sábado, 29 de setembro de 2012

BELEZA

(SKOONHEID)
Dir.: Oliver Hermanus
África do Sul / França / Alemanha - 2011


François, cinquentão, casado e com duas filhas, mantém sua homossexualidade escondida, dando vazão a seus desejos em encontros com outros homens, também casados, em uma casa afastada, na cidadezinha aonde vive.
No casamento de uma das filhas ele reencontra um sobrinho que não via há tempos e cai de paixão pelo garotão.
Completamente obcedado pelo garoto, ele passa a segui-lo e acaba comentendo um ato desatinado.
É legal, mas poderia ter uns 20 minutos a menos.

sábado, 22 de setembro de 2012

VIL ROMANCE

(VIL ROMANCE)
Dir.: José Campusano
Argentina - 2008


Roberto vem de uma família totalmente desajustada (a primeira cena do filme mostra as mãe e filha em cenas de sexo grupal com dois homens e a visível contrariedade do rapaz com a situação), vive na periferia de Buenos Aires, uma região miserável, e não tem qualquer perspectiva de melhora na vida.
Ele conhece Raul, na faixa dos 50 anos, um cabeludo, com jeito de hippie anacrônico, desdentado, e que vive, aparentemente, de bicos.
Ele vai para a casa do cara aonde é praticamente estuprado, assim como no segundo encontro, mas ainda assim insiste em ficar com o sujeito, se mudando até para a casa dele, mas dormindo em camas separadas - uma exigência do outro.
A base do relacionamento é a violência e a imposição das vontades de Raul sobre as de Roberto, que se queixa do outro ser apenas ativo.
Quando ele conhece outro pela internet (uma ótima cena de sexo) e Raul descobre, Roberto vai perceber que seu namorado é uma pessoa da pior espécie, dominador, incapaz de amar alguém e apenas guiado pela necessidade de posse, sem nunca demonstrar realmente gostar do garoto.
Drama argentino, meio cru e com atores com aparência de amadores em cena. A família de Roberto é horrível, mas no fim, vão demonstrar se importar muito mais com ele do que aparentam durante todo o filme, ainda que apelando para um certo instinto de sobrevivência, tanto da família, como de si mesmas.

domingo, 16 de setembro de 2012

UM AMOR QUASE PERFEITO

(LE FATE IGNORANTI)
Dir.: Ferzan Ozpetek
Itália / França - 2001


Antonia é médica e vive a sombra do marido. Quando esse morre ela recebe alguns pertences do falecido, entre eles um quadro e um molho de chaves, remetidos por alguém de quem ela só sabe o endereço.
Decidida a conhecer a provável amante do marido, ela vai ao endereço do remetente e descobre que na verdade ele tinha um amante, e não uma.
Além disso, Massimo, o morto, parecia ter em um mundo próprio, aonde Antonia seria a verdadeira amante - Michele, o namorado, vive em um prédio habitado por uma verdadeira comunidade gay: os almoços são coletivos, todos se metem na vida de todo mundo e todos se apóiam. Antonia inclusive é conhecida de todos, sem nunca ter sido formalmente apresentada. Um deles, Ernesto, tem AIDS e vive sob os cuidados dos demais.
À princípio Antonia acaba se afastando, mas depois desenvolve laços de amizade com todos, em especial o namorado do marido e até ajuda nos cuidados ao soropositivo, visto ser especialista na doença.
Bonito drama do mesmo realizador de "Hamam" e "O Primeiro Que Disse". O elenco rende muito bem, especialmente a atriz que interpreta Serra, turca refugiada e síndica do prédio.
Um filme bacana, que foge do baixo astral e trata bem um tema espinhoso. O diretor parece mostrar imenso carinho por seus personagens, mostrando que não dá pra acusar ninguém como culpado ou vítima pela situação apresentada.

domingo, 9 de setembro de 2012

WEEKEND

(WEEKEND)
Dir.: Andrew Haigh
Inglaterra - 2011


Russell, salva vidas em um clube de natação, conhece Glen, artista plástico, em um bar gay e os dois passam a noite juntos. Do que era para ser apenas uma transa, nasce algo mais, apesar da diferença de mundos em que ambos vivem. Só que Glen vai embora para os EUA dois dias depois, para um curso, e nesses dois dias os dois vão se apaixonar, discutir a relação, as relações do mundo gay e se separar.
Verborrágico e simpático drama inglês, valorizado pela dupla protagonista, que é bonitinha e tem química.
Muito bacana também a cena da separação, que remete diretamente aos filmes românticos, de amor impossível, aqui protagonizada por dois homens.

sábado, 1 de setembro de 2012

NOVO

(NOVO)
Dir.: Jean-Pierre Limosin
França -2002


Trama meio sem pé nem cabeça sobre um homem que perde a memória, e é obrigado a registrar seu dia a dia em um caderninho, para poder se recordar das pessoas com quem convive no trabalho e na vida pessoal.
O filme não é gay, mas os fãs do ator Espanhol Eduardo Noriega (de "Plata Quemada") vão se deliciar com as cenas de nudez frontal do gato - ele até planta bananeira pelado... e está especialmente mais bonito que o normal no filme.