceiro de cena que é péssimo, totalmente sem espontaneidade.
Tirando as incômodas cenas de um estupro e outra envolvendo cuspe, o filme desperta mais interesse pelos corpos de seu elenco, principalmente o de Schlutt (exibido a exaustão) do que pela história em si.
Mexe mais com nossos baixos instintos do que com as emoções.

APENAS UMA QUESTÃO DE AMOR

(JUSTE UNE QUESTION D'AMOUR)
Dir.: Christian Faure
França - 2000



Laurent sai de uma cidade pequena e vai estudar paisagismo (o que incomoda sua família) em Lille, aonde divide apartamento com uma amiga, e ambos fingem serem namorados como forma de esconder da família do rapaz sua homossexualidade.
A farsa vai dando certo até ele se apaixonar por Cédric, gay assumido, que se incomoda com o fato do outro não se assumir e o pressiona a isso.
Tal comportamento tem justificativa: Laurent teve um primo expulso de casa e abandonado pela família quando se assumiu, e ele teme ter o mesmo destino já que o pai é claramente homofóbico, chegando a dizer que "não sabe como aparecem tantos homossexuais se eles não se reproduzem".
Produção francesa de merecido sucesso, que é legal pois os personagens são simpáticos, críveis e despertam empatia junto ao público, devido ao fato de explorar talvez aquele que seja o tema mais caro aos gays: sair do armário, enfrentar a sociedade ou família e se arriscar a ser tratado como pária; ou tentar viver uma vida escondido, sempre usando subterfúgios para esconder sua condição.
Quem espera cenas de sexo, esqueça. O filme se limita aos beijos dos rapazes, e é suficiente pois a história tem fôlego para se manter por si só.
Vale a pena assistir.