(BLUTSFREUNDSCHAFT)Dir.: Peter Kern
Áustria / Alemanha - 2009
Axel aparenta ter saído da adolescência e vive pelas ruas, graças ao trabalho de voluntários que oferecem comida para pobres e moradores de rua.
Ele acaba sendo cooptado, meio por acaso, por um grupo neonazista, e logo em sua primeira incursão com o grupo mata, acidentalmente, o homem que ajudava gente como ele.
Na fuga ele se esconde na lavanderia de Gustav (Helmut Berger), homossexual, que carrega um trauma do passado: fez parte da juventude hitlerista (normal, era regra na época e o ex-Papa Bento XVI também fez, embora, aparentemente, nunca tenha renegado esse passado) e foi responsável pela morte de seu namoradinho, também da JV, além da morte de um soldado.
Ele recebe guarita de Gustav e os dois iniciam uma amizade, que pode ser posta a prova pela decisão do grupo de expor a homossexualidade de Gustav como forma de humilhá-lo.
Tem aquela história das boas intenções e o inferno...
Alguém acolher um desconhecido já aconteceu na vida real, vide o exemplo do poeta Francis Bacon, que acolheu e se tornou amante do atrapalhado ladrão que invadiu sua casa. Mas, por motivos óbvios, ele sabia que o outro era ladrão; aqui, Gustav sabe o que acontece na vizinhança, Axel tem uma máscara suja de sangue, e depois o comerciante tem confirmação do que aconteceu. Ou seja, ele sabia estar acobertando um crime de morte motivado apenas pelo ódio.
O grupo neonazista logo carrega Axel, sem saber ao certo saber quem ele era; e o acidente que causa a morte é meio duro de engolir pela forma como é filmada. Ainda tem uma personagem que vai ao Marrocos mudar de sexo e volta como se apenas fosse tratar de uma gripe - a cena da volta é pra lá de fantasiosa, mas se entende com liberdade artística; o que não se explica é ela já chegar correndo e entrando em uma briga com os neonazistas depois de uma operação dessas... E ainda tem a musiquinha melosa.
Enfim, o tipo do filme que parece feito pra agradar uma platéia não muito disposta a queimar os neurônios.
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