ESTEROS

(ESTEROS)
Dir.: Papu Curotto
Argentina / Brasil / França - 2016

Jero e Matías foram melhores amigos na infância, até que a amizade ficou estremecida devido as aproximações de Jero pra cima do amigo, numa época em que ambos nem sabiam o que era sexo ainda. Mas o afastamento mesmo se dá quando Matías se muda pra o Brasil com a família.

Anos depois ele retorna para a pequena cidade aonde ambos foram criados, acompanhado da namorada brasileira e reencontra o amigo, agora gay assumido.

Será que ambos vão poder terminar o que começaram anos atrás?

A história é batida (na verdade, o filme é uma adaptação de um curta do diretor) e foi contada inúmeras vezes antes. Só que como é um filme argentino, fica acima da média de atuações (as duas duplas que interpretam os amigos dão conta muito bem do recado), fotografia, produção, etc...

Mais uma bola dentro do cinema de nossos vizinhos, que se soma aos também ótimos "Hawaii", "Ronda Nocturna", "Un Año Sin Amor", "Ausente", "El Tercero" e "Ténsion Sexual".

GOTAS D'ÁGUA EM PEDRAS ESCALDANTES

(GOUTTES D'EAU SUR PIERRES BRÛLANTES)
Dir.: François Ozon
França - 2000

Filme de Ozon baseado em texto de Fassbinder que é verborrágico até dizer chega e um tanto chatinho.

Franz, de 20 anos, deixa a namorada e vai viver com Leopold, que tem mais que o dobro de sua idade.

Só que o sujeito é arrogante, grosso e o trata mais como uma empregada do que como um namorado, mantendo o sujeito à beira da submissão.

O filme é bem teatral, passado em um apartamento e com mais duas personagens: as ex de cada um dos protagonistas. E ainda tem um final meio sem graça.

DE LONGE TE OBSERVO

(DESDE ALLÁ)
Dir.: Lorenzo Viegas
Venezuela / México - 2015

Aclamado drama venezuelano, de onde também veio o interessante "Azul e Não Tão Rosa".

Armando (Alfredo Castro, de alguns filmes de Pablo Larrain) paga a garotos apenas para vê-los nus enquanto se masturba. Numa dessas ele se dá mal: leva Elder pra casa e acaba apanhando e sendo roubado pelo sujeito, que vive de subemprego e é o típico projeto de futuro marginal.

Ele acaba reencontrando o garoto e se envolvendo com ele, até um final surpreendente e inesperado.

DEEP WATER

(DEEP WATER)
Dir.: Shawn Seet
Austrália - 2016

Minissérie em 4 episódios sobre assassinatos de gays em praia australiana.

O assassino usa um aplicativo para marcar encontros e assassina os caras.

A trama começa com um assassinato isolado, mas uma policial obstinada, que teve o irmão morto provavelmente em ataque homofóbico no passado, decidir ir à luta e começa a revirar o passado, inclusive de gente famosa, o que, obviamente, vai colocar a vida dela e do filho em risco.

É interessante, e pode ser visto em família, sem maiores constrangimentos.

SCENES OF A GAY MARRIAGE

(SCENES OF A GAY MARRIAGE)
Dir.: Matt Riddlehoover
Eua - 2012

O casamento do título não é o do protagonista, mas um casal de outro apartamento cujo som chega ao apartamento de Darren, que não trabalha e ganha dinheiro mandando uma foto, uma vez por semana, de seu rosto barbado pra um sujeito que lhe paga por isso.

Ele então desenvolve uma obsessão pela suposta infidelidade do outro, enquanto o expectador vai morrendo de tédio.

Riddlehoover é o protagonista, produtor, diretor, responsável pela trilha e deve ter limpado também o cenário, já que o filme é praticamente de um homem só.

Na boa, é um filminho pra lá de pretensioso aonde o diretor parece querer demonstrar conhecimento cinematográfico fazendo inúmeras citações desimportantes de atores e filmes em seu verborrágico trabalho - pelo menos a trilha sonora é boa, com Vinicius de Moraes e Marcos Valle em versões em inglês.

Ah sim, ele fica em dúvida se pega ou não o gatíssimo zelador do condomínio aonde mora.

STEEL

(STEEL)
Dir.: Sven J. Matten
Canadá - 2015

Drama sem maiores atrativos que não sejam seu delicioso protagonista, um apresentador de programa de entrevistas que tem um surto depressivo ao vivo e se tranca em casa, evitando contato com qualquer pessoa e remoendo um daqueles fatos dramáticos do passado que o cinema adora usar como desculpa para os dramas do presente.

Numa de suas raras saídas, antes da crise, ele havia conhecido um garoto de 18 anos que se declara apaixonado por ele e, assim, os dois vão tentar superar a depressão do cara ao som de uma música instrumental melodramática que é onipresente e chata pra cacete.

CARÍCIAS

(CARÍCIES)
Dir.: Ventura Pons
Espanha - 1998

Drama em um formato curioso: a ação se dá entre duas personagens, e então uma delas interage com outra, em outra trama, e assim por diante, com cada personagem participando de um dos episódios com a personagem do episódio a seguir.

As subtramas gays são duas: um adolescente que resolve desabafar com um mendigo em um episódio e que divide a banheira com o pai, a quem aparentemente tenta seduzir, no episódio seguinte.

E depois um garoto que tem um caso com um cinquentão, sendo que um tem um relacionamento complicado com a mãe e o coroa com a filha.

Filme mediano, aonde o formato acaba sendo mais curioso que a trama.

NAMES BA-GESHEM

(NAMES BA-GESHEM)
Dir.: Doron Eran
Israel / Canadá - 2011

Bom drama israelense sobre um garoto que é posto para fora de casa depois que o pai descobre que ele gosta de se vestir de mulher.

Anos depois, quando o pai está em estado terminal devido a um câncer, a mãe contrata um detetive para descobrir o paradeiro do filho e descobre que ele virou travesti e que se apresenta em casas noturnas.

Mesmo resistente ao contato com os pais, ele secretamente aceita trabalhar como enfermeira do coroa, sem que eles saibam de sua nova identidade.

O nome do filme mesmo é "Names Ba-Geshem" mas é mais conhecido pelo nome em inglês, "Melting Away".

NOSSO PARAÍSO

(NOTRE PARADIS)
Dir.: Gaël Morel
França - 2011

Angelo é encontrado por Vassili em uma praça, aonde gays praticam pegação, espancado provavelmente por algum homofóbico; se afeiçoa ao cara e o leva pra casa, para cuidar dele.

Vassili é na verdade um michê em fim de carreira, visivelmente fora de forma para a função e que também é violento.

Os dois começam um relacionamento e Angelo, que é bem mais novo, não vai se incomodar de servir de isca para as vítimas do namorado.

Filme legal de um diretor associado aos filmes temáticos: "Le Clan" e "À Toute Vitesse", por exemplo. O ator que interpreta Vassili também já foi visto em filmes do gênero, como "Les Roseaux Salvages", "Presque Rien" além dois citados antes.

TEST

(TEST)
Dir.: Chris Mason Johnson
EUA - 2013

Filme bacananinha, passado em 1985, no início da epidemia de AIDS, quando não se tinha certeza sobre as formas de contágio (havia medo até de contaminação pelo suor).

Se passa em uma companhia de balé, aonde trabalham Frankie e Todd, ambos gays e às voltas com seus relacionamentos e o risco da AIDS, principalmente Frankie, que descobre que um ex está com a doença.

É um filme lento, sem grandes pretensões que não seja a de contar sua história simples.

RAG TAG

(RAG TAG)
Dir.: Adaora Nwandu
Inglaterra / Nigéria - 2006

Drama centrado em dois amigos de infância, Tag, descendente de nigerianos e Rag, que acaba afastado da mãe por determinação judicial e por isso vai morar em outra cidade, longe do amigo.

Anos depois os dois se reencontram e Rag está com um pé na marginalidade, que pode carregar também Tag, convidados à participar do tráfico internacional de drogas.

Os dois começam um namoro, que enfrenta a resistência da família do advogado mas mesmo assim eles decidem seguir com a relação.

Filme simples, de realização quase amadora e algumas atuações fracas, mas é bem intencionado em seus propósitos.

Dá pra assistir, desde que não se espere muita coisa.

A CONSEQÜÊNCIA

(DIE KONSEQUENZ)
Dir.: Wolfang Petersen
Alemanha - 1977

Drama sobre um ator que é preso por se envolver com um menor de idade e, na cadeia, se envolve com o filho do diretor do presídio.

Depois que Martin, o ator, é solto, os 2 tentam manter um relacionamento, mas é óbvio que a relação não é bem aceita pela sociedade, principalmente o pai do rapaz.

Filme importante na obra de Petersen, que depois foi dirigir bobagens em Hollywood.

DROWN

(DROWN)
Dir.: Dean Francis
Austrália - 2015

Leonard, ou Lenny ou Len é salva vidas em uma praia australiana e há 5 anos é eleito o melhor do pedaço, até perder o posto pra Phil, que depois ele descobre ser gay.

Inflado por uma mistura de inveja, frustração profissional e sexual, ele passa a perseguir o outro, junto de seu amigo Meat, um otário que segue todas as ordens de Len.

O que fica claro é que Len é tão gay quanto o outro, mas se sente frustrado por não admitir isso e parte para um ato idiota, sempre ajudado por Meat.

Filme razoável, de tema pesado e com três atores muito bonitinhos em cena, e que passam parte do tempo de sunga ou sem camisa.

O RIO

(HE LIU)
Dir.: Ming-liang Tsai
Twain - 1997

Drama sobre uma família aonde os três membros parecem apenas morar sob o mesmo teto: o filho tem um emprego vagabundo e vive às voltas com uma dor no pescoço, provavelmente fruto de seu trabalho; o pai frequenta saunas gays e a mãe tem um amante.

O que parece uní-los é a dor do filho, que é levado à tentar diferentes tratamentos, de médicos a curandeiros, enquanto travam pouquíssimos diálogos.

De certa forma, a falta de diálogo vai levar pai e filho a um encontro surpreendente.

NAKED AS WE CAME

(NAKED AS WE CAME)
Dir.: Richard LeMay
EUA - 2013

Casal de irmãos viaja para a casa da mãe, que detestam, para uma espécie de despedida-lavação de roupa suja, pois ela está morrendo de câncer.

Eles se surpreendem com a presença de um jardineiro-cozinheiro-escritor (!!!) que obviamente é muito gato e vai encantar a parte masculina do casal de irmãos.

Eles lavam a roupa, os dois moçoilos transam, a mãe morre, o segredo do jardineiro-cozinheiro-escritor vem à tona e o espectador morre de tédio com a falta de assunto e profundidade do dramalhão.
Mais um filme sobre escritor gay e que parece voltado prum público mais adolescente, atraídos pela beleza dos dois meninos. Ben Weaver, que interpreta o escritor é gatíssimo, diga-se de passagem, e por isso nem se percebe como ele é péssimo ator e dono de uma expressão, essa do poster (ele é o de trás).

THÉO ET HUGO DANS LE MÊME BATEAU

(THÉO ET HUGO DANS LE MÊME BATEAU)
Dir.: Olivier Ducastel / Jacques Martineau
França - 2016

Hugo e Théo se conhecem em um lugar sui generis: uma suruba, que é filmada por 20 minutos - bem filmada e embalada por boa música eletrônica, diga-se de passagem.

Depois de finalizarem os trabalhos, os dois trocam uma idéia, pois Théo se mostrou muito interessado pelo parceiro. Só que os dois transaram sem camisinha, um dos dois é soropositivo e o relacionamento que nem nasceu entra em crise.

Interessante, apesar das desnecessárias cenas de sexo, pois funciona pelo lado dramático e também por um certo tom documental quando os dois recorrem ao serviço de saúde francês para adquirirem remédios para barrar um possível contágio.

É maneiro, e sem as cenas de sexo seria um filme até interessante para se discutir em família sobre o sexo sem proteção e como um relacionamento pode até conviver com o vírus de forma saudável.

NANTING MASTE GA SONDER

(NANTING MASTE GA SONDER)
Dir.: Ester Martin Bergsmak
Suécia - 2014

Drama adolescente sobre um menino transgênero (interpretado por uma atriz trans) que se interessa por outro.

O outro parece ver a relação pelo lado da curiosidade, até chegar a hora da verdade.

Drama bacaninha, com direito a uma cena de sexo corajosa entre os atores principais.

ORGULHO E ESPERANÇA

(PRIDE)
Dir.: Matthew Warchus
Inglaterra / França - 2014

Durante à época de Margaret Tatcher os mineiros ingleses promoveram um longa greve contra as mudança impostas pela bruxa neo-liberal.

Os grupos gays da época decidiram ajudar coletando fundos para o movimento dos mineiros que à princípio se opuseram, mas depois foram fundamentais na conquista de direitos pelos homossexuais do país.

Ótimo filme, naquela linha de valorização da luta e da conquistas, tem uns momentos que parecem forçação de barra, como a visita das velhinhas à boate gay, mas é bem legal.

A ÚLTIMA VEZ QUE VI MACAU

(A ÚLTIMA VEZ QUE VI MACAU)
Dir.: João Pedro Rodrigues / João Rui Guerra da Mata
Portugal / França / Macau - 2012

Homem volta a Macau, cidade aonde nasceu e de onde estava longe a anos, para tentar ajudar um amigo, um travesti, que se meteu em alguma roubada na cidade e corre risco de vida.

Filme estranho aonde não se vêem os protagonistas (aparece um travesti que se supõe ser o amigo em questão).

Ele anda pela cidade atrás do amigo enquanto registra observações sobre esta e relembra lugares em que conviveu quando criança até descobrir que sua vida também corre risco.

Não dá pra entender muita coisa, mas vale o registro visual de uma cidade misteriosa e fascinante com seus inúmeros letreiros de néon e a mistura cultural, presente nas placas bilíngues nas ruas, no caso em línguas completamente diferentes.
Os sites relacionados ao cinema voltado ao público gay citam esse aqui talvez mais pela presença de um travesti como protagonista, digamos. oculto, embora não fique claro a opção do outro protagonista.
Não é filme para todo público.

EU MATEI MINHA MÃE

(J'AI TUÉ MA MÈRE)
Dir.: Xavier Dolan
Canadá - 2009

Filme autobiográfico do chatinho (e queridinho da mídia) Xavier Dolan, que mostra seu relacionamento com a mãe, que era constantemente humilhada por ele.

O sujeito é até bom diretor, mas suas interpretações tem sempre um ar de arrogância que vendo o filme a gente entende que se trata da própria personalidade egocêntrica do cara.

EU ACEITO

(I DO)
Dir.: Glenn Gaylord
EUA - 2012

Imigrante inglês vivendo há anos em Nova Iorque, Jack descobre que pode perder o visto por causa de uma mudança na legislação.

Ele propõe a cunhada, viúva de seu irmão, casar para ter o visto, mas acabando se casando com uma amiga lésbica.

Só que ele conhece um imigrante espanhol e o casamento de fachada entra em crise, enquanto o espectador entra em profundo estado de tédio.

DOUSHITEMO FURETAKUNAI

(DOUSHITEMO FURETAKUNAI)
Dir.: Chihiro Amano
Japão - 2014

Shima entra no elevador em seu primeiro dia de trabalho e se incomoda logo de cara com um sujeito fedorento que depois vai descobrir ser seu chefe, Togawa.

Passado o estranhamento inicial, os dois começam a se aproximar, principalmente devido a personalidade muito mais extrovertida de Togawa, em que pese seu passado tristíssimo.

Quando os dois parecem ter se acertado, talvez eles tenham que se separar.

É meio dramalhão, e é até difícil entender como alguém se interessaria por outro que sente nojo de cheiro de cigarro, cerveja e carne queimada, e acha que não pode se relacionar com outro homem porque não pode ter filhos...

Mas é até sincero e também baseado em um mangá.

TOQUE CELESTIAL

(HEAVENLY TOUCH)
Dir.: Joel Lamagan
Filipinas - 2009

Jonard está desempregado, mora com a irmã e a mãe, deprimida depois de ser abandonada pelo marido e perder o emprego.

Ele reencontra Rodel, um amigo com quem perdera contato, e que ao saber da situação do outro o convida pra trabalhar em uma sauna fazendo massagem em gays, com direito a um algo mais, caso os clientes desejem.

Jonard acaba se dando bem, e é ajudado por Rodel à pagar as contas da família.

Acontece que o lugar é mantido por um sujeito que os trata praticamente como escravos, além de promover tráfico de drogas no local, o que acaba sendo um problema pros dois quando eles precisam de mais dinheiro para evitar a perda da casa da família de Jonard.

Drama filipino legalzinho sobre prostituição, que tem um pézinho no dramalhão, mas passa bem por isso.

G: LOST IN FRANKFURT

(G: LOST IN FRANKFURT)
Dir.: George Dare
Alemanha - 2015

Kristof polonês recém chegado à cidade que dá nome ao filme e vai trabalhar numa loja de roupas voltada ao público gay.

Logo no primeiro dia ele conhece Damiano, gatíssimo, que o leva pra a noite, seguida de uma sessão de sexo embalada pela droga "G" também no nome do filme.

No dia seguinte a noite se repete, e termina com sexo à 3 e na noite seguinte um grupal.

Nesse meio tempo, o elenco bate um papo aonde cada um fala de sua descoberta sexual e a relação com a família (como os atores usam o próprio nome, fica a impressão de falarem de si mesmos).

Na verdade, é uma chanchada com muita cena de sexo filmadas sempre da mesma maneira, com um filtro vermelho alaranjado e um recurso que diminui a tela.

O diretor também atua, compôs a horrorosa música eletrônica que embala as cenas de sexo, produziu e escreveu isso aqui.

EBAN AND CHARLEY

(EBAN AND CHARLEY)
Dir.: James Bolton
EUA / Inglaterra - 2000

Charley, 29 anos, dá uma cantada em Eban e esse aceita, começando um namoro. Só que Eban tem 15, e Charley já tem um histórico de acusação por assédio a menores.

Quando as famílias de ambos descobrem, os pais dos 2 os ameaçam para darem fim a relação, cada uma, obviamente, por motivos diferentes.

É um pouco lento no começo, tem jeito de filme amador, mas mostra uma outra faceta da pedofilia: um cara aparentemente do bem, que foge ao estereótipo geralmente apresentado, do abuso à força e com o menor sendo deixado para trás depois que o maior consegue o que quer.

Filme interessante, que poderia ser melhor desenvolvido.

APARTAMENTO ZERO

(APARTMENT ZERO)
Dir.: Martin Donovan
Inglaterra / Argentina - 1998

Em Buenos Aires, aonde parece que todo mundo fala inglês, o cinéfilo Adrian LeDuc (Colin Firth, novinho) mantém um cinema de arte à beira da falência, e que ele recusa a franquear à outras atividades de modo que pudesse faturar algum, até para ajudar a mãe, que está internada.

A alternativa é alugar um quarto do apartamento aonde vive, o que ele faz a contragosto para Jack, de temperamento totalmente oposto ao seu.

Enquanto o cinéfilo é introvertido e evita a todo custo os vizinhos, Jack é oposto e desperta o desejo de de Adrian.

Paralelamente, Buenos Aires é assolada por um serial killer que mata homens jovens, sendo o suspeito um dos possíveis mercenários contratados pelo governo da ditadura para ajudar na caça aos grupos adversários do poder de então.

Filme tenso, de estranha sensualidade nem não mostrar um beijo sequer, apenas a tensão sexual entre os protagonistas.

ONTHAKAN

(ONTHAKAN)
Dir.: Anucha Boonyawatana
Tailândia - 2015

Drama tailandês sobre dois meninos, Tam e Phum, que se encontram, depois de se conhecerem pela internet, em um clube abandonado com fama de assombrado.

Phum já abandonou a família e vive por conta própria, trabalhando em uma oficina, enquanto o outro sofre bullying na escola e é reprimido pela família, principalmente irmão e pai, com quem tem uma relação tensa.

Os dois então traçam um plano pra ficarem juntos.

Filme interessante, de poucos diálogos e fotografia bacana, mas que também não tem nada de excepcional.

NOS TONS DE CINZA

(EN LA GAMA DE LOS GRISES)
Dir.: Claudio Marcone
Chile - 2015

Bruno acabou de se separar da mulher, com quem tem um filho pequeno e conhece Fernando, apresentado à ele para ajudá-lo num trabalho, que consiste em construir um monumento em Santiago.

Fernando é assumidamente gay e quando encontra Bruno numa boite gay, que lhe conta uma história que parece meio mal explicada.

Só que Fernando se interessa pelo parceiro, que inicialmente o rejeita, mas depois acaba cedendo e os dois começam um relacionamento que parece tranquilo, até ficar claro que Fernando não quer algo às escondidas.

Tem uma cena de sexo que é das melhores do cinema gay, mas tem uma trama meio corriqueira, que parece deixar certas pontas soltas e um final que parece mostrar que não vale a pena lutar por quem se ama se isso for dar dor de cabeça. Mas vale como passatempo.

O título faz referência ao fato de que Fernando é 100% gay, enquanto o outro vê a relação com outro homem como apenas mais uma opção amorosa.

TENSÃO SEXUAL, VOLUME 1 - VOLÁTIL

(TENSIÓN SEXUAL, VOLUMEN 1 - VOLÁTIL)
Dir.: Marco Berger / Marcelo Mónaco
Argentina / EUA / França - 2012

Filminho safado que só, sem grandes pretensões, mas que mostra como o cinema argentino está muito a frente do nosso.

São 5 histórias independentes que tocam em situações que em algum momento já vivenciamos: um carinha se interessa por outro, fantasia, mas é completamente ignorado pelo objeto de sua paixão; outro descobre que se fosse um pouco mais corajoso teria conseguido o que queria; namorado deixa a namorada colhendo tomates e vai tomar banho com um saradão; sem falar no que descobre que o pinto do amigo cresceu além da conta, e por aí vai.

O filme não pretende mexer com nenhuma emoção do expectador, mas sim com sua libido, já que é carregado de cenas homoeróticas e cenas deliciosas, sem que em nenhum momento seja grosseiro ou apele pra cenas desnecessárias (não rola um beijo sequer). A rigor, é quase uma pornochanchada.

Destaque para Santiago Caamaño, do episódio dos tomates, que é delicioso.

Berger é diretor de filmes mais sérios, como "Hawaii" e "Ausente", o outro era diretor de filmes pornôs.

ÉLÈVE LIBRE

(ÉLÈVE LIBRE)
Dir.: Joachim Lafosse
Bélgica / França - 2008

Drama belga sobre manipulação.

Jonas enfrenta problemas na escola, enquanto tenta conciliar essa com uma carreira que se promete promissora no tênis.

Sem muito contato com o pai, que não tem como lhe pagar uma escola e vivendo com a mãe, ele é deixado por essa aos cuidados de um amigo que vai lhe dar aulas de matemática, enquanto ela está viajando.

Jonas também está iniciando sua vida sexual com a namorada e se torna objeto do interesse de Pierre, o amigo da mãe, que começa dando "conselhos" sobre seu namoro, que depois se mostra uma forma sutil de controlar a mente de Jonas.

À Pierre, se juntam o casal Nathalie e Didier ( o deliciosíssimo Yannick Renier, de "Plein Sud") no jogo de sedução de Jonas.

Talvez seja um pouco arrastado, mas é bem interessante, embora seja mais sobre a manipulação em si do que sobre homossexualismo.

QUATRO LUAS

CUATRO LUNAS
Dir.: Sergio Tovar Velarde
México - 2014

Filme mexicano bacaninha, sobre o amor entre 4 casais gays de diferentes faixas etárias: um pré adolescente cuja sexualidade começa a despertar e é motivo de incômodo para seu pai, principalmente quando ele faz aquele velho jogo do "mostra o seu que eu mostro o meu" com um amiguinho e tenta pegar no do garoto;

Um professor universitário na faixa dos 60, casado, mas que frequenta saunas e se interessa por um michê;

Dois amigos de infância na faixa dos vinte anos, que se reencontram e começa a pintar um romance, o que incomoda um deles que se recusa a sair do armário;

E o casal junto há dez anos e às voltas com a traição de um deles, que quer largar a relação.

O filme é delicado, bem dirigido e interpretado, e tem uma cena ótima passada em uma orgia quando o lindíssimo Antonio Velázques, que interpreta o traidor da relação que desmorona, aparece pelado.

THE FALLS: TESTAMENT OF LOVE

(THE FALLS: TESTAMENT OF LOVE)
Dir.: Jon Garcia
EUA - 2013

Continuação de "The Falls", passada 5 anos após esse.

Chris está casado, mas não foi esquecido por RJ, que agora tem uma namorado e abandonou a pregação, mas não a religião.

É bem intencionado, mas longo demais e não acrescenta muita coisa ao que foi visto no anterior, talvez só mesmo a nudez de Chris...

EXÉRCITO DA SALVAÇÃO

(L'ARMÉE DU SALUT)
Dir.: Abdellah Taia
França / Suíça / Marrocos - 2015

Filme chatinho sobre um escritor marroquino radicado na Suíça.

A primeira parte narra sua adolescência em Casablanca, o sexo com desconhecidos às escondidas e a relação familiar, que incluí infinita quantidade de irmãos e irmãs.

Dez anos depois, ele está radicado em Genebra, através de um intercâmbio, aonde é acusado por um ex de tê-lo usado para conseguir benefícios.

Chato até dizer chega, é autobiográfico e sobre mais um escritor. O título faz referência a necessidade do cara de conseguir pelo menos um lugar pra ficar, já que ele chega completamente sem dinheiro em Genebra.

MONSTER PIES

(MONSTER PIES)
Dir.: Lee Galea
Austrália - 2013

Filme australianos delicado e bonitinho sobre Mike, que trabalha em uma videolocadora, tem como única amiga Jenine e sofre bullying dos colegas de escola. Quando a turma recebe um novo membro, o gatíssimo William (Lucas Linehan, que parece um Sam Worthington mais novo), Mike se sente mexido e acaba sendo correspondido pelo menino. Só que esse vem de uma família complicada, e Mike também carrega seus dramas passados, e o desenrolar dos fatos acaba se encaminhando para um final não muito feliz.

Boa pedida, que não descamba pro dramalhão que se poderia esperar.

O SAMURAI

(DER SAMURAI)
Dir.: Till Kleinert
Alemanha - 2014

Policial de uma cidade pequena se vê as voltas com um sujeito misterioso, de saia e katana na mão, que sai matando a torto e a direito.

Parece um filme de terror, do tipo slasher, mas tem uma leitura gay na obsessão do policial pelo outro (o samurai seria uma espécie de alterego, incomodado com a vida modorrenta do policial).

O final é bizarro, com direito a ereção e fumaça cor de rosa.

Não é filme para o grande público, definitivamente.

THE FALLS

(THE FALLS)
Dir.: Jon Garcia
EUA - 2012

Garotão mórmon deixa a família para pregar sua religião - todo mundo sabe quem é mórmon, né? Aquela galera de camisa branca e gravatinha preta - mas fica claro que o sujeito não tem talento para a pregação, ao contrário do colega com quem divide um apartamento.

Mas, por uma dessas coincidências da vida, os dois são gays e foram colocados debaixo do mesmo teto e não vai demorar para os hormônios entrarem em ebulição e eles trocarem a Bíblia por alguma coisa mais excitante.

É até interessante por mostrar como funciona a máquina mórmon, seus preceitos, hierarquia, etc, ainda que de forma aparentemente simplificada.

Mas não passa de mais um filminho bem intencionado aonde falta um pouco mais de densidade, mas é melhor do que "Latter Days", por exemplo, que trata da relação de um mórmon com um não-mórmon meio pão com ovo.

Teve uma continuação, que segue a mesma linha meio água com açucar desse.

BORSTAL BOY

(BORSTAL BOY)
Dir.: Peter Sheridan
Inglaterra / Iralanda - 2000

Adolescente é preso transportando dinamite para o IRA e mandado para um reformatório, na década de 40, durante a 2ª Guerra.

Lá ele faz amizade com outros, em especial Charlie (Danny Dyer, sempre gatinho) que é apontado como homossexual.

Filme sobre a adolescência de um escritor de sucesso, é mais um daqueles filmes aonde a homossexualidade não é foco principal, e parece mais como curiosidade de adolescentes se descobrindo (segundo a Wikipédia, o cara nem era gay).

É aquilo: pra quem curte cinebiografias...

FERIADO

(FERIADO)
Dir.: Diego Araujo
Equador / Argentina - 2014

Adolescente, filho da elite branca equatoriana - ele é parente de um banqueiro que faliu e deixou os correntistas sem dinheiro - presencia uma daquelas cenas típicas de países aonde alguns se acham superiores às classes mais baixas e imunes a lei.

Pra não ser atacado por engano, ele foge com um descendente de índios, de classe baixa e que trabalha em uma oficina mecânica, com quem faz amizade e conhece um novo mundo, habitado pela classe média baixa de Quito.

Filme delicado, que retrata as injustiças da sociedade equatoriana e o despertar de um adolescente frágil e um tanto superprotegido pela família.

CHUN FENG CHEN ZUI DE YE

(CHUN FENG CHEN ZUI DE YE)
Dir.: Ye Lou
China / França - 2009

Drama chinês (lembrando que recentemente a China proibiu e excluiu da internet uma webserie gay devido ao seu conteúdo) envolvendo duas tramas que se cruzam, embora independentes e que tratam de triângulos amorosos: detetive gay é contratado por uma mulher que desconfia ser traída pelo marido.

Quando ela descobre que o marido tem um caso com outro homem, ela arma um escândalo, enquanto o detetive tem que lidar com os problemas de seu relacionamento, já que seu parceiro está envolvido com uma mulher.

BRIDEGROOM

(BRIDEGROOM)
Dir.: Linda Bloodworth-Thomason
EUA - 2013

Documentário baseado em fatos reais: 2 rapazes, Shane e Tom, que se conhecem e vão viver juntos, com o apoio da família de um e o contra da família do outro, no caso Tom.

Quando Tom morre, a família dele decide excluir seu parceiro do funeral e da vida o rapaz, como se esse nunca tivesse existido.

É bacaninha por mostrar a importância de se firmar algum tipo de acordo visando defender os interesses de ambos, no caso de uma separação ou do falecimento de uma das partes, o que é o caso aqui.

O problema é que tudo é melodramático demais, parecendo mais feito para mexer com a emoção do espectador do que alertar para um tema ainda motivo de polêmica. Mas ainda assim, vale pela intenção do alerta.

BEIRA-MAR

(BEIRA-MAR)
Dir.: Filipe Matzembacher / Marcio Reolon
Brasil - 2015

Primeiro longa da dupla, o filme segue dois meninos na faixa dos 20 anos que viajam para a casa de praia da família de um deles para resolver algum problema não especificado.

Lá pelo fim a gente fica sabendo que um deles é gay, o outro não, mas nem precisa dizer o que vai acontecer, né?

É um pouco arrastado e perde muito tempo com coisas que não levam a lugar nenhum, mas é um filme delicado, feito com poucos recursos, aonde parece que só faltou uma melhor elaboração de roteiro, ou que fosse apresentado como média metragem.

IRMÃOS

(SON FRERÉ)
França - 2003
Dir.: Patrice Chéreau

Mais um drama envolvendo personagens gays, mas que não necessariamente tratam sobre o assunto.

Thomas descobre sofrer de uma doença incurável e rara no sangue, que pode causar sua morte por hemorragia. Ele procura o irmão, Luc, de quem não é próximo por esse ser homossexual e por causa de um acontecimento do passado.

É o irmão quem vai dar forças a um homem debilitado, solitário, e que parece perder a vontade de viver a cada dia que passa.

O filme acompanha, de forma quase documental, os exames a que Thomas se submete, sem que a câmera vire para o lado nos momentos de nudez ou exposição do protagonista.

Um filme cru, direto, nem um pouco piegas, mas extremamente incômodo e muito delicado no trato das relações que expõe.

O ator que interpreta Luc é uma graça, com seu ar de bom moço e que parece viver à sombra de outros,

O FANTASMA

(O FANTASMA)
Dir.: João Pedro Rodrigues
Portugal - 2000

Filme esquisito sobre Sérgio, um lixeiro, que tem uma namorada, mas que faz sexo anônimo com homens, além de ter obsessão com couro, sadomasoquismo e por um garotão que ele conhece casualmente.

Esse então se torna sua grande obsessão, com direito a invasão de residência, perseguição e ameaças veladas.

João Pedro se saiu melhor em "Morrer Como Um Homem", e aqui parece mais interessado em chocar com as cenas de sexo do que em contar uma história de fato.

HUNTING SEASON

(HUNTING SEASON)
Dir.: Jon Marcus
EUA - 2012

Série em 8 episódios curtinhos - cada um tem em média 10 minutos.

É mais um "Sex & The City" gay, a exemplo de "Looking", sendo que o protagonista principal é um blogueiro, como a protagonista de "Sex...".

A diferença é que a outra foca mais nos relacionamentos, e tentativas, dos protagonistas; aqui a galera tá mais interessada em pegação mesmo, então tome cenas de sexo (bem legais, por sinal), além visitas a saunas e naked parties.

A série é bacana e é impossível não se identificar com algum dos protagonistas em algum momento.

A segunda, e última temporada, se dedica a amarrar as pontas e os destinos dos protagonistas.

O TERCEIRO

(EL TERCERO)
Dir.: Rodrigo Guerrero
Argentina - 2014

Fede conhece um casal mais velho pela internet e é convidado para um jantar na casa dos caras, com direito ao óbvio "algo mais" depois.

Filme simples, com três atores em cena e longos planos sem cortes, aonde o trio meio que se apresenta, com direito a falar sobre família, relacionamento (os 2 estão casados há 8 anos), brincadeiras pueris etc, antes de partir para os finalmentes.

A cena de sexo é tão natural e bem encenada, apesar de nada mostrar da cintura pra baixo, que a gente chega a ficar em dúvida se não rolou nada mesmo.

É bem típico do cinema argentino, com bons atores, uma certa verborragia e a ação se reservando pro final.

Vale e vista e fica aquela sensação de que falta algo do tipo no nosso cinema.

LILIES - LES FELUETTES

(LILIES - LES FELUETTES)
Dir.: John Greyson
Canadá - 1996

Padre vai à um presídio ouvir a confissão de um detento e então o filme mergulha no passado que os une, quando tiveram um caso homossexual sendo que um era rico e o outro, pobre.

Como o filme se passa em um presídio, e os presos acompanham a história, esses também participam da trama, interpretando personagens do passado de padre e preso, inclusive as mulheres.

Filme legal, e bem incomum em sua estrutura narrativa.

KAVAFIS

(KAVAFIS)
Dir: Yannis Smaragdis
Grécia - 1996

Biografia de um famoso poeta grego, que se tornou conhecido meio tardiamente, pelo que se percebe.

O filme começa com Kavafis numa cama de hospital, enquanto sua história pessoal é contada em flash back.

O roteiro não segue bem uma trama dramática: são recitados poemas, tem uns devaneios, e algumas passagens da vida do sujeito, que obviamente vive sua homossexualidade às escondidas, como era praxe no século XIX e início do XX.

A wikipédia parece esclarecer mais sobre ele do que o filme.

OS RAPAZES DA BANDA

(THE BOYS IN THE BAND)
Dir.: William Fridkin
EUA - 1970

Grupo de amigo se reúne na casa de Michael para a festa de aniversário de um deles, Harold, afetado até a alma, e, por acaso, recebem a visita do amigo hetero do dono da casa, que não sabe da homossexualidade do amigo.

A coisa não começa bem, com direito a agressividade de ambos os lados. Depois de certa calmaria, a tensão volta com direito a lavação de roupa suja.

É baseado em uma peça de teatro, o que explica se passar quase em único cenário. Parece datado também, principalmente por se passar antes da AIDS. Talvez soe algo acima do tom, com temas que pareçam ultrapassados, embora outros estejam até hoje presentes na vida dos gays.

O VAPOR DA VIDA

MIESTEN VUORO
Dir.: Jonas Berghäll & Mika Hotakainen
Finlândia / Suécia - 2010

Documentário sobre a relação entre os finlandeses e a sauna.

A impressão é a de um povo realmente obcecado com sauna, pois elas são construídas ou improvisadas em qualquer lugar, como traillers, carros e até cabines telefônicas.

O lugar funciona como um divã, aonde os homens desabafam e falam sobre solidão, amores perdidos, filhos abandonados, trabalho, etc.

Não é um filme gay, longe disso, mas não deixa de ser homoerótico ver caras nus e suados desabafando para uma câmera que parece não se importar com a nudez.

O ANIVERSÁRIO DE DAVID

(IL COMPLEANNO)
Dir.: Marco Filiberti
Itália - 2009

Dois casais se reúnem para as férias na praia, se o filho de um deles, David, que é modelo de cuecas, se junta ao grupo mais tarde.

De cara o rapaz desperta o interesse de Matteo (o bonitão Massimo Poggio) que faz tudo para se aproximar do rapaz, que vive rodeado de garotas encantadas com sua beleza e profissão, e que parece inalcançável para o outro.

Mas talvez David não esteja tão longe assim de Matteo.

Filme bacana, sobre tesão e frustração sexual. A nudez de Massimo no fim do filme é deliciosa, apesar, e talvez por, o ator não ser nenhum saradão nos moldes dos filmes americanos.