terça-feira, 27 de julho de 2010

LE CLAN

(LE CLAN)
Dir.: Gaël Morel
França - 2004


O filme retrata o que aparenta ser a rotina dos descendentes de imigrantes dos subúrbios parisienses, através das vidas de 3 irmãos.
Marc é praticamente um bicho solto: não trabalha, não se dá bem com o pai, usa drogas, transa esporadicamente com um travesti que também atende seus amigos e vive a angústia de ter perdido a mãe. Depois de dar a volta em um traficante ele toma uma surra e tem seu cachorro morto (numa cena de cortar o coração). Ele tenta, mas não tem coragem de se vingar. Como seu irmão Christophe está prestes a sair da cadeia, ele espera que este o vingue, mas o irmão está mais interessado em mudar de vida.
O irmão mais novo é Olivier, que não parece interessado em seguir a vida dos irmãos e no fim se mostra gay, ao se envolver com Hicham (Salim Kechiouche, que também foi gay em "Grande École).
Filme legal, aonde o homossexualismo não é tema dominante, mas rende uma boa cena no fim. Destaque também para a cena aonde Marc apara os pelos púbicos em close...

RESIDÊNCIA PERMANENTE

(YONG JIU JU LIU)
Dir.: Scud
Hong Kong - 2009


Ivan nasceu em família pobre, e na base de muito trabalho subiu na vida.
Trabalhando em Hong Kong, ele se dedica ao boxe tailandês e é na academia que ele conhece Windson, chinês que deixou a família, incluindo a namorada, na terra natal em busca de vida melhor em Hong Kong.
Rejeitado por Windson, que se diz hetero apesar de não ter qualquer problema em dividir a cama e até mesmo lutar completamente nu com o amigo, ele se aproxima de Josh, de quem se separa quando este viaja para Tel Aviv. Incentivado pelo próprio Josh, Ivan torna a procurar Windson, e finalmente consegue se envolver sexualmente com ele, até que esse o deixa para se casar com a namorada chinesa.
O tempo passa e os dois tornam a se encontrar, mesmo ficando claro que o final não pode ser feliz.
O diretor com nome de míssil iraquiano fez um filme repleto de nudez de seus protagonistas, e uma deliciosa cena de luta envolvendo os 2 completamente nus; além de cenas de sexo visivelmente sem tapa-sexo.
A história é legal, embora lá pelo fim fique um tanto novelesca, com direito a doença de família. Mas a direção é bem criativa, tem boas cenas rodadas em Tel Aviv, e um tom final que parece meio autobiográfico, pois o diretor em cena fala de seu próximo filme, que é o mesmo do diretor Scud.
O filme ainda termina com um exercício de futurologia que alterna boas e más notícias.

domingo, 25 de julho de 2010

ENQUANTO VOCÊ ESTÁ AQUI

(SOLANGE DU HIER BIST)
Dir.: Stefan Westerwelle
Alemanha - 2006


Velhinho solitário tem como única companhia a presença envetual de um também solitário garoto de programa. Quando esse perde o ônibus é forçado a passar a noite na casa do cliente, e acaba revelando parte de seu triste passado.
Filme triste, melancólico, ainda que o velhinho pareça ter consciência de sua situação.
O final embaralha tudo, e deixa o espectador sem saber aonde termina a realidade e aonde começam as fantasias de ambos os personagens.

DE VOLTA AO PARAÍSO

(BIG EDEN)
Dir.: Thomas Bezucha
EUA - 2000

Henry Hart (Ayre Gross) pintor de sucesso em Nova Iorque volta a cidade natal, a Big Eden do título para cuidar do avô que sofreu um acidente.
Ao chegar ele descobre que Dean (Tim DeKay, da série "Diga Que Me Ama"), seu amor platônico da época de escola, se divorciou e voltou à cidade com os filhos. Ele então se enche de esperanças de terminar o que nunca começou. E ainda acaba às voltas com um inesperado pretendente.
É bonitinho, bem feitinho e interpretado, mas parece aqueles dramas heteros de Sessão da Tarde, com direito a cena da desesperada tentativa de encontro no aeroporto.
Díficil mesmo é engolir um grupo de velhinhos de uma cidade caipira dando força pra um namoro gay intererracial.
Nada de nudez ou sexo entre seus protagonistas nas faixa dos 40 anos.
Tem participação de Louise Fletcher, que ficou famosa pela enfermeira de "Um Estranho No Ninho".

quarta-feira, 14 de julho de 2010

À FLOR DA PELE

DOUCHES FROIDES
Dir.: Antony Cordier
França - 2005



Mikael mora em uma área pobre de Paris, vive com o pai cachaceiro e a mãe, praticamente a responsável pelo sustento da casa.
Ele pratica judô, e tem uma namorada, Vanessa, e está na expectativa de entrar para a faculdade.
A vida corre assim até a chegada de um novo aluno na turma de judô, Clément, e os 2 mais Vanessa se deixam levar e acabam em um mènage, que incomoda profundamente a ele, mas não a ela, que o instiga a repetir a dose. Só então ele vai perceber o quanto gostava da moça, e o quanto ela dá mais valor as relações carnais do que as afetivas.
O que Mikael percebe é que ele perdeu sua namorada, que em dado momento lhe diz claramente que transar com ele é bom, mas com os dois é melhor, e cabe a ele decidir se aceita a nova situação ou não.
Talvez pela grande quantidade de cenas de nudez masculina esse aqui é relacionado a diversos sites gays, mas nem de longe o filme toca no assunto. O tema se assemelha ao de "E Sua Mãe Também", mas em nenhum momento os garotos transam entre si.
De qualquer forma, vale pelas muitas cenas de nudez dos garotos, e uma deliciosa cena aonde os 2 tomam banho de frente pra câmera, que fará a festa dos voyeurs.

GRANDE ÉCOLE

(GRANDE ÉCOLE)
Dir.: Robert Salis
França - 2004


Paul vai estudar em uma tradicional faculdade francesa, e rejeita o convite da namorada, Agnès, de morar com ele, preferindo morar no campus com o pretexto de que perderia muito tempo no trânsito. Ele divide um apartamento com Bernard e Luis-Arnault, e logo se apaixona por esse, garanhão e atleta do time de pólo aquático da faculdade.
Agnès percebe as intenções do namorado, e então lhe faz uma proposta bem indecente: os dois tentariam seduzir Luis-Arnault; se ela conseguisse, Paul se mudaria com ela para Paris; se ele conseguisse, ela o deixaria.
Pra complicar ainda mais o imbroglio amoroso, Paul defende um descendente de árabe que trabalha como pintor na faculdade do chefe racista desse; ganha a admiração e o assédio do cara, e acaba na cama dele, completando a teia de relações (ou tentativas de relações) amorosas da trama.
Como todo filme francês é bem verborrágico e se diferencia dos americanos por não ficar com o foco da câmera acima da linha de cintura dos atores quando esses estão em nu frontal. Tem muita cena de nudez, e os atores também não seguem aquele padrão saradão, de peito depilado e calça jeans justa.
Os personagens aqui usam bem mais o cérebro do que os músculos, mas ainda assim tem ótimas cenas de sexo.
Os vouyers de plantão vão se deliciar com a cena em que Paul observa todo o time de pólo aquático tomando banho. Quem já frequentou um vestiário de academia ou de escola, ou alojamento de quartel já passou por situação semelhante, de tentar disfarçar mas não resistir a uma discreta, ou nem tanto, olhadinha.
Um bom filme, com uma ótima cena em um quarto espelhado de motel. Apesar do pôster, não tem cena de sexo grupal.
E o ator que interpreta Luis-Arnault é lindo.

domingo, 11 de julho de 2010

24º DIA - O PRAZO FINAL

(THE 24th DAY)
Dir.: Tony Piccirillo
EUA - 2004

Após conhecer Dan (James Marsden) em um bar gay, Tom (Scott Speedman) o leva a seu apartamento, aonde o mantém como refém. Seu objetivo: submetê-lo a um exame de sangue, e após comprovar que Dan lhe transmitira HIV cinco anos atrás, matá-lo.
Enquanto esperam o resultado do exame, os dois se expoem e Tom mostra todo seu desespero causado por um sentimento de culpa.
Marsden, de X-Men, e Speedman, de Felicity, são bonitinhos e o primeiro rende mais que o segundo, num filme curioso, mas que parece exagerar em seu fatalismo e exacerbação do sentimento de culpa e condenação ao adultério. Às vezes parece mais uma condenação a traição conjugal.
Não há qualquer cena de sexo, eles nem tiram a camisa, e o filme é meio teatral, se utilizando praticamente de dois atores e um cenário.
Mas é interessante, quando discute se vale a pena se vingar de quem supostamente lhe contaminou com HIV, e principalmente, de quem é a culpa? Afinal, ninguém transa sem camisinha sem o consentimento do outro, em uma relação consentida. Pena que o filme não explora esse ponto de vista.