domingo, 28 de junho de 2020

SUNTAN

(SUNTAN)
Dir.: Argyris Papadimitropoulos
Grécia - 2016


Quarentão assume o posto de médico em alguma cidadezinha turística da Grécia, e não tem muito o que fazer na baixa temporada.
É quando a ilha ferve de turistas que a vida de Kostis, o quarentão, muda.
Ele atende uma periguete que depois o convida pra se juntar ao grupo quando estes estão na praia, nus e o médico se encanta por ela.
São mundos diferentes: uma juventude desencanada com o próprio corpo de um lado, e de outro um ursão de vida medíocre e que vê no grupo uma possibilidade de viver uma juventude que ele não deve ter tido.
Não é um filme gay, e o ator principal não é o modelo padrão para a maioria do mundo gay, mas o filme tem umas cenas de nudez deliciosas da galera na praia.
Além disso, a trama fala sobre a obsessão com alguém de quem você não tem certeza se a tua atenção é retribuída ou se é simplesmente gentileza, e que é meio universal.

domingo, 21 de junho de 2020

SORODISCORDANTES

(SERODISCORDANTES)
Dir.: Noel Alejandro
Espanha / Alemanha - 2019


Evaristo e Miguel vão viver juntos e graças a uma tábua ouija(!!!!!) vão descobrir que são sorodiscordantes - um tem HIV e outro não.
Curta com cenas de sexo explícito, o que a é a especialidade do diretor.

domingo, 14 de junho de 2020

HOMBRES DE PIEL DURA

(HOMBRES DE PIEL DURA)
Dir.: José Celestino Campusano
Argentina - 2019


Drama do mesmo diretor de "Vil Romance", que aqui apresenta um projeto melhor produzido e interpretado que o outro filme.
Ariel, que foi abusado por um padre pedófilo, parece ter dedo podre pra homem: corre atrás do padre quando esse vai para um retiro purgar os pecados; depois de um garotão casado; e de outro sem eira nem beira envolvido com coisas não muito certas.
O problema é que o pai é fazendeiro, meio tosco, e não aceita a opção do filho, que não é um exemplo de macheza, o que acaba servindo de destaque no meio do mundo viril da fazenda do pai.
Mas o garoto não vai desistir de achar um amor, mesmo em um meio tão adverso.
O problema é que o diretor parece mirar em vários alvos: o garoto que sofreu abuso; o padre pedófilo mau caráter; o pai que quer consertar o filho; a dificuldade de quem sofreu abuso de entender isso e as consequências; e o corporativismo dos padres (tem uma sequência que parece saída de "El Clube", do Pablo Larrain).
É razoável, e não economiza muito nas cenas de sexo.
Mas, como a coluna curte muito o cinema argentino, fica a dica.

domingo, 7 de junho de 2020

NUNCA SEQUE LÁGRIMAS SEM LUVAS

(TORKA ALDRIG TARAR UTAN HANDSKAR)
Dir.: Simon Kaijer
Suécia - 2012


Minissérie sueca em três episódios contando a estória de Rasmus e Benjamin.
O primeiro sai do interior da Suécia pra estudar em Estocolmo e o segundo é Testemunha de Jeová.
Ramus se entrega a vida mundana da cidade, mas quando conhece o outro eles começam a namorar, ficando claro que Benjamin vê o relacionamento como algo a dois e o outro nem tanto.
Mas esse nem é o foco da trama, e sim a epidemia de AIDS que assolou o mundo, e causou uma matança de gays antes do surgimento de remédios mais eficientes no controle dos sintomas.
A série se propõe a relatar essa época, incluindo preconceito, e também a ignorância da época em torno da doença, seja na forma de notícias em jornais ou dos próprios médicos. Em dado momento, um dos protagonistas afirma não poder ficar com um amigo porque todos estão doentes ou já morreram.
O título se refere a preocupação dos profissionais de saúde no trato com os soropositivos até mesmo na limpeza dos olhos.
A série se alterna entre momentos distintos, quando os dois se conhecem e quando um já está a beira da morte, numa cama de hospital.
Não é para os fracos, porque desde o começo fica claro que não vai ter final feliz, e também não poupa o espectador do sofrimento de doentes, amigos, parentes e namorados que rodeiam os doentes.