O INSACIÁVEL

LEVOTTOMAT
Dir.: Aku Louhimies
Finlândia - 2000

Ari é médico, faz sucesso com as mulheres e não hesita em levar qualquer uma para a cama, não importa a idade, sempre ficando claro que seria sexo sem compromisso, o que lhe causa certo incômodo e sensação de vazio.

Até ele conhecer Tiina, com quem ele acaba se envolvendo à sério, depois que ela o flagra com outra.

Tiina o apresenta à seu grupo de amigos e Ari acaba se envolvendo com Ilona, prestes a se casar Stig, e depois ainda transa com Hanna-Riikka, afim de justificar o título do filme.

Drama altamente erótico que tenta mostrar como as pessoas se relacionam com o sexo e a traição, e como relações de amizade não parecem ser mais fortes do que o prazer de uma transa ocasional com o(a) amigo(a) do(a) parceiro(a).

O filme parece tentar mostrar como atual geração perdeu os rumos de suas vidas, vivendo apenas para o prazer fácil, sem maiores objetivos como mudar o mundo, lutar por justiça social, etc. Ou seja das bandeiras das gerações passadas, sobrou apenas a liberação sexual, usada da maneira mais simplista, embora quem pareça ser muito liberal nem sempre o seja...

O filme não é gay, mas tem muita cena de nu e sexo. Duas em especial merecem atenção: os três rapazes pelados na sauna e a orgia no fim, que farão a festa para os voyeurs.

Ah sim, o protagonista é bem bonitinho.

HOUSE OF BOYS

(HOUSE OF BOYS)
Dir.: JeanClaude-Schlim
Luxemburgo / Alemanha - 2009

Frank abandona a família e vai viver em Amsterdã, com uma amiga, que lhe dá um pé na bunda.

Sem lugar para ir, ele procura o inferninho que dá nome ao filme.

O lugar é uma boite, comandada por Madame (Udo Kier, que em determinada cena aparece travestido, ficando a cara da ex-vedete Carmen Verônica), aonde os meninos se apresentam em shows de dança e se prostituem, dividindo os quartos nos fundos do lugar.

Ao chegar, Frank se apaixona por Jake, que seria hetero e teria namorada, mas é óbvio que os dois vão se envolver e ser felizes até um dos dois descobrir que tem AIDS.

Dramalhão em co-produção de Luxemburgo e Alemanha, que parece não ter identidade nenhuma: é falado em inglês, se passa em Amsterdã (compreensível, devido ao foco na vida noturna gay, que, presume-se, seja quase inexistente em Luxemburgo) e se situa nos anos 80, mas não tem cara ou referência que o identifique ou associe à época - fica a impressão de que ou não se fez uma pesquisa, ou deliberadamente se deixou isso de lado em prol da história, que é batida que só, e ainda inclui aquele passado triste de uma das personagens.

Sexo softcore, atuações medianas, boas intenções e história arrastada e previsível.

ALÉM DA FRONTEIRA

(ALÁTÁ)
Dir.: Michael Mayer
Israel / EUA / Palestina - 2012

Nimr e Roy se conhecem em um bar gay em Tel Aviv, sendo que um é palestino e o outro, judeu.

Nimr estuda psicologia, e ganhou o direito a um passe livre para a cidade israelense para que possa passar 1 ou 2 dias fazendo um curso, e é assim que ele consegue encontrar Roy.

Só que seu irmão está envolvido em atividades terroristas e nem pode passar por sua cabeça homofóbica que o irmão é gay e ainda por cima namora um judeu.

A situação fica tensa quando Nimr é "convidado" para delatar palestinos envolvidos com terrorismo. Com a negativa, ele perde o passe e ainda por cima tem seu segredo descoberto pela família, que o expulsa de casa.

Bom drama sobre uma história meio Romeu e Julieta, aonde, politicamente, os 2 lados sejam mostrados como pessoas capazes de qualquer coisa de prol de sus objetivos. Mas, fica a impressão de uma leve tendência pró Israel.

Ah sim, o casal de atores é uma graça.