terça-feira, 7 de julho de 2009

LONGE DO PARAÍSO

(FAR FROM HEAVEN)
EUA - 2002
Dir.: Todd Haynes


Cathy Withaker (Juliane Moore), dona de casa, tem um casamento aparentemente perfeito com Frank (Dennis Quaid) com quem tem dois filhos, em plena década de 50. O que ela nem desconfia é que o marido tem fortuitos encontros com outros homens, mesmo ele já tendo sido preso por ato obsceno com outro. A casa começa a cair quando uma noite ela flagra o marido em seu escritório em animado entrevero com um rapaz.
À partir daí ele decide procurar tratamento para se curar (a época é a do homossexualismo, e não homossexualidade) e obviamente não encontra o que esperava. Cathy então é surpreendida pela separação, pois Frank a troca por um rapaz.
Além disso, ela se aproxima do filho negro de seu ex-jardineiro e causa escândalo ao acompanhá-lo a um bar frequentado pelos negros.
Um drama sincero que merecia melhor divulgação. Juliane Moore está ótima como a dona de casa que repentinamente se vê no olho de um furacão que mistura sexualidade, racismo, o papel da mulher na sociedade da época e muto mais. Sua Cathy é comum; uma dona de casa completamente alheia ao que se passa a sua volta e que repentinamente vê sua vida se transformar completamente e a ela resta apenas lidar com isso, até mesmo enfrentando o racismo da época mais por acaso do que por qualquer motivação social ou política.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A CONCEPÇÃO

(A CONCEPÇÃO)
Brasil -2005
Dir.: José Eduardo Belmonte


Alex (Juliano Cazarré) e Lino (Milhem Cortaz), dupla de jovens e entediados moradores de Brasília conhece um homem a quem chamam de X (Mateus Nachtergaele) por sequer saberem seu nome, e formam um grupo autointitulado "Concepcionistas", e vivem sobre as regras desse grupo, que entre outras, está assumir uma nova identidade a cada 24 horas; dormir nu; apagar a memória; "morte ao ego"; entre outras.
Logo aderem ao grupo mais duas moças, Lis e Ariane, e o que era algo filosófico logo se mostra um grupo especializado em fraudar identidades e cartões de crédito sobre o comando do tal X, de quem nada se sabe. E a casa de Alex se torna o centro de atuação do grupo com constantes orgias e consumo de drogas até a polícia entrar em cena.
Filme cabeça que não é exatamente sobre homossexualismo, embora não se furte a mostrar cenas do tipo "Lesbian Chic" e sexo entre os rapazes (inclusive a 3 e com direito a ereção de Nachtergaele). As vezes parece uma pornochanchada filosófica, mas salvam-se a trilha sonora e a qualidade técnica, principalmente na edição. E sim, Juliano Cazarré é de tirar o fôlego.