domingo, 26 de outubro de 2014

INTERIOR. LEATHER BAR.

INTERIOR. LEATHER BAR.
Dir.: James Franco / Travis Mathews
EUA - 2013


Em 1980 o filme "Parceiros Da Noite" ("Cruising"), dirigido por William Friedkin causou polêmica por mostrar Al Pacino como um policial agindo disfarçado entre a comunidade gay de Nova Iorque para tentar prender um assassino de gays.
Friedkin foi acusado de homofobia, e até ameaçado de morte. Além disso, o filme teria tido 40 minutos de suas filmagens cortadas para escapar da censura.
Qual a idéia de James Franco e seu parceiro, então? Recriar os tais 40 minutos cortados.
O filme começa com uma troca de idéias entre Franco, Mathews e Val Lauren, o péssimo ator que "interpretará" Al Pacino, sobre como será o projeto, e depois a seleção de atores. Os atores também discutem se um ator que trabalha para a Disney apareceria em cenas de sexo. Aí se percebe que há algo errado, mas não dá pra sacar o que.
Corta para os preparativos da filmagem, com marcação de atores, etc e a filmagem em si: um vídeo clip com cenas de sexo gay pretensamente filmadas com bom gosto e elegância, aonde Lauren deveria demonstrar desconforto, mas o que se vê é só um ator de olhos arregalados, parecendo mais demonstrar medo, em um filme de terror barato.
Corta para nova discussão entre Franco e Lauren que acha desnecessárias as cenas explícitas, no que o outro retruca dizendo ser moralismo, e que o sexo explícito pode sim, fazer parte da estória a ser contada. Aí se descobre o que está errado: não é uma recriação de nada, mas uma viagem ao ego do atorzinho, que é favorável a pornografia, mas não aparece nem como figurante, usando uma singela roupa de couro em sua obra.
A explicação, torta e mal concluída é dada por Lauren, em um suposto diálogo com a namorada por telefone, logo depois, mas nada se compreende do que ele quis dizer.
Seguem novas cenas de sexo e pronto.
Fica a sensação de 60 minutos desperdiçados, de um filminho vagabundo e pretensioso, que não esclarece nada do que de fato teria ocorrido com as filmagens de "Cruising", e nem pretende, e sim faturar em cima de uma obra famosa.
Um lixo total.

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