domingo, 9 de fevereiro de 2020

O DIREITO DO MAIS FORTE

(FAUSTRECHT DER FREIHEIT)
Dir.: Rainer Weber Fassbinder
Alemanha  - 1975


Franz, vulgo Fox, vive num circo xexelento com o namorado que é preso por fraude.
Sozinho, ele vive da esperança de ganhar na loteria, o que um dia acontece.
Com uma bolada na mão, e uma língua meio solta, ele desperta o interesse de Eugen, um sujeito pedante e arrogante de uma classe bem superior: o pai é empresário a beira da falência.
Os dois começam a namorar, nunca ficando muito claro aonde termina o interesse de Eugen no sujeito ou em seu prêmio, que é uma ótima oportunidade de salvar a empresa do pai.
Drama estrelado por Fassbinder que cria um mundo que aparenta ser meio irreal: parece só haver gays em cena, a exceção da irmã de Fox, e a opção de Eugen é plenamente aceita pela família, mesmo sendo o ano de 1975.
Talvez aparente ser um tanto ingênuo aos olhos de hoje.
O personagem de Fassbinder às vezes se mostra meio contraditório - um sujeito criado em um circo, que não se sabe como trava contato com pessoas de outra classe social e se insere no meio dessas - mas que em dados momentos parece mais esperto do que demonstra, como numa conversa de negócios com a família do namorado.
Mas vale pelo retrato da época.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

HAPPY ENDINGS SLEEPOVER

(HAPPY ENDINGS SLEEPOVER)
Dir.: Davey Porter
EUA - 2019


Johnnie Allen é recrutado pra trabalhar pra CIA e enviado para a Dinamarca.
Ele é gay, coisa que é ignorada pela família ultrareligiosa e a missão na Dinamarca é uma ótima oportunidade de viver a vida sem a pressão familiar.
Ao chegar ele faz amizade com um grupo de idade próxima a sua, que inclui Sander Lars Hansen, um sujeito meio bobalhão - parece mais que falta um parafuso - por quem ele se encanta e que acaba levando junto em sua primeira missão.
Filme fraquinho - é aquela história das boas intenções - aonde a parte dramática até desperta algum interesse, mas derrapa feio na parte da "espionagem": as sequências envolvendo um espião russo são risíveis, pra não dizer ridículas em sua indigência dramática. Em dado momento, um sujeito inexperiente e uma mulher que surgiram sabe-se lá de onde tem que prender um cara desarmado numa situação que não se entende como chegaram ali. É como se houvesse um corte pra encurtar a história (podiam ter usado a narrativa, que permeia o filme) e que é concluída de supetão pra retornar ao romance dos meninos.
Só pra passar o tempo mesmo.