domingo, 16 de setembro de 2012

UM AMOR QUASE PERFEITO

(LE FATE IGNORANTI)
Dir.: Ferzan Ozpetek
Itália / França - 2001


Antonia é médica e vive a sombra do marido. Quando esse morre ela recebe alguns pertences do falecido, entre eles um quadro e um molho de chaves, remetidos por alguém de quem ela só sabe o endereço.
Decidida a conhecer a provável amante do marido, ela vai ao endereço do remetente e descobre que na verdade ele tinha um amante, e não uma.
Além disso, Massimo, o morto, parecia ter em um mundo próprio, aonde Antonia seria a verdadeira amante - Michele, o namorado, vive em um prédio habitado por uma verdadeira comunidade gay: os almoços são coletivos, todos se metem na vida de todo mundo e todos se apóiam. Antonia inclusive é conhecida de todos, sem nunca ter sido formalmente apresentada. Um deles, Ernesto, tem AIDS e vive sob os cuidados dos demais.
À princípio Antonia acaba se afastando, mas depois desenvolve laços de amizade com todos, em especial o namorado do marido e até ajuda nos cuidados ao soropositivo, visto ser especialista na doença.
Bonito drama do mesmo realizador de "Hamam" e "O Primeiro Que Disse". O elenco rende muito bem, especialmente a atriz que interpreta Serra, turca refugiada e síndica do prédio.
Um filme bacana, que foge do baixo astral e trata bem um tema espinhoso. O diretor parece mostrar imenso carinho por seus personagens, mostrando que não dá pra acusar ninguém como culpado ou vítima pela situação apresentada.

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