domingo, 17 de outubro de 2021

COMPLETE STRANGERS


(COMPLETE STRANGERS)

Dir.: Pau Masó

Espanha - 2020

Robert é alcoólatra e se encontra em recuperação, inclusive, da amnésia, e ainda tenta afastar o ex, que vive a procurá-lo.

Ele conhece e se encanta por um sujeito bonitão, com ares de misterioso e que logo na primeira vez o expulsa de casa praticamente aos pontapés. Não satisfeito, ele ainda assim decide passar um fim de semana prolongado com o sujeito em uma cabana abandonada.

Até aí, seria só um filme ruim, mas... A bagaça é estrelada pelo diretor de nome curioso, que deve se achar, porque se deu o papel de protagonista, mesmo sendo mau ator e feio: ele é disputado pelo bonitão desconhecido e pelo ex lindíssimo, que espera retomar a relação.

As cenas em que seu personagem é esculachado pelo bonitão misterioso chegam a ser constrangedoras em todos os sentidos: por serem mal realizadas e pela atuação, e por alguém aceitar ser humilhado por um desconhecido em troca de sexo (que aliás, é bem econômico pra um filme que ainda tem como pano de fundo a pornografia).

A coisa é espanhola, rodada na Hungria e falada em inglês, mas em nenhum momento se explica do que vivem, porque moram na Hungria, e porque falam em inglês. A nota do IMDB, 4,4, deve estar errada. O correto seria 0,44.

domingo, 10 de outubro de 2021

EU TE LEVO COMIGO

(I CARRY YOU WITH ME)

Dir.: Heidi Ewing

México / EUA - 2020

Iván é mexicano e tem um filho, além de um namorado de quem a família não sabe da existência.

Seu sonho é ser chef de cozinha, mas quando a família descobre sobre sua sexualidade ele decide atravessar a fronteira, e tentar a sorte nos EUA.

Filme sensível, que é mais sobre a dura vida dos migrantes ilegais do que sobre sexualidade em si.

domingo, 3 de outubro de 2021

ENTROPIC


(ENTROPIC)

Dir.: Robert W. Gray

Canadá - 2019

Visto como lindo e aparentemente objeto do desejo de todos a sua volta, sujeito se cansa de ser visto como um reles objeto, e se propõe a se tornar exatamente isso.

Ele convence um amigo a dopá-lo, e assim ele ficará a mercê dos desejos de pessoas que conhece, que podem desfrutar de seu corpo como quiser, desde que não o firam.

A ideia é discutir o corpo como forma de expressão, e de como exaltação à beleza é vazia.

Só que parece faltar alguma coisa. Em dado momento, o assistente do bonitão comenta que os desejos das pessoas são chatos. E são mesmo: nesse ponto o filme acerta, pois as pessoas parecem ver o sujeito como algo bonito, que está ali apenas para satisfazer algum desejo seu, e não como alguém com quem teriam interesse em interagir no mundo real.

Fica a impressão que talvez tenha faltado ousadia, ou um maior aprofundamento filosófico ao filme, e também discutir: será que tomo mundo repara mesmo no sujeito? Afinal, a beleza está nos olhos de quem vê.

Mas é curioso e vale ser visto fora do nicho gay masculino, ao qual foi fortemente vinculado, pois o tema vai além disso.