ICE BLUES

(ICE BLUES)
Dir.: Ron Oliver
Canadá / EUA - 2008

Quarto filme da série sobre o "primeiro detetive gay da América", é um filme apenas corriqueiro, aonde Strachey tem que defender o namorado, que recebeu uma fortuna em Eurobonus como doação para atividades de apoio à infância, de uma quadrilha de pedófilos.

A doação era fruto de um roubo, e agora a quadrilha quer seu patrimônio de volta, nem que para isso tenha que separar o apaixonado casal.

MI ÚLTIMO ROUND

(MI ÚLTIMO ROUND)
Dir.: Julio Jorquera Arriagada
Chile / Argentina - 2011

Boxeador em fim de carreira, Octavio ganha a vida trabalhando em uma barbearia, quando conhece Hugo. Surge a amizade, que depois se encaminha para um namoro e os 2 vão viver juntos.

Só que o boxe é a vida de Octavio e, mesmo com um grave problema de saúde - ele tem algo no cérebro, que pode causar sua morte. Ele aceita participar de uma luta, principalmente depois de descobrir que Hugo pode estar envolvido com a filha do patrão.

Não inventa nada, nem usa nenhum artifício estético para contar uma história redondinha, bonita, sobre o amor e as dificuldades de lidar com os percalços que a vida põe no caminho de cada um.

UM ESTRANHO NO LAGO

(L'INCONNU DU LAC)
Dir.: Alain Guiraudie
França - 2013

Thriller altamente erótico, ainda a ser lançado nos cinemas brasileiros, só tendo sido exibido em mostras.

Franck frequenta um lago aonde homossexuais praticam nudismo e buscam sexo. No lugar ele faz amizade com Henri, um homem solitário que vai ao lugar apenas para observar e ainda se envolve sexualmente com Michel, por quem demonstra interesse.

Só que Michel se mostra um assassino, despertando um misto de interesse e repulsa por parte de Franck, que não consegue se afastar do outro.

Destaques para a captação de som no lago, que funciona como uma espécie de trilha sonora e a coragem do elenco, que passa a maior parte do tempo nu.

JUTTI

(JUTTI)
Dir.: Thunska Pansittivorakul
Tailândia - 2010

Filme alternativo.

A Tailândia aprovou uma série de leis visando tratar de temas que podem ser abordados pelo cinema local, como não ofender a religião, a família real, não mostrar sexo, etc.

Como teve seu filme anterior censurado, o diretor realizou esse aqui, sobre a relação entre um professor e seu aluno.

É tudo muito confuso, com detalhes sobre a história e a cultura locais. Tem um homem que engravida e pari uma menina com uma câmera na cabeça.

Tem cenas de masturbação, que é a única coisa que se pode entender no filme.

ON THE OTHER HAND, DEATH

(ON THE OTHER HAND, DEATH)
Dir.: Ron Oliver
Canadá / EUA - 2008

Terceiro filme com o detetive gay Donad Strachey, aqui às voltas com o caso de 2 lésbicas ameaçadas aparentemente por homofobia, mas na verdade a motivação dos agressores é outra.

Nada à acrescentar ao cinema voltado para o público GLS, com sua trama desinteressante e manjada. Os anteriores pelo menos tocavam em assuntos que poderiam render alguma discussão, como tirar famosos do armário ou tratamento para "conversão" de homossexuais.

Como curiosidade, umas das lésbicas é interpretada pela eterna Lois Lane, Margo Kidder.

TRIPLE STANDARD

(TRIPLE STANDARD)
Dir.: Willian Branden Blinn
EUA - 2010

Crim é homofóbico e não esconde isso de ninguém.

O problema é que ele mora, e divide a cama, com D, embora ache que isso não faz dele o "gay tradicional", que dá pinta e se assume.

Só que o outro se cansa da situação e o relacionamento chega ao limite.

O diretor é especializado em curtas e aqui discute a dificuldade de aceitação de quem acha que gay é sempre o outro, e precisa manter uma aparência de machão para ser aceito pela sociedade, não percebendo como isso envenena a si mesmo.

AMORES IMAGINÁRIOS

(LES AMOURS IMAGINAIRES)
Dir.: Xavier Dolan
Canadá - 2010

Marie e Francis são amigos inseparáveis e, quando ela conhece e apresenta Nicolas para o amigo, os 2 se interessam pelo cara, iniciando uma disputa surda que parece incentivada pelas atitudes dúbias de Nicolas.

Xavier Dolan atua e dirige seu segundo filme aos 21 anos e usa e abusa do uso de cores e bons enquadramentos.

E aí reside o problema: a forma demonstra muito mais a preocupação do diretor do que o conteúdo. Mas o filme é interessante, embora um tanto lento e longo.

BRONSON
Dir.: Nicolas Winding Refn
Inglaterra - 2008

Vida e obra de Michael Peterson, considerado o bandido mais violento da Grã-Bretanha, e que por isso passou 30 de seus (até a realização do filme) 34 anos de cadeia na solitária - até a conclusão do filme o sujeito ainda não tinha previsão de soltura.

Detalhe: ele foi preso por roubar 26 Libras de uma agência dos correios, mas a cadeia não serviu em nada pra diminuir seus impulsos violentos e uma imensa necessidade de aparecer, pois acreditava merecer a fama e, por isso, adotou o codinome "Charles Bronson", em homenagem ao ator de "Desejo de Matar".

O filme não é gay, embora tenha personagens homossexuais, mas vale mesmo para quem quiser conhecer todos os detalhes da anatomia de Tom Hardy, ator de "A Origem" e que tem fama de gay. O cara aparece em deliciosas cenas de nu frontal, embora esteja meio gordinho.

VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO

(DU ER IKKE ALENE)
Dir.: Ernst Johansen / Bent Petersen
Dinamarca - 1978

Polêmico drama sobre o início do despertar sexual de meninos em um colégio interno, com direito a beijo e cena de nudez envolvendo garotos que aparentam ter entre 11 e 13 anos. É quase uma filmagem de seu dia a dia: aulas, momentos de confraternização, a descoberta do álcool, do sexo, das mudanças no corpo, etc.

O filme não fica só nisso e os garotos também discutem democracia, contestam a autoridade e brigam por seus direitos quando a direção decide pela expulsão de um deles, que colocou pôsteres de mulheres nuas em seu quarto. Em outra cena, eles se unem pra defender um colega vítima de bulliyng (um mal antigo, mas ainda não discutido na época)

O tipo de filme que não seria realizado nos dias de hoje.

ALEX UND DER LÖWE

(ALEX UND DER LÖWE)
Dir.: Ives-Yuri Garate
Alemanha - 2010

Mistura de drama raso e comédia sobre Leo (o astro pornô Marcel Schlutt, de "Gefangen", que é bonitinho mas tem uma única expressão, que é a de ser bonitinho), que deixa a namorada e saí do armário. Ele se interessa por Alex, mas esse recém acabou um namoro e não quer entrar em outro relacionamento.

A produção é pobre - parece que foi feita com uma única câmera, e em algumas cenas nota-se que houve economia na figuração. E ainda tem uma cena que deve ser das mais constrangedoras do cinema gay, ou talvez em qualquer gênero cinematográfico, aonde um grupo de homens participa de uma festa (novamente faltam figurantes) em que todos usam biquini.

Vá dormir, pegar uma praia, passear no zoológico, mas se poupe de assistir isso aqui.

Ah sim, o ator feioso que interpreta Alex também é o autor da coisa, o que talvez explique sua escalação para o papel.

BOVEN IS HET STIL

(BOVEN IS HET STIL)
Dir.: Nanouk Leopold
Holanda / Alemanha - 2013

Helmer vive com o pai inválido, em quem dá banho, comida, coloca pra dormir, etc, com visível indiferença ao drama do velho, por causa de um daqueles dramas do passado que os roteiristas adoram, como se indiferença fosse apenas fruto de traumas e não algo intrínseco ao ser humano.

Ele é homossexual, mas é tão tímido que parece até se recusar a se masturbar, e que dirá ceder aos também tímidos avanços de um caminhoneiro que lhe presta serviços - ele tem uma fazenda e produz leite.

A chegada de Henk, um garotão para trabalhar na fazenda pode ser a fagulha que falta para Helmer sair de sua letargia e vencer a timidez.

Mais um filme sensível e depressivo sobre um homem de idade já avançada que parece sentir que nada mais pode esperar da vida.

O QUARTO DE LEO

(EL CUARTO DE LEO)
Dir.: Enrique Buchichio
Uruguai / Argentina - 2009

Filme sobre Leo, que está em pleno processo de descoberta de sua sexualidade - ele tem uma namorada (com quem falha na cama) e busca homens na internet.

Quem já esteve na situação do protagonista, vai se identificar com situações como marcar com alguém e descobrir que aquela pessoa não é nada do que se imaginava fisicamente, ou a vontade de ver alguém de novo, mas ter medo de que o outro confunda isso com o início de um namoro.

Ainda giram em torno de Leo, Caro, uma menina com um drama do passado e Felipe, com quem ele divide um apartamento e que passa os dias fumando maconha em frente a televisão.

Filme interessante e despretencioso, mas talvez um tanto arrastado.

MORGAN

(MORGAN)
Dir.: Michael D. Akers
EUA - 2012

Morgan sofre um acidente de bicicleta e fica preso a uma cadeira de rodas. Ele conhece Dean, que não se importa com isso, e os 2 engatam um romance, até Morgan decidir participar do circuito aonde ele sofreu o acidente, agora na cadeira de rodas.

À partir daí, o filme começa ficar desinteressante, mais voltado pro melodrama do que para as dificuldades de um namoro para um paraplégico.

Mas vale pela boa intenção, e pela primeira metade.

F. EST UN SALAUD

(F. EST UN SALAUD)
Dir.: Marcel Gisler
Suíça / França - 1998

Beni é fã de Fögy, vocalista de uma banda de rock e recebe um convite para trabalhar com a banda, como roadie.

Daí nasce uma relação meio atribulada entre eles, principalmente porque Fögy é usuário de drogas.

A banda degringola e, quando Beni sai com outro homem, o outro tem uma idéia genial: explorar os encontros do namorado com outros homens, e assim, sustentar ambos, além do seu vício.

Beni passa a ser tratado então como um cachorro: usa coleira, dorme e come no chão.

O título seria algo como "F. é um desgraçado" mas, na verdade, Beni é que é um tremendo otário.

AMOR EM TEMPOS DE GUERRA

(UN AMOUR À TAIRE)
Dir.: Christian Faure
França - 2005 (TV)

Drama passado na França ocupada, aonde Jean dá guarita à Sara, que teve a família entregue aos alemães, mas conseguiu fugir.

Ele a abriga na casa do namorado, Philippe, e lhe dá um emprego na lavanderia da família. O mundo de aparências começa a ruir quando o irmão de Jean, Jacques sai da cadeia, para onde foi por contrabando e se interessa por Sara. Essa era amiga de infância e ainda apaixonada por Jean e recusa o amor de Jacques. Para ficar bem frente a família, ele trama para o irmão ser preso e liberado, graças a sua "influência". Só que Jean já era fichado por ser homossexual e acaba indo parar nos campos de concentração alemães, para tentar se regenerar.

Um drama correto, que tenta mostrar como a sociedade francesa se dividiu entre colaboracionistas e combatentes ao nazismo, e o triste destino que tiveram aqueles declaradamente gays na época. A lei francesa que considerava crime o homossexualismo, só foi revogada em 1981.

AUSENTE

(AUSENTE)
Dir.: Marco Berger
Argentina - 2011

Garoto de 16 passa a noite na casa de seu professor de natação devido à alguns contratempos: ele deveria dormir na casa de um amigo, mas se machucou na aula de natação, teve que ir ao médico e ambos se desencontraram, além do outro estar com o celular desligado. Além disso, a avó com que mora viajou, pois ele dormiria na casa do amigo.

Na verdade, ele estava cheio de tesão pelo professor, e quando esse descobre passa a andar na corda bamba, pois o garoto não é nenhum santinho, e o ameaça caso fale alguma coisa. Pra complicar, o professor começa a olhar o garoto de outra forma...

Provavelmente a Argentina tem a melhor produção cinematográfica do mundo nos últimos anos, seja em que gênero for (até filmes de horror bem referenciados tem vindo de lá) e esse não foge a regra.

Berger (do fraco "Plano B") inverte o papel de predador e vítima, e faz um drama nos limites do suspense, já que a grande questão é se o incidente vai vir à tona e afetar a vida profissional / amorosa de Sebastián, o professor, quando Berger dá uma guinada no fim.

A quem interessar possa, o ator que interpreta Martín, o aluno, aparenta mais de 16 anos, mas é uma gracinha com seu jeito de lobo em pele de cordeiro, mas que percebe a cagada que fez.

DEIXE A LUZ ACESA

(KEEP THE LIGHTS ON)
Dir.: Ira Sachs
EUA - 2012

O filme narra 9 anos do relacionamento de Erick, diretor de documentários, dinamarquês de família rica vivendo nos EUA, e Paul, advogado.

Eles se conheceram através de um chat via telefone (uma época pré-net) e a pegação evoluiu para o namoro, e depois para a divisão de um mesmo teto.

O problema é que Paul é usuário de drogas e parece não dar muito valor ao amor de seu parceiro, que se entrega ao relacionamento e sofre com os constantes desaparecimentos do outro.

Talvez seja meio longo, e a trama seja meio batida (drogas, amigos se envolvendo na relação, entrega à uma relação que parece sem futuro, etc), mas é um filme bem cuidado, com direção delicada, boas músicas, boa fotografia e bons enquadramentos de câmera, além de boas atuações, principalmente Thure Lindhadt, que interpreta Erick.

TABU

(GOHATTO)
Dir.: Nagisa Ôshima
Japão / França / Inglaterra - 1999

Sozaburo Kano, de 18 anos e aparência andrógina, chega à uma espécie de escola de samurais, e mexe com a libido dos demais integrantes do lugar.

Logo ele começa a frequentar a cama de todos, gerando ciúmes e instabilidade entre seus pares.

O filme toca num tema tabu: o homossexualismo entre os samurais no Japão medieval. Dá a impressão que na época o assunto nem era problema, desde que não interferisse nas relações ou pusesse em risco a existência da milícia, que tinha por objetivo manter a estabilidade política local.

Bom filme. 

AMANTES DO CARIBE

(CHILDREN OF GOD)
Bahamas - 2010
Dir.: Kareem Mortimer

Bom drama das Bahamas, sobre Johnny, tímido e estudante de artes (uma coisa meio chavão no cinema do gênero) que é branco em meio à uma sociedade maciçamente negra.

Vítima de preconceito pelos locais por ser homossexual, ele se mantém à margem da sociedade e, meio contra sua vontade, acaba se envolvendo com Romeo, negro, visto pela família como uma ovelha desgarrada, porque deixou a mulher e foi para outra cidade viver de música, além de ser acusado pelos parentes de ser usuário de drogas, coisa que não fica clara.

No meio disso tudo, religiosos protestam contra a possível legalização da homossexualidade pelas autoridades locais.

Personagens interessantes, como uma mulher que se coloca contra os homossexuais enquanto vigia o filho, para que esse não dê pinta (ele segura a xícara levantando o dedinho), mas que não enxerga o que acontece com o marido, que lhe transmite uma DST e ainda à acusa por isso também fazem parte de uma história que ainda se vale das belas paisagens locais.

EL SEXO DE LOS ÁNGELES

(EL SEXO DE LOS ÁNGELES)
Dir.: Xavier Villaverde
Espanha / Brasil - 2012

Carla e Bruno são namorados desde os 16 anos, e agora vivem juntos, em uma relação aparentemente estável.

Isso até Bruno conhecer acidentalmente Rai, que o assedia, e é rejeitado num primeiro momento mas acaba conseguindo que o outro ceda aos seus encantos.

O caso é obviamente mantido às escondidas, até Carla descobrir, o casal se separa e Bruno e Rai assumem o romance, embora o primeiro ainda seja claramente apaixonado por Clara.

Segue-se nova reviravolta com o envolvimento dela com o namorado do ex e a necessidade de se dar um rumo ao triângulo amoroso.

Historinha legal, com bom ritmo e dois protagonistas absolutamente lindos, principalmente Álvaro Cervantes, que interpreta Rai, e é dono de um lindo par de olhos verdes

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SOMMERSTURM

(SOMMERTURM)
Dir.: Marco Kreuzpaintner
Alemanha - 2004

Equipe de remo de escola secundária viaja para acampar e disputar uma competição contras outras equipes. Dentre os integrantes, estão Tobi e Achim, sendo que o primeiro começa a perceber que seu interesse pelo segundo vai além da simples amizade.

Pra complicar, acampados próximo a sua equipe está outra, formada por atletas gays, que podem ser a fagulha que faltava para Tobi se decidir sobre sua sexualidade, além de causarem certo incômodo sobre os demais integrantes da equipe dos 2 garotos.

É meio raso, pois poderia se aprofundar na questão da homofobia entre adolescentes, mas prefere ficar no seara do romance juvenil.

ANG LALAKE SA PAROLA

(ANG LALAKE SA PAROLA)
Dir.: Joselito Altarejos
Filipinas - 2007

Filme do mesmo diretor de "O Segredo de Antônio".

É meio confuso, pois conta a história de Tisho, que viu a "Fada do Farol" e por isso foi amaldiçoado, não podendo mais casar - no fim se entende que "fada" era essa e porque ele cuida com tanto carinho de um túmulo no cemitério.

Paralelamente, corre a história de Mateo, abandonado pelo pai e que conhece Jerome, que veio de Manila para comprar uma casa na aldeia e que engata um namoro com Mateo, tirando esse dos braços da namorada e o levando para Manila.

A confusão é não deixar claro o que é a história de Tisho e a de Mateo, o que só fica mais ou menos explicado no fim.

De qualquer forma, é um filme interessante, com algumas cenas de sexo legais e um protagonista muito bonitinho.

YOSSI

(YOSSI)
Dir.: Eytan Fox
Israel - 2012

Continuação de "Delicada Relação", passada 10 anos depois desse, e mostrando como Yossi tocou sua vida: se formou em medicina, vive recluso, tem poucos amigos e consegue sexo esporadicamente pela internet.

Incentivado por outro médico, que lhe diz que ele deve arrumar alguém, homem ou mulher, e sair para se divertir; e depois de encontrar a família de Jagger acidentalmente, ele decide tirar férias em um balneário qualquer, aonde conhece um grupo de soldados a quem oferece carona.

Entre eles está Tom, gay assumido que mexe com Yossi e se interessa por ele.

É bacana a cena de sexo entre eles, aonde Yossi, claramente envergonhado de seu corpo, é obrigado a vencer sua vergonha frente à alguém que ele julga superior a si.

DREAM BOY

(DREAM BOY)
Dir.: James Bolton
EUA - 2008

Nathan acabou de se mudar para uma cidade pequena, em uma área rural, com os pais. Tímido, ele faz amizade com o vizinho, Roy, que depois evolui para outro tipo de relação.

Aos poucos vai vindo a tona a verdade que se esconde por trás da família meio fanático religiosa de Nathan.

Drama legal, que mistura abuso sexual, amor adolescente, violência e preconceito.

VENKOVSKÝ UCITEL

(VENKOVSKÝ UCITEL)
Dir.: Bohdan Sláma
República Tcheca / França / Alemanha - 2008

Homossexual, Petr vai dar aula em uma escola de uma cidade do interior, aonde faz amizade com uma fazendeira e seu filho adolescente, Lada, por quem ele vai nutrir uma paixão platônica.

Incapaz de se controlar, ele acaba fazendo uma besteira; bagunçando ainda mais a vida de um garoto com um histórico de problemas familiares.

É sensível, e meio lento, mas é interessante ao mostrar como a pressão a que alguém se impõe para se esconder do mundo pode ser prejudicial a si mesmo, seja no nível pessoal, seja no profissional.

CRUTCH

(CRUTCH)
Dir.: Rob Moretti
EUA - 2004

Drama autobiográfico, aonde o diretor conta sua própria história: aos 16 anos ele se envolveu com seu professor de teatro, Kenny (interpretado pelo próprio diretor), que ele não sabia ser usuário de drogas e com quem manteve um romance às escondidas, tendo que lidar com o controle do outro sobre sua vida.

À isso soma-se uma crise em família: o pai sai de casa, deixando os 3 filhos adolescentes aos cuidados da mãe alcoólatra, e depois ainda leva a nova mulher para viver com eles, o que faz com que David, o protagonista, caia no poço sem fundo do vício em álcool e cocaína.

Drama honesto, daqueles que se assiste sem esperar muita coisa.

BANGKOK LOVE STORY

(BANGKOK LOVE STORY)
Dir.: Poj Arnon
Tailândia - 2007

Matador de aluguel é contratado para matar um garotão que deve ter presenciado algum crime, já que o motivo de sua execução não fica claro, e depois descobre que o sujeito era inocente (segundo seu código de honra ele só poderia matar pessoas más). Os dois então fogem, com o matador ferido por um tiro.

Eles se escondem, e logo pinta um clima entre os 2.

Os longuíssimos 103 minutos do filme ainda são preenchidos com a dramática vida familiar do assassino, muita câmera lenta nas cenas de bang bang e uma música horrorosa de tão melodramática.

Muito chato.

DELICADA RELAÇÃO

(YOSSI & JAGGER)

Israel - 2002

Dir: Eytan Fox

Famoso filme israelense que mostra o complicado relacionamento entre Yossi e Jagger, sendo que o primeiro é oficial e o segundo seu subordinado no exército israelense.

Obviamente, a relação é marcada pela tensão de serem descobertos ao mesmo tempo que convivem com a possibilidade de serem atacados na guarnição aonde estão.

O jeito é de filme meio amador, e à primeira vista parenta ser frio e meio distante, mas se mostra extremamente sensível quando coloca frente à frente a racionalidade de um e a passionalidade de outro em meio a um ambiente completamente hostil e francamente machista.

Yossi ganhou um filme só pra si, dez anos depois, contando como seguiu sua vida após sair do exército. É tão bom (talvez até melhor)  quanto que esse aqui.

Eytan Fox é diretor também de "Walk On Water" e "A Bolha".

EATING OUT 3

(EATING OUT: ALL YOU CAN EAT)
Dir.: Glenn Gaylord
EUA - 2009

Casey chega à Los Angeles para morar com a tia - mãe de Kyle, personagem dos filmes anteriores e que morreu nesse (o ator deve ter abandonado a série). Ele não é chegado ao mundo gay, por achá-lo fútil, mas sem querer vai parar em um evento do gênero, aonde se encanta com Zack, mas se acha feio pro cara.

Ele se junta a Tiffani -  a ninfomaníaca dos filmes anteriores - e cria um perfil falso usando uma foto de um ex dela pra se aproximar de Zack, mas por azar esse encontra o verdadeiro dono das fotos e pronto, está armada a confusão.

Terceiro de uma série que já deu o que tinha que dar e aqui parece apelar para uma certa grosseria e bobagens toscas (o filme começa com a mãe de Kyle discursando em cima do caixão do filho e dizendo que ele morreu fazendo o que gostava: pagando um boquete... pois é...). Como nos anteriores, é curto e tudo se resolve rapidamente, ainda que aqui apele para o sentimentalismo bocó no fim.

Ah sim, dois gatinhos amostram o pinto, como nos outros.

SOUNDLESS WIND CHIME

(SOUNDLESS WIND CHIME)
Dir.: Kit Hung
Hong Kong / Suíça / Alemanha - 2009

Pascal, ou Ueli, é suíço e vive com o namorado em Hong Kong, aonde aplicam golpes para sobreviver, e de quem ele leva uns tapas quando não consegue dinheiro.

Depois de bater a carteira de Ricky, ele acaba deixando o namorado, devido ao fato aí de cima, e fica vagando pela cidade, até entrar no restaurante aonde Ricky trabalha como entregador. Ele devolve a carteira, mas os dois voltam a se encontrar e acaba rolando um interesse mútuo, e a dupla passa a dividir o quarto aonde Ricky mora (na verdade, ele mora com a tia prostituta).

O filme segue interessante, com os 2 vivendo um relacionamento que mais parece suprir carências do que ser de fato amor.

Além do fato de em nenhum momento esclarecer porque Pascal se mudou para Hong Kong, na meia hora final se torna confuso, sem esclarecer o que aconteceu à Pascal, e porque o outro viajou para a Suíça.

De qualquer forma, vale pelas cenas da cidade, multicolorida, suja, um tanto miserável - os personagens são de classe baixa, e moram em verdadeiros cafofos.

Destaque também pra a dupla, que tem química, principalmente o ator que interpreta Pascal, dono de um olhar triste, em completo acordo a trama melancólica de que participa.

10 HORAS ATÉ O PARAÍSO

(10 TIMER TIL PARADIS)
Dir.: Mads Matthiesen
Dinamarca - 2012

Dennis é alterofilista profissional (como isso não dá muito dinheiro, ele também é segurança) e sua timidez é diretamente proporcional a seu tamanho; além disso, em uma cena ele pede coquetel de camarão e se surpreende por haver camarões no negócio, prato ao qual é alérgico (isso já diz tudo né?).

Quando seu tio volta da Tailândia casado com uma mulher que conheceu lá, ele decide fazer o mesmo, mas para isso tem que driblar a vigilante e dominadora mãe, que parece tomar conta do sujeito, de 38 anos, até no banheiro, e a solução é inventar que vai para a Alemanha para uma competição.

Vale reforçar que ele não vai fazer turismo sexual - o grandalhão até aparenta ser virgem - mas sim em busca do sonho de conhecer alguém e desencalhar, coisa que consegue, mas vai ter que enfrentar a mãe, que obviamente se opõe idéia do filhinho se casar com uma completa desconhecida.

Um filme interessante, que não é gay, mas deve satisfazer aqueles que curtem machos bombados e sarados se contorcendo para ressaltar a musculatura.

O diretor já havia feito um curta com o mesmo ator (que era goleiro de futebol, se machucou e virou alterofilista, tendo sido campeão dinamarquês) e fez aqui uma espécie de continuação. O filme é simpático, tanto no tema quanto no tratamento dado à suas personagens.

Também é conhecido como "Teddy Bear".

MR_RIGHT_22

(MR_RIGHT_22)
Dir.: Reza Rameri
Alemanha - 2007

Simpático curta sobre um garotão que marca um encontro às escuras (ele mandou foto, mas o outro não) em um bar.

Enquanto toma um chá de cadeira, ele fantasia sobre como seria sua pegação.

Bem maneirinho.

MINHA VIDA EM LOS ANGELES

(GOING DOWN IN LA-LA LAND)
Dir.: Casper Andreas
EUA - 2011

Adam sai de Nova Iorque com destino a Los Angeles para tentar a sorte como ator. Ele se hospeda na casa de uma amiga, que também tenta a fama a qualquer custo (uma personagem até interessante) e acaba arrumando um emprego chinfrim como atendente de uma agência matrimonial.

Ao fazer amizade com um fotógrafo, consegue um cargo administrativo em uma produtora de filmes pornôs, e é tentado pelo fotógrafo - com quem engata um namoro - e o dono da empresa a atuar em frente as câmeras, coisa que não lhe desperta interesse de ínicio.

Só que a produtora também abre oportunidade para quem deseja se prostituir, e Adam acaba topando um programa, já que o cliente é um produtor famoso no meio cinematográfico e é a chance de conseguir um padrinho.

Adam não resiste às tentações e acaba atuando em um filme, até ser chamado pra outro programa: o astro de uma série de TV - nova chance de descolar um padrinho, o que acontece pois o cara se encanta com seus dotes e o contrata como secretário particular (o fotógrafo a esta altura dos acontecimentos se afundou nas drogas, e é convenientemente descartado).

Só que a história do filme gay vem a tona e pode respingar na reputação do tal ator famoso que está trancando no armário para não comprometer sua carreira.

O diretor do filme também é interprete do fotógrafo que apresenta Adam ao mundo da pornografia e fez um filme bem razoável. Começa com jeito de comedinha romântica americana e depois toma outros rumos, sem fazer muita concessão ao moralismo.

Talvez só peque no final feliz, que parece claramente querer agradar aos gays românticos de plantão.

HEIKO

(HEIKO)
Dir.: David Bonneville
Portugal - 2008

Curta esquisito sobre um velhinho fascinado por um garotão bonitinho.

ME DÊ A MÃO

(DONNE-MOI A LA MAIN)
Dir.: Pascal-Alex Vicent
França / Alemanha - 2008

Antoine e Quentin (Victor e Alexandre Carril, gêmeos idênticos e muito bonitos) seguem viagem rumo à Espanha, para o enterro da mãe que não conheceram, sendo que o segundo é gay.

No caminho eles conhecem outras pessoas, quase se metem em uma enrascada e conseguem emprego temporário em uma fazenda, para poderem pagar a viagem, e Quentin se envolve com um garoto que também trabalha no lugar, o que causa claro incômodo no irmão.

Entre os 2 parece haver algum tipo de tensão, talvez pela natural disputa entre irmãos, ainda mais sendo gêmeos, talvez pela curiosidade por outra pessoa idêntica a si, ou até mesmo por alguma curiosidade sexual.

Como é um filme francês, as personagens tem aquelas atitudes que não se entende bem o porquê, mas o clima de road movie e a beleza dos dois mantém o interesse.

QUERO O TEU AMOR

(I WANT YOUR LOVE)
Dir.: 2010
EUA - Travis Mathews



Curta sobre 2 amigos, um deles aparentemente hetero, que decidem transar, pois o que seria hetero sempre transou com suas amigas.

Os 2, então, caem dentro.

Curta com direito a sexo explícito, aonde o mérito é ter uma direção mais focada no erotismo, embora com todas aquelas cenas em close, que o gênero curte. Além disso, os atores são bonitinhos, embora não saradões e tem boa química, o que dá credibilidade ao que fazem em cena.

O diretor depois transformou o curta em um longa.

CHACUN SA NUIT

(CHACUN SA NUIT)

Dir.: Pascal Arnold

França / Dinamarca - 2006

Lucie e Pierre são irmãos, mantém uma relação pra lá de íntima e meio que lideram uma grupo de jovens, integrado por outros 3 garotos.

Quando Pierre morre espancado, e a polícia não descobre o assassino, Lucie decide investigar o crime de maneira original: ela sai dando pro elenco todo. Passam por sua cama os amigos - embora não sejam novidade para ela, um policial, um membro de uma gangue neo-nazista, e provavelmente diretor, cinegrafista, etc... enquanto isso, ela filosofa sobre si e o irmão, que também se prostituía.

Parece que a idéia é mostrar como os franceses são desencanados com relação a sexo, prostituição e até mesmo incesto. O filme é frio, parece ter sido feito sem muito sentimento, com atores meio apagados, distantes do que estão vivenciando.

Um filme muito bobo, que se diz baseado em fatos reais - o assassinato, se supõe, e não o método investigativo.

Ah sim, o périplo de Lucie por camas alheias não dá em nada e o assassino é descoberto de forma mais casual.

O diretor também é responsável pelo um pouquinho melhor "American Translation", com a mesma atriz e um dos meninos que aparecem pelados aqui.

O REI DA MONTANHA

(THE MOUNTAIN KING)
Dir.: Duncan Tucker
EUA - 2000

Cara tímido conhece outro mais saidinho em uma praia deserta e vão para a casa aonde este está. O saidinho avisa que é michê; os dois transam e a conta é apresentada, para surpresa do inexperiente, que mesmo avisado, ainda acaba esquecendo um conselho que seu novo amigo lhe dera no começo da história.

Ótimo curta americano sobre prostituição. Talvez parece moralista, mas é bem realista, principalmente pra quem nunca se deu ou conheceu alguém que se deu mal nas mãos de michês.

Aliás, o michê é bonitinho, mas seu cliente é uma graça e ainda tem ótimas cenas de sexo e nudez.

STRELLA

(STRELLA)
Dir.: Panos H. Koutras
Grécia - 2009

Yiorgos sai da prisão depois de 14 anos preso por assassinato, com 2 objetivos: reencontrar o filho e vender a casa da família.

Logo em seu primeiro dia de liberdade ele conhece Strella, travesti que ganha a vida fazendo programas e shows aonde dubla Maria Callas, além de cuidar do travesti mais velho que a criou.

Eles se interessam um pelo outro e vão morar juntos, até Yiorgos descobrir quem é Strella.

Bom drama grego, que bebe nas águas de um mito grego. O filme é legal porque nunca apela para o sentimentalismo barato, ou para o moralismo, ou para as lamentações de quem vive à margem da sociedade, vivendo de sobras. Suas personagens vivem suas vidas conscientemente de quem são, suas limitações, alternativas e sabendo que dependem uns dos outros para sobreviverem, como Strella, que cuida de quem lhe deu abrigo.

A fotografia é suja, tem um jeito meio amador/artesanal, mas é sincero e com um final bacana, coerente com o que foi mostrado durante a trama.

O QUARTO HOMEM

(DE VIERDE MAN)
Dir.: Paul Verhoeven
Holanda - 1983

Gerard é escritor, fascinado pela morte e tem sonhos estranhos, envolvendo morte e tortura. À caminho de uma palestra ele conhece um homem que o deixa fascinado, mas é ignorado por ele. Na palestra, ele faz amizade com Christine, viúva e dona de um salão de beleza, e acaba transando com ela.

Numa dessas coincidências da vida, Gerard descobre que Christine tem um caso com o bonitão que ele conheceu antes e enrola a mulher, de modo a ficar próximo dela e conhecer o cara.

Mas ele vai descobrir que ela já teve 3 maridos, todos mortos em acidentes. Isso e mais seus misteriosos sonhos, vão fazê-lo suspeitar de que Christine pode não ser tão inocente com relação à morte dos maridos.

Drama da fase holandesa de Verhoeven, que depois foi pra América fazer "Robocop", "Instinto Selvagem" e outros.

Uma cena deve ter incomodado a Igreja Católica: a cena em que Gerad tira a sunga de seu amado, sendo que este está crucificado em uma igreja.

O filme toca no bissexualismo e no desejo, mas seu cunho é mesmo policial. A propósito, esse aqui tem uma trama bem parecida com "Instinto Selvagem", que parece uma revisão do temo por um outro ponto de vista.

 Mas é um filme legal, que passa longe do moralismo americano.

EATING OUT 2

(EATING OUT 2: SLOPPY SECONDS)
Dir.: Phillip J. Bartell
EUA - 2006

Continução do filme anterior. Agora Gwen, Tiffani e Kyle estão solteiros e fazem aula de desenho juntos. Quando vão ter aula de nu artístico se encantam com o modelo e puxam assunto com o cara, ficando em dúvida se ele é gay ou não.

Uma das meninas dá uma idéia a Kyle: se fingir de hetero, pois seria mais fácil chegar no cara e descobrir qual é a dele, mas quem acaba se dando bem é o ex de Kyle, que até entra para um grupo que promete transformar gays em heteros na tentativa de se aproximar do bonitão.

Mais do mesmo do filme anterior, com destaque para o protagonista, um deus grego, que aparece em um cena de nu frontal, daquelas de se congelar a imagem para observar cada detalhe.

AMERICAN TRANSLATION

(AMERICAN TRANSLATION)
Dir.: Pascal Arnold / Jean-Marc Barr
França - 2011

Chris não tem família e vive em um furgão. Não trabalha e ganha dinheiro em jogos de pôquer até conhecer Aurore, filha de um industrial americano em crise nos negócios.

Ele vai morar no apartamento dela e já chega dando ordens: não quer que ela tenha amigos homens, contrate uma faxineira e mude a decoração do apartamento, até ele mostrar sua verdadeira face: um psicopata, que atrai garotos na faixa dos 18 anos para sexo pago, os mata e depois abandona seus corpos nas florestas da região.

Aurore não aprece se importar com isso, seja por apatia, medo ou algum tipo de atração que Cris lhe causa (fica claro que a relação dela com o pai é péssima, e talvez isso seja compensado na relação doentia com o novo namorado).

Um filme meio estranho, lento, sem música incidental, que tem por objetivo mostrar como seria a vida de um serial killer.

O ator principal até se sai bem, escondendo uma mente doentia atrás de um rosto bonito (e corpo também, como a câmera faz questão de mostrar).

Apesar de frequentar os sites de filmes gays, é mais sobre crime do que exatamente sobre homossexualismo.

BINYAG

(BINYAG)
Dir.: Miko Jacinto
Filipinas - 2008

Leo cresceu em um pequeno povoado, sem pai nem mãe, aos cuidados de umas poucas pessoas que se importavam com ele, principalmente Milagring, apaixonada por Leo desde criança. Só que ele é gay, e um dia cai na lábia de um turista que lhe propõe ir para Manila ser artista de cinema.

Ele acaba se prostituindo, fazendo comerciais de cuecas, filmes pornôs e vivendo uma vida que em nada lhe agrada.

Mais um bom exemplo do cinema gay filipino, aonde o diretor parece tratar com imenso carinho seu triste personagem principal.

LÁGRIMAS DE ABRIL

(KÄSKY)
Dir.: Aku Louhimies
Finlândia - 2008

Passado ao término da Guerra Civil finlandesa, quando os "brancos" e os "vermelhos" se enfrentaram, com vitória dos primeiros - os segundos eram apoiados pela Rússia, país da qual a Finlândia já fez parte.

Grupo de mulheres é feito prisioneiro e elas são executadas sem maiores discussões, depois de serem estupradas. Uma delas escapa, Miina, é capturada por Aaro, soldado íntegro, que sabe que a mulher deve ser julgada.

Mesmo contra a vontade de seu superior ele consegue levá-la à julgamento, mas o barco em que os 2 estão afunda e eles vão parar numa ilha, aonde acabam transando.

Resgatados, eles seguem viagem até o encontro de um juíz que ele julga um humanista. Balela. O cara é tão cruel quanto os soldados que capturaram Miina, e ela volta a ser espancada.

Quando a mulher do juíz chega ao acampamento, se estabelece um estranho quadrilátero amoroso, com Aaro tentando todo o possível para salvar a pele da prisioneira, mesmo tendo que frequentar a cama alheia.

Bom drama finlandês, que não é um filme de temática gay, mas o gatíssimo protagonista é chantageado e obrigado a transar com outro cara para tentar alcançar seu objetivo. Vale pelo protagonista e pela oportunidade de conhecer sobre a história de um país distante e meio desconhecido.

CLANDESTINOS

(CLANDESTINOS)
Dir.: Antonio Hens
Espanha - 2007

Três adolescentes fogem de um centro correcional para jovens e vão para Madri, aonde um deles, que é basco, planeja cometer um ataque terrorista para chamar a atenção do ex-namorado, esse sim, integrante do ETA.

A idéia de um garoto querendo chamar a atenção de seu ex através de um atentado nem é ruim, e o ator principal (que parece meio velho para o papel) até se sai bem em seu atormentado personagem.

O problema é que tudo em volta soa meio falso, como as menininhas que logo se envolvem com 2 completos desconhecidos; a facilidade com que Xabi, o terrorista basco, e Driss, que é marroquino, se instalam, sem dinheiro, em um apartamento-aparelho do ETA; e outras coisas mais.

Piora mesmo é no final, com uma cena digna de melodrama de segunda ou romance barato para moçoilas românticas.

Muito fraco; nem a nudez do protagonista salva isso aqui.

VERGONHA NUNCA MAIS

(SHAME NO MORE)

Dir.: John Krokidas

EUA - 1999

Curta filmado nos moldes dos documentários moralistas das décadas de 40 e 50, sobre a praga da... heterosexualidade na sociedade americana.

O curta mostra o caso de Johnny, que seus dois pais descobrem ser hetero e o levam para a terapia, inclusive à base de eletrochoques.

GARÇON STUPIDE

(GARÇON STUPIDE)
Dir.: Lionel Baier
Suíça / França - 2004

Loïc tem 20 anos, trabalha em uma fábrica de chocolate e costuma passar os fins de semana na casa de uma amiga, em Lousanne, já que trabalha em uma cidade pequena.

Sem muita instrução, ele usa a amiga, Marie, como fonte de informação (nem Hitler ele parece conhecer) e passa o tempo na internet, aonde conhece homens com quem transa sem compromisso e, esporadicamente, recebe uns trocados por isso.

Numa dessas ele conhece Lionel, que não vemos, mas deve ser o diretor do filme, e com ele fala sobre sua vida, idéias, planos, etc, como se estivesse depondo para um documentário.

Talvez pela proximidade com a França, Lionel Baier fez um filme muito parecido com os congêneres do outro lado da fronteira: muito sexo sem pudor, blábláblá, um protagonista bonitinho (mas longe do padrão macho-sarado americano), e gente que age de forma meio incompreensível. Até a língua francesa reforça essa impressão.

Não é bom; não é ruim.

PROTEUS

(PROTEUS)
Dir.: John Greyson / Jack Lewis
Canadá / África do Sul - 2003

Baseado em fatos reais, narra o relacionamento entre um marinheiro e um trabalhador negro, ambos trancafiados em uma cadeia na Cidade do Cabo, África do Sul, no século XVIII. O caso entre eles durou anos, e quando foi descoberto, gerou a condenação dos 2 à pena de morte, por afogamento.

O filme toma inúmeras liberdades narrativas: os depoimentos são datilografados por mulheres vestidas como nos anos 60, há carros, rádios, sacos plásticos e outros elementos modernos em cena, mas em nenhum momento isso torna o filme menos interessante, já que o ritmo é bom e acaba servindo como curiosidade ver homens vestidos com roupas de 3 séculos atrás dirigindo um carro 4x4.

O nome "Proteus", faz referência a Protea, planta "oficial" da África do Sul.

Filme bem interessante.

EVERYONE

(EVERYONE)
Dir.: Bill Marchant
Canadá - 2004

Filme chatinho sobre a cerimônia de casamento de Grant e Gale, sendo que o primeiro é contra, e o segundo está realizando mais para agradar a mãe.

Na verdade, o filme foca mais nos dramas dos convidados, como o casal que perdeu o filho há exatos 3 anos antes da cerimônia, outro que não pode ter filhos e um terceiro, cuja mulher engravidou mas sofre de bulimia.