MEU AMIGO RACHID

(MON COMPAIN RACHID)
Dir.: Philippe Barassat
Fança - 1998

Garotinho de 9 anos se encanta com o pênis de um amigo bem mais velho. Esse passa a se aproveitar da situação cobrando para exibir o membro para o amiguinho ingênuo.

Talvez choque os mais conservadores, mas é um retrato interessante de uma fase da infância aonde a ingenuidade ainda não deu lugar a maldade, pois Eric, o garotinho, tem interesse no pinto do amigo sem cunho sexual, o que se pode constatar em sua fase adulta, por não ser determinante para sua sexualidade.

MADONA & ELVIS

(ELVIS & MADONA)
Dir.: Marcelo Laffitte
Brasil - 2010

Lésbica masculinizada que entrega pizzas mas sonha ser fotógrafa, conhece um travesti que acabou de ter todo o dinheiro que economizou para um montar um show roubado pelo ex.

Os dois inicial uma amizade que descamba para a formação de um inusitado casal.

Vai bem até a metade, principalmente pela interpretação de Igor Cotrim (no papel de sua vida) e depois da formação do casal descamba para o drama simples, com as agruras de um casal como conhecer a família, descolar grana, essas coisas.

Vale pela intenção, a boa realização e o trabalho dos atores.

BURNING BLUE

(BURNING BLUE)
Dir.: D. M. W. Greer
EUA - 2013

Filminho sobre pilotos da marinha americana que, obviamente, escondem suas opções sexuais.

Um deles é Daniel, que forma com William e Charlie um trio inseparável, até entrar em cena Matthew, de quem Daniel se aproxima depois de uma noite em uma boite mais moderninha.

Como estamos na era pré-Bill Clinton (não pergunte, não responda) a relação ganha destaque quando acontece um acidente e é designado um investigador pra descobrir o que aconteceu.

Filme longo, arrastado, que segundo o IMDB é baseado em fatos reais.

Vale pela intenção e só.

NOSSO GRANDE DESESPERO

(BIZIM BÜYÜK ÇARESIZLIGIMIZ)
Dir.: Seyfi Teoman
Turquia / Alemanha / Holanda - 2011

Drama esquisito, sobre dois solteirões na faixa dos 30 anos que resolvem abrigar uma amiga que perdeu os pais em um acidente e se encontra em depressão.

Não fica claro não haver sexo entre eles, talvez por preferirem manter sua relação apenas platonicamente, talvez por opção do diretor, deixando que o espectador decida sobre o que vê.

O fato, pelas conversas e posturas de ambos em cena, é que há um profundo sentimento de carinho e bem querer entre eles, e que ambos se incomodam com a presença da personagem do sexo feminino.

Pra confundir ainda mais, os diálogos deixam claro que ambos sentem atração por mulheres, mas uma cena em especial merece atenção: enquanto ouvem uma música, ambos se olham de forma cúmplice e claramente apaixonada.

Filme para poucos gostos 

DRAMA

(DRAMA)
Dir.: Matias Lira
Chile / Argentina - 2010

O recente prestígio do cinema chileno ainda não se refletiu entre os filmes temáticos ("Des/Esperando" é fraco e "Mi Último Round" é apenas mediano), ao contrário do cinema argentino, repleto de bons exemplos no gênero.

Esse aqui, embora não seja exatamente um filme gay, em determinados pontos toca no assunto: 2 garotos (um de comportamento dúbio e outro claramente afim desse) e uma garota integram um grupo teatral e vivem uma espécie de triângulo amoroso que se desfaz em prol do foco no comportamento incoerente e amalucado de cada um.

A trama é confusa, arrastada e ainda descamba pro dramalhão mexicano no fim.

Muito, mas muito chato mesmo.

A quem interessar, o loirinho meio é gatinho e aparece em nu frontal.

NOORDZEE, TEXAS

(NOORDZEE, TEXAS)
Dir.: Bavo Defurne
Bélgica - 2011

Belo drama belga sobre Pim, que desde cedo demonstrou interesse pelos meninos, no caso, seu vizinho, Gino. Pra complicar as coisas, sua mãe não parece se importar com isso, assim como parece mais preocupada com seus namorados, o que faz com que o garoto receba mais atenção da mãe de Gino.

O tempo passa, e os 2, Pim com 15 e Gino com 18, mantém uma relação às escondidas, embora cada um veja o relacionamento de forma diferente.

SOZINHO

(SOLO)
Dir.: Marcelo Briem Stamm
Argentina - 2013

Dois gatinhos se conhecem na internet, e vão para a casa de um deles, de condição social bem superior à do outro.

As atitudes do "invasor" colocam em dúvida suas intenções, principalmente quando o outro expõe suas fragilidades, falando de seu relacionamento recém terminado.

O filme tem uma reviravolta no fim, garantindo a surpresa da trama.

É uma produção simples, praticamente com 2 atores principais e 3 coadjuvantes. Talvez falte um pouco de técnica e esmero, mas é um filme interessante sobre lobos em pele de cordeiro.

INTERIOR. LEATHER BAR.

INTERIOR. LEATHER BAR.
Dir.: James Franco / Travis Mathews
EUA - 2013

Em 1980 o filme "Parceiros Da Noite" ("Cruising"), dirigido por William Friedkin causou polêmica por mostrar Al Pacino como um policial agindo disfarçado entre a comunidade gay de Nova Iorque para tentar prender um assassino de gays.

Friedkin foi acusado de homofobia, e até ameaçado de morte. Além disso, o filme teria tido 40 minutos de suas filmagens cortadas para escapar da censura.

Qual a idéia de James Franco e seu parceiro, então? Recriar os tais 40 minutos cortados.

O filme começa com uma troca de idéias entre Franco, Mathews e Val Lauren, o péssimo ator que "interpretará" Al Pacino, sobre como será o projeto, e depois a seleção de atores. Os atores também discutem se um ator que trabalha para a Disney apareceria em cenas de sexo. Aí se percebe que há algo errado, mas não dá pra sacar o que.

Corta para os preparativos da filmagem, com marcação de atores, etc e a filmagem em si: um vídeo clip com cenas de sexo gay pretensamente filmadas com bom gosto e elegância, aonde Lauren deveria demonstrar desconforto, mas o que se vê é só um ator de olhos arregalados, parecendo mais demonstrar medo, em um filme de terror barato.

Corta para nova discussão entre Franco e Lauren que acha desnecessárias as cenas explícitas, no que o outro retruca dizendo ser moralismo, e que o sexo explícito pode sim, fazer parte da estória a ser contada. Aí se descobre o que está errado: não é uma recriação de nada, mas uma viagem ao ego do atorzinho, que é favorável a pornografia, mas não aparece nem como figurante, usando uma singela roupa de couro em sua obra.

A explicação, torta e mal concluída é dada por Lauren, em um suposto diálogo com a namorada por telefone, logo depois, mas nada se compreende do que ele quis dizer.

Seguem novas cenas de sexo e pronto.

Fica a sensação de 60 minutos desperdiçados, de um filminho vagabundo e pretensioso, que não esclarece nada do que de fato teria ocorrido com as filmagens de "Cruising", e nem pretende, e sim faturar em cima de uma obra famosa.

Um lixo total.

QUERELLE

(QUERELLE)
Dir.: Rainer Werner Fassbinder
Alemanha / França - 1982

Baseado em Jean Genet, conta a história do marinheiro que dá nome ao filme, alvo da paixão (não correspondida, e também não declarada) do capitão do navio aonde serve.

Ele frequenta um cabaré esquisito, aonde o dono passa o rodo nos frequentadores e cuja mulher é amante do irmão de Querelle.

Não é filme para todos, é estilizado, com jeitão teatral e atuações meio capengas.

Brad Davis, saradão e dono de uma beleza diferente, e que morreu prematuramente de AIDS aos 42 anos, interpreta o personagem principal.

O ESCORT

(L'ESCORT)
Dir.: Denis Langlois
Canadá - 1996

Depois de uma noite de bebedeira, casal de namorados e um amigo contratam um michê, mas os outros tem que sair e quando o cara chega só um dos namorados está em casa, e esse não perde a viagem.

Por uma dessas coisas de cinema, o michê tem bom caráter, está em uma crise de depressão, e fica morando com os 2, interferindo na vida desses e na dos outros personagens, como a amiga moderninha e o gay perdido na vida.

Atores bonitinhos em um filminho entediante, com direito a muito blábláblá.

LA LÉON

(LA LÉON)
Dir.: Santiago Otheguy
Argentina / França - 2007

Drama em preto e branco sobre Alvaro, que trabalha em uma área rural da Argentina e procura esconder sua sexualidade no meio do ambiente bruto em que vive.

Filme mais voltado para o público alternativo.

Bela fotografia em P&B.

À TODA VELOCIDADE

(À TOUTE VITESSE)

Dir.: Gäel Morel

França - 1996

Drama francês mais sobre amizade e a vida dos descendentes de imigrantes do que sobre a homossexualidade em si.

Quentin é escritor e quando consegue fazer algum sucesso começa a se afastar de seus antigos amigos e a buscar seu lugar na sociedade. Ele desperta o interesse de Samir, que teve o namorado morto em algum ataque homofóbico ou contra os imigrantes, mas não corresponde ao interesse desse.

Filme morno, que não parece chegar a lugar nenhum.

DANTE'S COVE - 3ª TEMPORADA

DANTE'S COVE
Dir.: Michael Constanza
EUA - 2007 (TV)

Terceira, e felizmente última temporada, da tosca série sobre bruxas, bruxos e muita pegação em uma ilha paradisíaca.

Como visto antes, uma bruxa aprisionou seu amado depois de flagrar o cara dando pra outro; séculos depois ele escapa e faz bruxaria pra roubar o namorado de outro.

Agora, os dois estão juntos à base de um feitiço, mas uma nova força sobrenatural ameaça a sobrevivência de todos, forçando-os a se unirem.

Personagens que mudam de caráter, ou revelam qualidades que não mostraram antes; efeitos medievais e constrangedores; sexo softcore; bundas; alguns pintos dos figurantes à mostra; e um final em aberto para mais uma temporada que não houve.

E ainda se vale dos nome de músicas famosas como "Like a Virgin" para nomear seus episódios.

Termina tão ruim quanto começou.

DEPENDÊNCIA SEXUAL

(DEPENDENCIA SEXUAL)
Dir.: Rodrigo Bellot
Bolívia / EUA - 2003

O filme retrata o início do despertar sexual e a vida sexual em si, de adolescentes na Bolívia e em uma universidade americana.

Em comum a visão da mulheres como um objeto, e a divisão social: na Bolívia uma elite de pele muito mais clara que o resto da sociedade; nos EUA os latinos e negros ocupam esse papel, como espécie de fornecedores de "matéria prima" para a vida sexual dos bem nascidos.

Filme interessante, rodado com duas câmeras simultâneas, o que aumenta o incômoda da trama.

KRÁMPACK

(KRÁMPACK)
Dir.: Cesc Gay
Espanha - 2000

Dani fica sozinho em casa depois que os pais viajam e o amigo Nico vem para fazer companhia.

Os 2 estão na faixa dos 15, 16 anos e o objetivo é aproveitar pra transar com as meninas do lugar.

Os dois tem o hábito de se masturbarem juntos, sem que isso tenha alguma conotação homossexual, até que Dani masturba Nico, e depois faz sexo oral.

A coisa evolui um pouco mais, sendo que Nico parece achar ser apenas algum tipo de brincadeira do amigo, que começa a demonstrar ciúmes das conquistas amorosas do amigo.

Filme legal sobre o despertar da sexualidade na adolescência.

ZENNE DANCER

(ZENNE DANCER)
Dir.: Caner Alper / Mehmet Binay
Turquia - 2012

O título faz referência a Can, dançarino e desertor, por não ter se apresentado ao exército - coisa obrigatória na Turquia. O pai dele foi morto em combate e o irmão perdeu um parafuso também por servir ao exército.

Ele é amigo de Ahmet e os dois conhecem Daniel, fotógrafo alemão, quando esse se oferece para retratar o trabalho de Can e começa a namorar Ahmet, que é completamente sufocado pela mãe, que sonha em ver o filho casado, pois sabe que ele é gay e motivo de vergonha na sociedade em que vivem.

Daniel e Ahmet na verdade protagonizam o filme, sendo o filme dedicado à este último, um personagem real na vida do diretor.

O filme ainda tem alguns personagens secundários, e busca retratar as contradições de uma Turquia que tenta se mostrar multicultural e tolerante, mas ainda é extremamente arraigada a preceitos (e preconceitos) religiosos.

Um filme legal, bem fotografado e atuado.

DANTE'S COVE - 2ª TEMPORADA

 (DANTE'S COVE - SEASON II)
Dir.: Sam Irvin
EUA - 2006 (TV)

2ª temporada da bomba, quer dizer, série sobre uma bruxa que aprisiona seu ex-noivo por décadas e, depois de libertado, esse se apaixona pelo namoradinho bocó de outro carinha.

Mais do mesmo: homens sarados sem camisa, quase todos mostrando a bunda e alguns o pinto (mas nunca o trio principal).

As cenas de nudez dos 2 últimos episódios não compensam aturar a completa falta de senso de ridículo da produção.

TOM NA FAZENDA

(TOM À LA FERME)
Dir.: Xavier Dolan
Canadá - 2013

Tom (o chatinho Xavier Dolan) viaja para a fazenda do namorado, que se suicidou. Chegando lá, ele é bem recebido pela mãe do cara, e aterrorizado pelo irmão, Francis (Pierre-Yves cardinal, lindo de doer), que lhe ameaça se revelar à mãe a orientação sexual do filho morto.

Tom descobre então que a sogra acreditava que o falecido tinha uma namorada, e que a existência dele é completamente ignorada.

Ele também percebe que sair dali será quase impossível, principalmente porque Francis é machista, homofóbico, violento e é mantido isolado pelo resto da sociedade local, que o vê como um péssimo elemento.

Um filme interessante, aonde o homossexualismo não é o tema central da trama, apesar de ser o fator determinante de toda a ação.

Mas, apesar disso, Dolan continua sendo chatinho.

DES/ESPERANDO

(DES/ESPERANDO)
Dir.: Erick Salas Kirchhausen
Chile - 2010

Em crise no relacionamento, Javier e seu namorado mais novo, Gonzalo, embarcam em uma viagem para a Patagônia, aonde vão brigar (e entediar o espectador), até que uma decisão idiota de um deles causa uma tragédia.

Filme chatinho, e visivelmente feito com poucos recursos, que não diz a que veio em momento algum.

TATUAGEM

(TATUAGEM)
Dir.: Hilton Lacerda
Brasil - 2013

Retrato de um bar alternativo e sua trupe de artistas no Recife, em 1978.

O grupo é liderado por Clécio (Irandhir Santos, em atuação sensacional) gay assumido, pai de um menino e que se envolve com Fininha (Jesuíta Barbosa), soldado engajado do Exército (ou seja, uma espécie de "inimigo").

Outro destaque é a atuação de Rodrigo Garcia como Paulete, um ladrão de cenas), e que era o parceiro de Clécio até esse conhecer Fininha.

A cena aonde a trupe canta o cu no bar é antológica, e já deveria fazer parte da história do cinema nacional.

DANTE'S COVE - 1ª TEMPORADA

(DANTE'S COVE - FIRST SEASON)
Dir.: Michael Constanza
EUA - 2005 (TV)

Minissérie horrorosa, em dois episódios, sobre Ambrosious, que vai casar com a bruxa Grace, mas quando essa pega ele dando pro mordomo, o prende no porão da casa, isso, em 1840.

Décadas depois, a casa virou um hotel aonde vive Toby, que namora Kevin, que liberta o prisioneiro que decide matar Toby pra ficar com Kevin, sendo que nenhum deles é essa coisa toda.

O maior investimento deve ter sido em óleo pra passar nos corpos do atores, que a todo momento aparecem  bezuntados e suados.

O nível dos diálogos segue o das atuações e dos defeitos especiais, como nas cenas de envelhecimento, aonde os atores usam perucas ridículas.

E tome sexo softcore e muita pegação em câmera lenta pra encher linguiça.

Uma bomba.

SEM SAÍDA

(WALANG KAWALA)
Dir.: Joel Lamangan
Filipinas - 2008

Joaquin e Waldo mantém um caso às escondidas, na aldeia em que vivem aonde o primeiro é pescador e o segundo, estudante.

Só que Joaquin é casado e sua mulher acaba de voltar de Dubai, aonde passou 2 anos trabalhando. Waldo então o pressiona para que abandone o casamento e os 2 fiquem juntos mas Joaquin recusa, o que faz com que o outro arrume suas coisas e fuja para Manila. Arrependido, o Joaquin conta a verdade para a mulher e vai atrás do namorado.

As vidas da dupla vão então se cruzar com Rufo, um policial mau caráter envolvido com o tráfico de pessoas.

Drama filipino mediano.

AMADO AMIGO

(AMIC/AMAT)
Dir.: Ventura Pons
Espanha - 1999

Filme chatinho sobre um professor universitário, doente, que descobre que a filha de seu melhor amigo namora um michê, que é seu aluno, e que é hetero, mas atende a quem lhe pagar.

Pra complicar, a garota está grávida e a família quer que ela aborte, por não gostarem do pai da criança - ele é filho de um traficante que se suicidou por não suportar a prisão.

O tal professor decide dar uma força pra carreira do cara, embora não goste dele, mas esse rejeita a ajuda; sem motivo aparente, ele decide que a filha do outro deveria ter o filho.

Uma trama confusa, meio sem pé nem cabeça, com personagens totalmente desinteressantes.

O HOMEM QUE EU AMO

(L'HOMME QUE J'AIME)
Dir.: Stéphane Giusti
França - 1999 (TV)

Drama francês chatinho, feito para a TV, sobre um cara chatinho (HIV positivo), que se apaixona por outro igualmente chatinho, que tem uma namorada.

Não tem nada que não tenha sido visto em outros filmes do gênero, inclusive a mãe maluquete que aprova e incentiva a opção sexual do filho.

E ainda tem um poster horrível.

CARACÓIS NA CHUVA

(SNAILS IN THE RAIN)
Dir.: Yariv Mozer
Israel - 2013

Boaz (Yoav Reuveni, bonito à moda antiga: sarado, sem ser bombado e sem depilação) recebe uma carta anônima aonde um homem se declara pra ele.

A carta desperta uma misto de tesão e curiosidade (depois veremos porque) em Boaz, que começa desconfiar de todos a sua volta, intrigado por quem pode ser o autor das cartas que continuam chegando.

Filme legal, com direito a um final coerente com o que se vê durante a trama.

BOYS LOVE

(BOYS LOVE)
Dir.: Kôtarô Terauchi
Japão - 2006

Bola fora japonesa feita diretamente para o mercado de vídeo.

Taishin é destacado para entrevistar um artista adolescente, Noeru, que logo de cara lhe assedia sexualmente. Os dois nem chegam a transar direito pois Taishin foge, assustado.

Mas ele volta e descobre que o outro vai pra cama com qualquer um, enquanto mantém uma "relação" com Chidori, que não liga pra galinhagem do outro até perceber que a relação está se tornando séria entre Noeru e Taishin e apelar para medidas desesperadas para não perder o amado.

Apesar das boas intenções, as atuações são ruins e a música grandiloquente e melodramática só piora tudo.

TWO BROTHERS AND TWO OTHERS

(TWO BROTHERS AND TWO OTHERS)
Dir.: Richard Bell
Canadá - 2001

Filme realizado com baixíssimo orçamento e jeitão de amador, e apenas 4 atores em cena.

Dois irmãos, um deles gay, se reencontram em Toronto - o mais velho tinha saído de casa primeiro, cansado dos maus tratos do pai; o mais novo, depois da morte da mãe e da venda do sítio da família, o que só deu pro pagamento das dívidas.

Na cidade grande, Riley vai viver com Chad e a namorada dele e acaba se envolvendo com Gavin. Claro que vai rolar uma lavação de roupa suja e aquele habitual fortalecimento da amizade entre os manos.

Tivesse mais recursos técnicos, daria um filme mais interessante, sem tantas falhas de áudio.

CIBRÂIL

(CIBRÂIL)
Dir.: Tor Iben
Alemanha - 2011

O Cibrâil que dá nome ao título é policial e vive com a namorada, Christine, que recebe um primo, Marco, que vive em Roma para passar uma semana no apartamento do casal.

Fica claro que Cibrâil já não tem tanto interesse pela namorada, mas essa não percebe.

Acidentalmente, ele vê Marco transando com outro homem em um parque - a tradicional pegação em locais públicos - e começa a interessar pelo outro, no que vai ser correspondido.

Embora não sejam lindos, os dois atores tem lá seus atrativos, só que o filme aparenta ser amador demais, além de ter uma trama batida. O próprio cinema alemão já tocou no assunto em "Freier Fall" e "Eine Aussergewöhnliche Affäre".

GAROTOS

(JONGENS)
Dir.: Mischa Kamp
Holanda - 2014 (TV)

Dois adolescentes que integram uma equipe juvenil de atletismo se descobrem apaixonados um pelo outro, e agora tem que enfrentar o medo de um sentimento até desconhecido, além de esconder a relação de colegas e familiares, que obviamente nem desconfiam o que se passa.

Ainda tem a subtrama da família de um deles, que perdeu a mãe recentemente e tem um irmão metido a rebelde sem causa.

Simpático, sensível e delicado.

Muito bonito também o poster.

NASCIDOS EM 68

(NÉS EN 68)
Dir.: Olivier Ducastel / Jacques Martineau
França - 2008

Filme passado em 2 tempos: começa em 68, durante os protestos estudantis que abalaram a França - e o mundo todo - e o movimento hippie, quando um grupo de amigos decide montar uma comuna em uma fazenda abandonada, produzindo o alimento de que precisam e vivendo o amor livre.

A coisa segue aos trancos e barrancos, com as moças engravidando e com o passar do tempo, alguns abandonando a utopia da comuna.

Com o passar do tempo, os filhos crescem, dentro do mesmo espírito de liberdade, mas surge a AIDS, Jean Marie Le Penn e a ascensão da direita ao poder com a eleição de Jacques Chirac que representa o fim simbólico do idealismo dos remanescentes dos movimentos de esquerdas, obrigados a votar nele contra Le Penn.

Obviamente, são apresentados os dramas e conflitos de suas personagens, que adoecem, morrem, se afastam ou permanecem fiéis aos ideais hippie e socialista a que dedicaram o começo de suas vidas adultas.

O filme não é sobre a questão homossexual em si , mas sobre o panorama político francês no período de 20 anos, e as mudanças de sua sociedade nesse período, com forte enfoque na questão da AIDS e das lutas dos homossexuais por seus direitos na parte final.

POCO PIÙ DI UN ANNO FA

(POCO PIÙ DI UN ANNO FA)
Dir.: Marco Filiberti
Itália - 2003

Dirigido e estrelado por Filiberti, é um pseudo documentário com depoimentos e dramatização da vida de Riccardo Soldani, vulgo Riki Kandinsky, filho de família tradicional e que se tornou ator pornô gay, coisa que mantém em segredo até a morte do pai - sua sexualidade era um segredo de polichinelo.

Não é ruim, embora pareça ingênuo às vezes, principalmente quando mostra o pornostar preocupado com um órfão; assim como a aceitação de seu irmão, que até vai assistir à uma filmagem das atividades artísticas do maninho.

CHRISTOPHER AND HIS KIND

(CHRISTOPHER AND HIS KIND)
Dir.: Geoffrey Sax
Inglaterra - 2011 (TV)

O filme retrata o período em que o escritor Christopher Isherwood viveu na Alemanha, para onde se mudou em 1931, atrás de sexo e de distância da mãe, com quem mantinha péssimo relacionamento.

Com a ascensão do nazismo e a perseguição à judeus e homossexuais, ele se vê forçado a voltar para casa, carregando o namoradinho, que depois é deportado de volta para a terra natal.

Anos depois ele reencontra o cara, vivendo na Alemanha Oriental e pai de família.

Resta saber a quem isso interessa...

SOLDADO ROMEU

(PRIVATE ROMEO)
Dir.: Alan Brown
EUA - 2011

Cadetes trancados em uma academia militar recitam os versos de "Romeu e Julieta", sabe-se lá por que, até que dois deles resolvem encenar "Romeu e Romeu".

O texto do filme é o mesmo de Shakespeare, que parece se adaptar bem a proposta do filme, embora seja estranho um homem se referir a outro como "minha Julieta".

Pra quem curte Shakespeare, um prato cheio para discussões; para os demais, um filme bem chatinho.

HORS LES MURS

(HORS LES MURS)
Dir.: David Lamber
Bélgica / Canadá / França - 2012

Paulo, pianista, conhece Ilir, imigrante albanês que toca baixo e trabalha em um bar.

Os dois transam e depois começam a namorar, embora com certa resistência de Ilir, que depois embarca no namoro.

A relação vai bem até Ilir ser preso por porte de maconha e agressão a um policial, o que lhe rende 18 meses de cadeia e a dedicação de Paulo, até Ilir lhe pedir que se afaste.

Abandonado, Paulo parte pra outra, sabendo que em algum momento seu ex vai sair da cadeia.

Filminho corriqueiro, que mescla uns momentos de carinho entre seus casais com outros de sadomasoquismo.

IRMÃOS DE SANGUE

(BLUTSFREUNDSCHAFT)
Dir.: Peter Kern
Áustria / Alemanha - 2009

Axel aparenta ter saído da adolescência e vive pelas ruas, graças ao trabalho de voluntários que oferecem comida para pobres e moradores de rua.

Ele acaba sendo cooptado, meio por acaso, por um grupo neonazista, e logo em sua primeira incursão com o grupo mata, acidentalmente, o homem que ajudava gente como ele.

Na fuga ele se esconde na lavanderia de Gustav (Helmut Berger), homossexual, que carrega um trauma do passado: fez parte da juventude hitlerista (normal, era regra na época e o ex-Papa Bento XVI também fez, embora, aparentemente, nunca tenha renegado esse passado) e foi responsável pela morte de seu namoradinho, também da JV, além da morte de um soldado.

Ele recebe guarita de Gustav e os dois iniciam uma amizade, que pode ser posta a prova pela decisão do grupo de expor a homossexualidade de Gustav como forma de humilhá-lo.

Tem aquela história das boas intenções e o inferno...

Alguém acolher um desconhecido já aconteceu na vida real, vide o exemplo do poeta Francis Bacon, que acolheu e se tornou amante do atrapalhado ladrão que invadiu sua casa. Mas, por motivos óbvios, ele sabia que o outro era ladrão; aqui, Gustav sabe o que acontece na vizinhança, Axel tem uma máscara suja de sangue, e depois o comerciante tem confirmação do que aconteceu. Ou seja, ele sabia estar acobertando um crime de morte motivado apenas pelo ódio.

O grupo neonazista logo carrega Axel, sem saber ao certo saber quem ele era; e o acidente que causa a morte é meio duro de engolir pela forma como é filmada. Ainda tem uma personagem que vai ao Marrocos mudar de sexo e volta como se apenas fosse tratar de uma gripe - a cena da volta é pra lá de fantasiosa, mas se entende com liberdade artística; o que não se explica é ela já chegar correndo e entrando em uma briga com os neonazistas depois de uma operação dessas... E ainda tem a musiquinha melosa.

Enfim, o tipo do filme que parece feito pra agradar uma platéia não muito disposta a queimar os neurônios.

ANTARCTICA

(ANTARCTICA)
Dir.: Yair Rochner
Israel - 2008

Esse aqui é quase a quadrilha de Carlos Drummond de Andrade, com personagens mudando de parceiro a todo momento, principalmente Boaz, que é quem abre o filme levando vários homens para a cama, entre eles Danny, com quem vai ter um relacionamento mais sério.

Três anos depois eles estão separados, Danny mora com o ex, Ronen, que vai se envolver com Miki, que é amigo de Omer, que sonha com o príncipe encantado e que talvez o encontre em Ronen, o peguete do amigo.

Como curiosidade, a mãe de Omer, que tem uma irmã lésbica também em busca do amor, é interpretada por um homem (Divine?) que interpreta também uma personagem masculina.

Meio lento, cheio de boas intenções, mas que se assiste esperando o final, que demora a chegar.

UM HOMEM CHAMADO FLOR DE OUTONO

(UN HOMBRE LLAMADO FLOR DE OUTOÑO)
Dir.: Pedro Olea
Espanha - 1978

Lluís de Serracant é membro de uma aristocrática família na época da ditadura franquista, mas mantém dois segredos: se apresenta como o travesti Flor de Outono à noite, em um bar gay, e participa de um grupo terrorista que se dedica a derrubar o governo.

Baseado em fatos reais, mostra vida gay na Espanha da década de 20: uma aparente tolerância à homossexualidade nos círculos mais altos da sociedade, às voltas com a crescente insatisfação dos trabalhadores com a falta de leis que regulassem o trabalho, manifestada pelo movimento sindical.

Tem Almodovar na produção e talvez só peque um pouco no excessivo número de apresentações musicais de seu protagonista.

VERÃO EM L.A.

(AUGUST)
Dir.: Eldar Rapaport
EUA - 2011

Troy (Murray Bartlett, da série "Looking") volta da Espanha e recontra um ex-namorado, Jonathan (Daniel Dugan), agora envolvido com Raul (Adrian Gonzales, bonito pra cacete). A história entre os 2 não terminou bem e Jonathan mantém uma espécie de idolatria pelo outro, chegando a cortar o cabelo no mesmo estilo de Troy; a chegada desse vai bagunçar o relacionamento do casal de namorados, com Raul ficando meio perdido, sem saber como lutar pra manter o namorado.

O filme parte de um curta, "Postmortem" de 2005, dirigido pelo mesmo Rapaport e com Bartlett e Dugan repetindo os mesmos personagens. Obviamente surgem outras subtramas e o novo envolvimento entre os 2 ex namorados.

Mais um caso de forma se sobrepondo à conteúdo: a direção é cuidadosa, cheia de bons enquadramentos, mas a trama não parece ser chegar a lugar nenhum.

Só vale pra passar o tempo e admirar a beleza do trio.

TARIK EL HOB

(TARIK EL HOB)
Dir.: Rémi Lange
França - 2001

Tarik é argelino, vivendo na França, e está realizando um documentário sobre o homossexualismo na cultura árabe, entrevistando alguns homossexuais para seu trabalho.

Ele é hetero, mas fica claro que o documentário é algo libertador para ele, que demonstra não ter muita convicção de sua opção, principalmente por ser assediado por um de seus entrevistados, com quem faz amizade, e depois não conseguir se descolar do cara.

Filme para um público específico, que não está ligado em cinema gay estilo "cinemão".

Tem pinta de cinema autobiográfico também.

O PRIMEIRO QUE DISSE

(MINE VAGANTI)
Dir.: Ferzan Ozpetek
Itália - 2010

Tommaso se cansa do trabalho na fábrica da família, que acredita que ele estuda economia, mas na verdade ele faz letras e quer ser escritor (mais um...). Ele decide sair do armário em um jantar de família, pois acredita que assim o pai o expulsaria de casa e da fábrica, e ele poderia seguir sua vida.

Só que o irmão resolve se assumir no mesmo dia, antes de Tommaso e a família vira de pernas pro ar, com direito a ataque cardíaco do pai.

Sobra pra Tommaso administrar a fábrica de macarrão, mesmo sem entender nada do assunto.

Comédia dramática chatinha que se arrasta por quase 2 horas.

Ozpetek foi bem mais feliz em "Um Amor Quse Perfeito" e em "Hamam".

TRAGE LIEFDE

(TRAGE LIEFDE)
Dir.: Boudewijn Koole
Holanda - 2007

Garotão criado pela avó decide conhecer o pai que aparentemente nem sabe de sua existência.

Ele vai ao bar do qual é dono e acaba sentindo um outro tipo de amor, não filial, pelo coroa.

Média metragem que não faz julgamento moral sobre a questão do incesto, apenas conta sua curta estória de forma bem legalzinha e direta.

BEEFCAKE

(BEEFCAKE)
Dir.: 1998
Canadá / Inglaterra / França - Thom Fitzgerald

Filme semi-documental sobre o universo das revistas de fotografia supostamente sobre fisiculturismo, mas que na verdade, seriam as antepassadas das "G Magazine's" da vida e seus fotógrafos, especialmente Bob Mizer, o grande foco da parte documental.

Bob era homossexual, mas antes de mais nada, fascinado pelo corpo masculino e pelo homoerotismo. Como os tempos eram outros, a década de 50, não havia a profusão de closes em pintos duros. Eram fotos aonde a única coisa a esconder o sexo dos modelos era uma minúscula (e um tanto ridícula) tanga, costurada pela própria mãe do fotógrafo.

Obviamente, os corpos eram muito mais naturais, trabalhados graças à exercício físico, sem anabolizantes, e sem a fixação pela depilação dos tempos atuais.

Perseguido pela censura da época, Bob foi preso acusado de favorecer a prostituição, pois suas fotos teriam códigos que remeteriam as preferências sexuais dos rapazes, quando fossem contratados para programas, pois Mizer também os agenciava em seu trabalho como modelos.

Além de retratar uma fase interessantíssima e muito bonita, diga-se de passagem, do nu masculino, o filme também é um colírio para os olhos com suas inúmeras cenas de nu, em especial a cena aonde Joe Dallessandro luta boxe completamente nu.

Mizer também produzia filmes e algumas cenas são encenadas na produção, sempre carregadas na exibição do corpo masculino como seu grande protagonista.

VENENO

(POISON)
Dir.: Todd Haynes
EUA - 1991

Filme em três episódios: garotinho atormentado pelos colegas de escola, embora esses digam que ele não era tão inocente assim, mata o pai e a mãe afirma que ele voou pela janela e desapareceu, é narrada em tom documental, com depoimentos para a câmera.

Em outra história, homem inventa uma poção que mexe com seus hormônios e causa nele uma espécie de lepra, que se espalha entre a população.

Na terceira, um preso se apaixona pelo colega de cárcere, que faz sexo com outros homens, mas parece mais por instinto de sobrevivência do que por prazer.

É associado ao cinema gay por alguns sites, mas se encaixaria mais entre os alternativos, até por ser baseado em Jean Genet. As histórias são apresentadas simultaneamente e a do menino é a mais interessante.

Tem uma cena aonde um dos prisioneiros apresenta suas cicatrizes para outro que é extremamente sensual, embora não amostre quase nada.

HATSU-KOI

(HATSU-KOI)
Dir.: Kouichi Imaizumi
Japão - 2007

Tadashi é apaixonado por Kota, seu colega de escola, que também aparenta se interessar pelo amigo, mas como os dois não tem coragem para dar o primeiro passo, eles ficam no chove não molha.

Tadashi segue então com suas fantasias à respeito do amigo até conhecer Shinji e Hiroki, namorados, e um amigo desses, Keigo, e tem o estímulo que faltava para pular fora do armário.

O filme tem jeito meio amador, e deve ter sido rodado em vídeo, com direito à algumas falhas técnicas, principalmente no som, mas mesmo assim é um filme honesto, delicado em alguns momentos, e com tentativa de humor (meio infeliz) em outros.

Destaque para a interessante sequência de casamento gay do final.

Tem também umas cenas tórridas entre os japoneses, embora nada muito explícito.

HAWAII

(HAWAII)
Dir.: Marco Berger
Argentina - 2013

Martín bate na porta da casa de Eugenio em busca de emprego temporário, até ir para Buenos Aires, aonde já teria um trabalho garantido.

Os dois então se reconhecem: foram amigos de infância, apesar da diferença de classe, mas perderam contato.

Meio por pena, meio tesão, Eugenio contrata o outro para realizar pequenos serviços na casa de campo aonde mora.

Bom filme de Berger, melhor que "Plano B", mas inferior à "Ausente", se baseia em diálogos e situações simples para mostrar com os dois personagens vão, pouco a pouco, demonstrando seu interesse pelo parceiro, sem nunca dar o primeiro passo.

Verdade seja dita, sem a beleza dos dois atores talvez o filme não despertasse tanto interesse, pois é lento e um tanto contemplativo e cheio de silêncios e situações cotidianas.
Manuel Vignau, aqui sem o cabelinho hermano de "Plano B", e Mateo Chiarino dão conta do recado, além de mexerem com a libido da platéia. Conta a favor o fato de focar mais com o lado romântico de qualquer um, que é conhecer um cara bonito e seduzir e se deixar seduzir, e aonde o sexo acaba sendo consequência, e não o começo da relação.

O nome do filme só se explica no final e, só por curiosidade, Eugenio é escritor, um certo chavão no cinema gay.

SILENT YOUTH

(SILENT YOUTH)
Dir.: Diemo Kemmesies
Alemanha - 2012

Marlo e Kirill se conhecem casualmente e se interessam um pelo outro. Aos poucos os 2 começam uma lenta aproximação aonde um espera que o outro dê o próximo passo.

Produção alemã de ritmo lento, que se mostra bem chatinha.

O INSACIÁVEL

LEVOTTOMAT
Dir.: Aku Louhimies
Finlândia - 2000

Ari é médico, faz sucesso com as mulheres e não hesita em levar qualquer uma para a cama, não importa a idade, sempre ficando claro que seria sexo sem compromisso, o que lhe causa certo incômodo e sensação de vazio.

Até ele conhecer Tiina, com quem ele acaba se envolvendo à sério, depois que ela o flagra com outra.

Tiina o apresenta à seu grupo de amigos e Ari acaba se envolvendo com Ilona, prestes a se casar Stig, e depois ainda transa com Hanna-Riikka, afim de justificar o título do filme.

Drama altamente erótico que tenta mostrar como as pessoas se relacionam com o sexo e a traição, e como relações de amizade não parecem ser mais fortes do que o prazer de uma transa ocasional com o(a) amigo(a) do(a) parceiro(a).

O filme parece tentar mostrar como atual geração perdeu os rumos de suas vidas, vivendo apenas para o prazer fácil, sem maiores objetivos como mudar o mundo, lutar por justiça social, etc. Ou seja das bandeiras das gerações passadas, sobrou apenas a liberação sexual, usada da maneira mais simplista, embora quem pareça ser muito liberal nem sempre o seja...

O filme não é gay, mas tem muita cena de nu e sexo. Duas em especial merecem atenção: os três rapazes pelados na sauna e a orgia no fim, que farão a festa para os voyeurs.

Ah sim, o protagonista é bem bonitinho.

HOUSE OF BOYS

(HOUSE OF BOYS)
Dir.: JeanClaude-Schlim
Luxemburgo / Alemanha - 2009

Frank abandona a família e vai viver em Amsterdã, com uma amiga, que lhe dá um pé na bunda.

Sem lugar para ir, ele procura o inferninho que dá nome ao filme.

O lugar é uma boite, comandada por Madame (Udo Kier, que em determinada cena aparece travestido, ficando a cara da ex-vedete Carmen Verônica), aonde os meninos se apresentam em shows de dança e se prostituem, dividindo os quartos nos fundos do lugar.

Ao chegar, Frank se apaixona por Jake, que seria hetero e teria namorada, mas é óbvio que os dois vão se envolver e ser felizes até um dos dois descobrir que tem AIDS.

Dramalhão em co-produção de Luxemburgo e Alemanha, que parece não ter identidade nenhuma: é falado em inglês, se passa em Amsterdã (compreensível, devido ao foco na vida noturna gay, que, presume-se, seja quase inexistente em Luxemburgo) e se situa nos anos 80, mas não tem cara ou referência que o identifique ou associe à época - fica a impressão de que ou não se fez uma pesquisa, ou deliberadamente se deixou isso de lado em prol da história, que é batida que só, e ainda inclui aquele passado triste de uma das personagens.

Sexo softcore, atuações medianas, boas intenções e história arrastada e previsível.

ALÉM DA FRONTEIRA

(ALÁTÁ)
Dir.: Michael Mayer
Israel / EUA / Palestina - 2012

Nimr e Roy se conhecem em um bar gay em Tel Aviv, sendo que um é palestino e o outro, judeu.

Nimr estuda psicologia, e ganhou o direito a um passe livre para a cidade israelense para que possa passar 1 ou 2 dias fazendo um curso, e é assim que ele consegue encontrar Roy.

Só que seu irmão está envolvido em atividades terroristas e nem pode passar por sua cabeça homofóbica que o irmão é gay e ainda por cima namora um judeu.

A situação fica tensa quando Nimr é "convidado" para delatar palestinos envolvidos com terrorismo. Com a negativa, ele perde o passe e ainda por cima tem seu segredo descoberto pela família, que o expulsa de casa.

Bom drama sobre uma história meio Romeu e Julieta, aonde, politicamente, os 2 lados sejam mostrados como pessoas capazes de qualquer coisa de prol de sus objetivos. Mas, fica a impressão de uma leve tendência pró Israel.

Ah sim, o casal de atores é uma graça.